Onde compraremos pão para dar a todos de comer?-Claretianos

SEXTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2015

Aniceto, Leopoldo

Atos 5,34-42: Não se metam com esses homens, deixem-nos em paz
Salmo 26: O Senhor é minha luz e minha salvação
 João 6,1-15: Onde compraremos pão para dar a todos de comer?

1 Depois disso, atravessou Jesus o lago da Galileia (que é o de Tiberíades.) 2 Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em benefício dos enfermos. 3 Jesus subiu a um monte e ali se sentou com seus discípulos. 4 Aproximava-se a Páscoa, festa dos judeus. 5 Jesus levantou os olhos sobre aquela grande multidão que vinha ter com ele e disse a Filipe: Onde compraremos pão para que todos estes tenham o que comer? 6 Falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer. 7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pedaço. 8 Um dos seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: 9 Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes... mas que é isto para tanta gente? 10 Disse Jesus: Fazei-os assentar. Ora, havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se aqueles homens em número de uns cinco mil. 11 Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribuiu-os às pessoas que estavam sentadas, e igualmente dos peixes lhes deu quanto queriam. 12 Estando eles saciados, disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. 13 Eles os recolheram e, dos pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram, encheram doze cestos. 14 À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo. 15 Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte.

COMENTÁRIO

Jesus responde de uma forma alternativa à necessidade mais básica de uma multidão que o segue. Apesar de sua diversidade, essa multidão tem algo em comum: a fome. Jesus quer responder ao problema, porém deixando-nos o ensinamento: não se trata somente de encher o estômago. Devemos fazer nascer a solidariedade que é o milagre do futuro.
O importante é dar do que se tem, esse é o milagre: fazer que cada pessoa saia de si mesma e pense nos demais, partilhando o que tem. Os pobres sempre têm: esperança, ilusão, sonho, fantasia, alegria, tristeza, lições duras aprendidas da vida. Esta é a contribuição ao milagre que esperam melhorar sua qualidade de vida.
Em nossos projetos populares, por muito bem pensados e financiados que sejam, sempre há lugar para o milagre. Porque um projeto popular não consiste em entregar ao povo uma obra, mas em que o povo se aproprie e aprenda a partilhar em solidariedade. Este nunca é fruto do dinheiro, mas da transformação interior. A cota, a contribuição de Deus.
Com a generosidade de todos é possível avançar para melhores condições de vida para nossos povos. Coloquemos hoje nas mãos do Deus da vida os projetos solidários que conhecemos para que neles reinem a solidariedade, a transparência e a fé.