26- de Junho-Sexta
- Evangelho - Mt 8,1-4
Bom
dia!
Não
pensemos que essa cura aconteceu “do nada”, pois estaríamos desprezando a
onisciência do Senhor e o plano do rapaz que tinha lepra. Como assim plano?
É
difícil imaginar alguém que era segregado da sociedade, em virtude da moléstia
que carregava, a passar despercebido na multidão que seguia Jesus. Sim, ele
tinha um plano. Imagino até seus passos e seu objetivo para chegar até Jesus.
Precisou
pensar como passaria pelas pessoas sem ser notado ou ouvido, e quantos irmãos
ainda hoje ainda se sentam num canto da igreja, em nossos grupos, desejando
também não ser visto pelas pessoas, mas ouvidos por Deus? Era comum ser preso
aos leprosos um sino para que todos os ouvissem chegar e pudessem se afastar.
Às vezes nossos erros, até os mais corriqueiros, representam nossos sinos. Por
mais que tenhamos o objetivo em mente da cura, somos “delatados” por eles.
As
pessoas (nós) quando sabemos de grandes faltas de alguém (sinos),
inconscientemente (as vezes) costumamos nos afastar e quando isso não ocorre,
por vezes dificultamos o acesso a Jesus para aquele que deseja uma nova chance
de se tornar puro. Nossa impregnada hipocrisia não permite que o que errou
conserte seus erros.
Jesus
quando desceu do monte já sabia oque aquele homem pretendia. Sabia, portanto do
sofrimento causado pela moléstia e muito mais que isso, o Senhor fora vencido,
ainda no monte, pela vontade persistente e destemida daquele rapaz
Um
outro ponto…
As
nossas lepras não nos escondem de Jesus e sim o nosso silêncio!
“(…)
Vós me cercais por trás e pela frente, e estendeis sobre mim a vossa mão.
Conhecimento assim maravilhoso me ultrapassa, ele é tão sublime que não posso
atingi-lo. Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado
de vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos
mortos, lá vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos
confins do mar, é ainda vossa mão que lá me levará, e vossa destra que me
sustentará. Se eu dissesse: Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como
se fora luz, me há de envolver. As próprias trevas não são escuras para vós, a
noite vos é transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz”. (Salmo
138, 5-12)
Quando
digo silêncio refiro-me a inércia, ou seja, a nossa infinita vontade que as
coisas “caiam do céu”. Por exemplo: Estou a muito tempo sem um emprego, mas me
nego a voltar a estudar, de ser o mais velho da turma, de verem que nem
terminei o primeiro grau… O orgulho é um dos nossos maiores sinos
Saibam,
existem tantos outros exemplos, mas como conseguirei me encontrar com Jesus se
não faço um plano para conseguir isso?
Precisa
de um emprego? Então, por que não “larga mão” da cervejinha de fim de semana?
Uma carteira de cigarros por dia quando abandonada, é no final de um mês três
sacos de cimento que rebocariam a parede do quarto… Duro isso? Não! Duro é
passar fome, ver nossos filhos doentes, sem estudo, com traficantes os
acolhendo e por orgulho não querer mudar
Deus
não cansa de atrair-nos para Ele. Todos os dias, todos os momentos, (…) Ele
novamente desce do monte e o que fazemos?
“(…)
E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim“ (João 12,
32)
Coragem
e destemor são características vivas de quem acredita em Cristo.
Faça
planos! Se não tem, escreva! Se perdeu, recomece! Os sinos podem até nos
denunciar, mas não podem ser o motivo para temer o encontro. Não tema as
pessoas ou que dirão. Tema sim, parar no tempo por ter medo de querer
recomeçar.
Um
imenso abraço fraterno! Bom fim de semana
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