Quarta-feira,
11 de Fevereiro de 2015
Nossa Senhora de
Lourdes
Gn 2,4b-9.15-17: Lo
colocó en el jardín de Edén
Salmo 103: Bendice,
alma mía, al Señor
Mc 7,14-23: Lo que
sale del hombre es lo que lo contamina
14
Tendo chamado de novo a turba, dizia-lhes: Ouvi-me todos, e entendei. 15 Nada
há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem,
isso é que mancha o homem. 16 [bom entendedor meia palavra basta.] 17 Quando
deixou o povo e entrou em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe acerca da
parábola. 18 Respondeu-lhes: Sois também vós assim ignorantes? Não compreendeis
que tudo o que de fora entra no homem não o pode tornar impuro, 19 porque não
lhe entra no coração, mas vai ao ventre e dali segue sua lei natural? Assim ele
declarava puros todos os alimentos. E acrescentava: 20 Ora, o que sai do homem,
isso é que mancha o homem. 21 Porque é do interior do coração dos homens que
procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, 22 adultérios,
cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e
insensatez. 23 Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem.
COMENTÁRIO
A
crítica de Jesus contra as prescrições da lei não recai precisamente sobre a
lei em si que certamente havia chegado, em virtude de seu dinamismo interno, à
espiritualização desejada por ele. Porém, os judeus e mais especificamente os
fariseus bloquearam esse dinamismo pelo efeito de uma mentalidade
demasiadamente materialista. A polêmica de Jesus contra o farisaísmo terminou
por configurar este termo, originalmente sinônimo de piedade e de perfeição,
como o símbolo da própria hipocrisia. Jesus fundamenta a religião sobre a
pessoa mais que sobre a lei. Orientava claramente para um messianismo pura e
atribuía mais importância aos gestos de fraternidade do que às práticas
cultuais. Devia chocar necessariamente com a intolerância e o integrismo dos
fariseus. Pregou abertamente contra eles uma volta bem justificada ao espírito da
lei primitiva. Primeiro rompeu com o imobilismo da lei com a finalidade de
espiritualiza-la, daí reduziu e desmascarou o farisaísmo como um movimento
hipócrita. De acordo com esta pedagogia popular do Mestre, não há forma alguma
de ritualismo que possa contaminar o ser humano: é o agir do ser humano o que
pode contaminá-lo, se não reconhece os demais dentro de uma fraternidade
baseada na fé.
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