Dia 8 de maio de 2015
Evangelho de Jo 15,12-17
Na última ceia de Jesus, Ele dá os últimos conselhos para seus
discípulos. Seu discurso é de “adeuses e
despedida”. Ele sabia que a sua hora estava chegando, e como quem vai
partir para longe, Ele dá seus últimos avisos.
Na última ceia, Jesus celebra a primeira missa. Houve a Liturgia da
Palavra, Ele é a Palavra, e a Liturgia Eucarística, quando benzeu o pão e o
vinho e deu a todos dizendo “isto é o meu Corpo”. Depois deu uma ordem: “Fazei
isso em memória de mim”. Para que continuassem a sua missão.
Nessa despedida de Jesus, Ele frisa bem sobre o AMOR. Fala do seu
mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”!
O amor é a experiência maior do cristianismo, de todos que querem
seguir Jesus. Se quisermos seguir Jesus, ser seus discípulos, temos que amar,
porque o amor nos leva à perfeição e santidade, nos leva à comunhão com Deus.
Se amarmos como nos recomenda Jesus, formaremos com Ele um só corpo em Cristo e
nos uniremos ao Pai.
Jesus não tratou seus discípulos como servos, nem como alunos, mas
como amigos. É esse o tratamento que Ele nos dá, amigos. Não havia diferença
entre eles, todos eram seus amigos. É isso que Jesus quer da nossa comunidade,
pessoas que são iguais perante Deus, um grupo de amigos trabalhando para o
Reino de Deus. “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelos
amigos”, disse Jesus.
O amor que Jesus nos pede é igual o seu amor-doação. Amor para com
os outros, sem interesse, sem pedir algo em troca. Por meio de nós, Jesus quer
que as pessoas sintam o seu amor, porque Deus é Amor. Todo trabalho feito com
amor agrada a Jesus, porque é doação. Seja nas pastorais, na família, no
trabalho, na comunidade... A Igreja está repleta de pessoas que, por viver o
amor de Cristo, doa-se pelo próximo. Sem essas pessoas a Igreja não seria
Igreja. O fundamento da nossa Igreja é a doação da vida.
Se permanecermos ligados a Jesus como o ramo no tronco,
produziremos muitos frutos na nossa vida, na família, na comunidade. Frutos de
amor ao próximo, de alegria e paz, de liberdade e domínio de si, de fidelidade
e perseverança.
Jesus nos revela no seu discurso de despedida que para a comunidade
dar frutos duradouros, a comunidade precisa Ir, ou seja, sair para a missão.
O amor circula entre o Pai, Jesus e a comunidade cristã, criando uma
comunidade de amor. No v 9 Jesus afirma: “Como o Pai me amou, assim eu também
amei vocês”! O amor do Pai para com o Filho gera o Espírito Santo, que é Amor que
nos é comunicado. O amor de Jesus para a comunidade que crê é fortalecida pela
efusão do Espírito Santo. Assim existirá um laço estreito entre a Trindade e a
comunidade, que será notada por todos, por
meio das atitudes de solidariedade, fraternidade entre as pessoas. O amor a Jesus
e ao Pai faz surgir uma comunidade de irmãos.
O amor a Deus nos leva ao serviço-doação da nossa vida. Deus está
conosco quando nosso amor se traduz em obras que refletem o plano de Deus.
Se permanecermos no tronco Jesus buscaremos a perfeição do amor, no
divino amor de Deus. Nossa obrigação é estar unidos a Cristo. Porque só unido a
Ele é que podemos amar. O amor é o começo, o meio e o fim de nossa vida cristã.
Maria de Lourdes
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