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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Que sinal fazes para que vejamos e creiamos?-Claretianos

TERÇA-FEIRA, 21 DE ABRIL DE 2015
Anselmo

Atos 7,51–8,1a: Senhor Jesus, recebe o meu espírito
Señor Jesús, recibe mi espíritu
Salmo 30: Sejam fortes e valentes de coração os que esperam no Senhor
João 6,30-35: Que sinal fazes para que vejamos e creiamos?
 
30 Perguntaram eles: Que milagre fazes tu, para que o vejamos e creiamos em ti? Qual é a tua obra? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: Deu-lhes de comer o pão vindo do céu (Sl 77,24). 32 Jesus respondeu-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; 33 porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. 34 Disseram-lhe: Senhor, dá-nos sempre deste pão! 35 Jesus replicou: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.

COMENTÁRIO


O milagre da multiplicação dos pães foi um acontecimento de tal profundidade que se constituiu para o evangelista num verdadeiro exemplo de leitura simbólica. Entre os muitos ensinamentos que Jesus tira deste milagre está a que serve para atualizar nossa memória histórica. Personagens e conteúdo da história de nada servem se sua memória não é atualizada, isto é, se eles não respondem às nossas necessidades vitais atuais. Isto é o que Jesus ensinou aos judeus ao reler, a partir de sua própria perspectiva, a figura de Moisés, a do maná e do tempo de deserto. Jesus não entra em conflito com seus interlocutores; simplesmente conecta sua proposta com a tradição do êxodo, com a libertação. O maná no deserto é muito mais que uma resposta à fome do povo, é a manifestação do próprio Deus que se faz pão para fortalecer o povo em seu processo de libertação. Jesus atualiza esta tradição dizendo que ele é o pão de vida, ele e sua palavra são o novo alimento, o definitivo para a salvação da humanidade.
Coloquemos nas mãos de Deus a vida de nossas famílias e comunidades eclesiais, para que nunca falte em nossas existências a presença de Jesus ressuscitado.
Ele, que é alimento e luz, saberá acompanhar-nos nos esforços que fazemos para construir outro mundo possível onde reinem a justiça, a paz e a solidariedade.

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