04 DE FEVEREIRO
Deus educa-nos à prática do bem e da humildade. Entregando sua vida ao Pai, Jesus preparava os discípulos para o anúncio do Reino: “Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte”.
O mestre toma a decisão livre e também responsável.
Digo livre e responsável por que só os homens livres é que são responsáveis dos
seus atos. E O viver de Jesus entre os nós foi uma liberdade total na
obediência à vontade de Deus seu Pai. E chegada à hora crucial, decide
dirigir-se para Jerusalém para aí fazer seu anúncio libertador e consumar os
mistérios pascais. E para tanto, Jesus se empenha em esclarecer seus discípulos
sobre os riscos que lá o aguardam, pois sabia que os chefes judeus haviam
decidido a Sua morte.
Por outro lado vemos os discípulos como que
desconhecendo tudo o que Jesus fala e o mais grave é que pensavam que Ele
dirigindo-se para Jerusalém consolidaria o poder político anunciado pelos
profetas, o que também não passava de um mal entendido sobre o real messianismo
do ungido do Senhor. É o que eles esperavam e expressavam nos bastidores como
sendo a gloria.
Portanto, pensavam tomar parte do poder político
de Jesus e talvez até serem nomeados ministros, senadores, governadores em fim.
Jesus, porém, descarta o poder político, caracterizado
como opressor e tirânico. No reino dos céus o maior tem de ser aquele que serve
a todos. O primeiro tem de ser o último. Renova nos discípulos a proposta de
consagrarem sua vida ao serviço aos mais necessitados, pelo que os excluídos
são reintegrados na vida e Deus é glorificado. Pois o seu ministério é um
mistério de comunhão, é partilha e serviço, é vida e compromisso.
De outra parte, a mãe dos filhos de Zebedeu
faz-lhe um pedido de privilégio, de destaque para seus filhos. Porque também
ela pensava: se fizer um pedido àquele que em breve terá a faca e o queijo na
mão, os meus filhos terão um cargo importantíssimo no seu governo. Todavia,
Jesus mostra-lhe como eles podem conseguir. Será à custa de muito sacrifício. O
cálice de fel, de mortificação, de jejum, de penitência e oração.
Estando nós no tempo da quaresma não
podemos e nem devemos ansiar outro cálice senão o de conversão e de
misericórdia.
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