13
- de Junho - Sábado - Evangelho - Lc
2,41-51
A
palavra
Dentre
muitas possibilidades para compreender o Evangelho de hoje, devido ainda de
celebrar a festa do Imaculado Coração de Maria, vamos colocar como centro do
texto o versículo 51: “Sua mãe, porém, conservava em seu coração todas essas
coisas”.
Os
pais de Jesus e outros judeus vão para a festa da Páscoa em Jerusalém, onde se
localiza o Templo. Como de costume, eles vão de caravana. Os amigos e parentes
estavam com eles.
Jesus
está com doze anos. Para um adolescente judeu, essa idade é muito importante, pois
significa que já é homem adulto, podendo participar dos costumes dos judeus
adultos.
Voltando
para casa, Maria e José não encontram Jesus. Pensaram que ele estivesse com os
amigos ou parentes na caravana. Antes de completar três dias, e como não encontravam
Jesus, seus pais ficaram muito preocupados, decidindo retornar à cidade de
Jerusalém.
Quando
uma mãe perde um filho e não o encontra, qual é atitude mais comum de sua
reação? Naturalmente será o desespero. Mas, no Evangelho, a atitude de Maria,
após encontrar Jesus, foi muito tranqüila. Ela apenas disse: “Meu filho, porque
agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos angustiados, à tua
procura”(v.48).
Outro
possível detalhe no texto de Lucas é a resposta a qual Jesus deu a sua mãe:
“Porque me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai” (v. 49).
Como filho do Verbo encarnado, Jesus deveria estar no Templo: um lugar de culto
e de adoração. Porém, ele está lá porque completou doze anos, com idade
suficiente para participar ativamente no Templo e nos lugares comuns dos judeus
adultos. O evangelista quer alertar sobre a idade de Jesus, momento em que ele
começa sua vida de cidadão judeu.
O
versículo 51: “Sua mãe, porém, conservava em seu coração todas essas coisas”
culmina o centro do texto. Pois, quem é de fato a mãe de Jesus? É a escolhida
de Deus, para gerar e criar um homem que será o Redentor da humanidade. É a
mulher de coração sensível, que acata os fatos e acontecimentos em torno da
vida de seu filho Jesus. Por isso, ao rezar o terço, contemplamos
gloriosamente, alegremente e dolorosamente a participação de Maria no mistério
da Redenção.
Oração
da vida
Um
jovem padre norte-americano estava passando alguns dias no Santuário de
Lourdes, na França. De repente, viu-se sem dinheiro para pagar o hotel. Mesmo
assim, queria continuar a novena de orações que se propôs fazer naquele
santuário mariano. Confiou a Nossa Senhora aquela situação difícil e ficou mais
tranqüilo.
No
quinto dia da novena, o dono do hotel (aliás, um hotel de terceira classe)
apresentou-lhe a conta até aquele momento. O padre empalideceu. Como iria
pagar? Quem poderia ajudá-lo? Bem! A Mãe teria que dar um jeito. Mas... Não era
confiar demais?
No
derradeiro dia da novena continuava sem dinheiro. Já se imaginava preso e
citado perante o consulado norte-americano.
Foi
à gruta de Nossa Senhora de Lourdes e rezou com redobrado ardor. Eram dez horas
da noite. Pouca gente ali. Alguém bateu-lhe amigavelmente no ombro: - Boa
noite! O senhor sabe inglês e francês? Gostaria de nos acompanhar até Paris,
servindo-nos de intérprete? Somos norte-americanos. Não sabemos nada de
francês. E disse o padre: – Sim, sei francês, mas...
O
casal percebeu uma hesitação no semblante do jovem sacerdote. O marido
acrescentou logo: - Fique tranqüilo. Gratificaremos seu trabalho e pagaremos
também suas despesas de hotel aqui, e outras que tiver.
Foi
ou não foi uma delicadeza da Mãe do céu?
Este
caso aconteceu com Fulton Sheen, que mais tarde tornou-se pregador famoso,
escritor e arcebispo de Nova Iorque. Que meditemos essa história, percebendo a
graça de Maria na vida daqueles que a tenham como mãe de Jesus.
Sagrado
Coração de Maria, seja nossa proteção.
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