Quinta-feira, 23 de Julho de 2015
Brígida
Êxodo 19,1-2.9-11.16-20b: O Senhor descerá
Interlecional Daniel 3: A ti a glória e o louvor pelos séculos
Mateus 13,10-17: Endureceu-se o coração deste povo.
10 Os discípulos aproximaram-se dele, então,
para dizer-lhe: Por que lhes falas em parábolas? 11Respondeu
Jesus: Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino dos céus, mas a
eles não. 12 Ao
que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até
mesmo o que tem. 13 Eis
por que lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não
ouçam nem compreendam. 14 Assim
se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: Ouvireis com vossos
ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis, 15porque
o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus
olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração
compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Is 6,9s). 16 Mas,
quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque veem! Ditosos os vossos
ouvidos, porque ouvem! 17 Eu
vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e
não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram.
COMENTÁRIO
Ontem, na festa de Maria Madalena, perdemos um trecho da leitura
contínua. Propomos ler a parábola do semeador (Mt 13,1-9), para que tenha sentido
o comentário de hoje. Todo o capítulo treze é a parte central do evangelho de
Mateus; praticamente o anterior e o que segue estão em função das sete
parábolas que descrevem o reino e seus protagonistas: Deus, os seres humanos,
os inimigos, a dinâmica do reino e os convocados a participar dele. Depois de
proclamar ontem a parábola do semeador, Jesus explica aos discípulos por que
fala utilizando esse gênero literário. Ele o faz com uma frase enigmática, que
muitas vezes não conseguimos entender e muito menos explicar. Porém, se a
situamos no contexto do capítulo anterior, fica clara como o dia: os líderes do
povo judeu fecharam os ouvidos à novidade de Jesus; não quer escutar, por muito
que se proclame em seu próprio território; parece que há uma opção contrária ao
reino. Esses são os que “tendo ouvidos não ouvem e tendo olhos não veem”, porém
há pessoas que estão ávidas dessa palavra e querem viver a experiência proposta
com ela: precisamente os discípulos e o povo simples. E nós, queremos que a
palavra seja semeada e lance raízes profundas em nosso coração? Que fazemos
para isso?
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