Quinta-feira, 04 de junho de 2015
Evangelho de Mc 14,12-16.22-26
Na festa da páscoa judaica, antes do pôr do sol sacrificava-se o
cordeiro e depois do pôr do sol celebrava-se a ceia em Família. Para preparar a
ceia, Jesus envia dois discípulos, dando ao fato um sentido missionário.
Durante a ceia pascal Jesus institui a Eucaristia e celebra a primeira missa,
que no início da Igreja chamava “fração do pão”, depois passou a ser chamada de
“missa” que vem de missão.
A instituição da Eucaristia, a maior prova de amor de Jesus por
nós, deu-se na quinta-feira santa, na última ceia, na qual Jesus comeu com seus
apóstolos. Mas como a dolorosa paixão chegara, escolheu-se uma nova data para
comemorar festivamente a sagrada Eucaristia. E como foi bem colocada esta
comemoração!
Terminou o ciclo dos
mistérios da vida e morte de Jesus: celebrou-se a ressurreição, a sua ascensão,
a descida do Espírito Santo (Pentecostes), e a festa da Santíssima Trindade,
para então se comemorar dignamente e com o coração imensamente alegre e
agradecido a festa do corpo e sangue do Senhor: a festa de amor com Deus e com
os irmãos.
Durante a ceia, Jesus
denuncia a traição por parte de um dos Doze, um que, hipocritamente,
compartilha do pão, expressão máxima de comunhão e fraternidade. Neste ambiente
de traição em que se vende a vida de um inocente, Jesus confirma, com a instituição
da Eucaristia, o oferecimento de sua vida para a salvação da humanidade. Jesus
oferece o pão que simboliza seu corpo: quem comer dele aceita a pessoa de Jesus
em sua vida. Depois oferece o cálice, que simboliza a Nova Aliança; o sangue
derramado significa a morte violenta de Jesus, e beber do cálice, implica em
assumir o sacrifício de Jesus e comprometer-se com seu projeto de vida.
A nova Aliança que Jesus instituiu deve ser entendida como a repetição
da última Ceia Pascal que deve ser assumida como uma necessidade de atualizar
em cada celebração a entrega de Jesus por amor a nós e a entrega que a
comunidade dos cristãos precisa realizar por amor: a partilha do pão, o serviço
aos irmãos.
A comunhão aumenta a nossa união com o Senhor.
“Quem
come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele” (Jo 6,57).
Nosso Senhor quis fazer-se comida, para que nós, recebendo-o na santa comunhão,
nos tornássemos uma só coisa com ele: “Tomai e comei: isto é o meu corpo” (Mt
25,26). Como se quisesse dizer, “alimenta-te de mim, ó homem, para que de mim e
de ti se faça uma só coisa”. Assim como dois pedaços de cera derretidos, se
misturam e se formam um só, da mesma forma uma alma que comunga se une de tal
maneira a Jesus que Jesus está nela e ela em Jesus.
A intenção de
Jesus é que todas as celebrações recordem essa ceia, na qual Ele entregou seu
corpo e seu sangue, isto é, a totalidade do seu ser, seus anseios, sonhos e
esperanças, sua luta pela instauração do reinado de Deus; tudo entregou
livremente, por amor, pelos seus amigos e pela humanidade toda.
A
festa do Corpo e Sangue de Jesus nos prepara para sermos fieis a Ele e ao seu
projeto de vida, não só pensar em nós mesmos, mas pensarmos no próximo,
principalmente no pobre, no doente, no marginalizado, no drogado, no sofredor,
rejeitando sempre a cultura da indiferença, pois Jesus se deu para todos sem
distinção de raça, de cor e de poder.
Jesus,
ensinai-nos a entender a grande lição da Eucaristia, que é o serviço aos
irmãos, a partilha do pão.
|
Senhor Jesus
Cristo,
Tu és o Pão que vivifica, Tu és o Pão que nos faz irmãos, Tu és o Pão que nos dá o Pai.
Tu és o Caminho que
nós escolhemos,
Tu és o Caminho que conduz através do sofrimento, Tu és o Caminho que conduz à alegria.
É digno e justo
dar-Te graças, louvar-Te,
bendizer-Te e adorar-Te em toda a terra.
São João Crisóstomo († 407)
|
Maria de Lourdes
Maria de Lourdes; Bela reflexão, manda-me uma para o dia 14-06 e 21-06-2015.
ResponderExcluirMaria de Lourdes; Bela reflexão, manda-me uma para o dia 14-06 e 21-06-2015.
ResponderExcluir