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quarta-feira, 29 de abril de 2015

CRISTÃOS UNIDOS A CRISTO, CRISTÃOS UNIDOS ENTRE SI. Maria de Lourdes Cury Macedo

Quarta-feira, 6 de maio de 2015
Evangelho de Jo 15,1-8

         A comparação da videira é comum e frequente no AT. O povo de Israel fora comparado à vinha que não correspondera às expectativas de Javé que a plantara na esperança de vê-la produzir bons frutos de direito e justiça. Esta comparação servia então para indicar a infidelidade de Israel que não produziu os frutos esperados.
         Jesus recapitula, ou seja, realiza, atualiza o A.T. Jesus recupera a velha imagem do A.T. e se declara como a verdadeira videira, cujo Pai é o agricultor. Se Jesus é a verdadeira videira, só ele é capaz de produzir frutos que Deus espera. Frutos de justiça, retidão e amor. Só em Jesus é que se pode realizar o que o Pai anseia, deseja, ou aquilo que espera de seu povo. Portanto, só Jesus é autêntico e fiel, só Jesus é a verdadeira videira.
         O Pai é o agricultor, ou seja, aquele que põe em ação seu projeto de instaurar na terra o direito e a justiça, a liberdade e a vida para todos.
         A comparação da videira fala de algo dinâmico, de vida, seiva que circula animando todo o ser. Assim Jesus quer que seja a Igreja e cada cristão: vivos, ativos, unidos e alimentados pela graça, ouvintes e servidores da Palavra na prática sacramental. Cristão isolado não cumpre sua missão. A imagem da videira faz lembrar a realidade do cristão unido ao tronco, que é Cristo, e os ramos que, unidos entre si, formam a comunidade. A comunidade cristã é chamada a dar frutos em Cristo, pelo fato dela estar enraizada em Jesus e no Pai. O Pai como bom agricultor cuida da videira com a intenção de fazê-la produzir muitos frutos.
         Um ramo separado da planta, depois de um certo tempo, apresenta sinais de morte. O mesmo acontece com aqueles que se separam de Cristo e da própria comunidade, logo cessam de produzir frutos. O ramo seco representa: misérias, infidelidades ao Evangelho, fraquezas, pequenos e grandes pecados que se encontram em todos os discípulos, até mesmo nos mais devotos e coerentes. Representa também, os cristãos que vivem a fé separada da vida e isto significa que eles não entenderam a dimensão da proposta de Jesus.
         Quem tem uma autêntica comunhão com Jesus é transformado por dentro, isto é, vida de quem tem fé. Quem não é transformado, não está em comunhão com Jesus. Confessar puramente que tem fé é inútil.
O Pai como bom agricultor cuida da videira, com a intenção de fazê-la produzir muitos frutos. Este cuidado do Pai fica claro no texto quando aparece a imagem da poda. É importante saber que sem a poda, a videira dentro de alguns anos, torna-se estéril e acaba morrendo. A poda é importante para a videira crescer mais forte e viçosa. Sem a poda ela se torna estéril e acaba morrendo. Portanto, podar não é fazer a videira sofrer, judiar dela, mas, dar condições para ela ter mais vida e produzir em abundância. A poda na vida do cristão não é provação e sim graça.
         A alegria do agricultor é ver a videira carregada de excelentes frutos. A glória do Pai é uma comunidade fortemente unida a Jesus, comprometida com Ele, carregada de frutos. Só permanecendo unido a Cristo o homem pode realizar obras que sejam frutos do Espírito Santo.
Neste texto aparecem sete vezes o Verbo Permanecer. PERMANECER é estar alimentado da palavra. Podemos entender o verbo permanecer como AMOR. As pessoas que permanecem em Jesus, fazem o que Jesus quer, ouvem a sua palavra, a sua voz, rezam, frequentam a Igreja e os sacramentos, são os cristãos unidos ao tronco. Com Jesus formam uma só coisa, no exemplo da videira, formam uma só planta. Assim os cristãos permanecem unidos a Jesus (tronco) pelo AMOR.
         Permanecer em Cristo é dar frutos de justiça, de paz, de amor, de igualdade, de fraternidade, de solidariedade, de serenidade, de confiança, esperança, de perdão e muitos outros...  Assim pelos frutos conheceremos de que árvore é a comunidade. Produzir tais frutos é ser da árvore cujo tronco é Jesus.
         Por isso Jesus fala: “se permanecerem em mim, e minhas palavras permanecerem em vocês, peçam o que quiserem, e isto lhes será concedido”. Portanto, estes são os requisitos para ser uma comunidade cristã: - ouvir a palavra; - ter amor e fé; - e ter vida de oração.  Estes requisitos são tão essenciais ao cristão, assim como a seiva é para a planta. A alegria do agricultor é ver a videira carregada de excelentes frutos. A glória do Pai é uma comunidade comprometida com seu ensinamento, fortemente unida a Jesus, que é a videira, cujos frutos são a justiça, a retidão e o amor.
         A videira produz uvas, não para si, mas para os outros. Esta é a alegria do ramo: produzir frutos para os outros. Assim também o cristão: sua alegria é produzir boas obras para que os outros sejam mais felizes.  Essas são as condições para que a comunidade cresça e desenvolva sua missão.
         Assim se constrói uma vida de fé sólida e uma Igreja viva. Separados de Jesus acabamos mergulhados em nossas próprias deficiências, isto é, imperfeições, pecados, erros.
         Um grande abraço em Cristo!
         Maria de Lourdes



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