-Diác. José da Cruz
QUINTA FEIRA DA V SEMANA DO TEMPO
COMUM 12/02/2015
1ª Leitura Gênesis 2, 18-25
Salmo 127/128, 1 a”Felizes os que temem o Senhor, os que andam
em seus caminhos”
Evangelho Marcos 7, 24-30
"A Fé não tem rótulo..."
A Fé em Jesus, nosso Deus e Senhor,
Redentor e Salvador, nunca teve e nem terá rótulo ou marca diferenciada, pois
ela é um dom que Deus concede a quem Ele quiser, seja Católico, Evangélico,
Pentecostal, Espírita ou Kardecista e vai por aí afora. Não podemos confundir
expressão de Fé com a Fé em si, pois são coisas diferentes, e nem se pode dizer
que esta é mais eficiente do que aquela,
a expressão de Fé Católica tem sua raiz apostólica, e os elementos embrionários
da Fé Cristã, transmitidos pelo próprio Jesus, mas isso não nos dá o direito de
julgar que a Fé dos que não pertencem á nossa Igreja, não é autentica.
Jesus e seus discípulos se encontram
em uma terra pagã, na região de Tiro e Sidônia, ali uma mulher Fenícia caiu a
seus pés suplicando pela Filha que estava possessa de um espírito imundo, a
mulher acredita em se coração que Jesus é maior do que o demônio que oprime a
filha, portanto vê nele o libertador e clama por esta ação libertadora de sua
parte.
Sendo Judeu, primeiro Jesus
manifesta o modo de pensar do Judeu "pela ordem estabelecida os Judeus são
os primeiros a serem beneficiados com a ação libertadora do Messias, os pagãos
são de segunda categoria e por isso mesmo denominados "cães", em
palavras mais simples, Jesus está dizendo aqui, que não se deve queimar
vela com mau defunto.
A mulher concorda que está
inferiorizada em relação aos judeus, Raça escolhida e Nação Santa, mas Jesus é
tão importante em sua vida, que qualquer gesto ou palavra que vier dele, trará
a ela os efeitos da Graça da qual ele é portador, isso é o que ela crê com
sinceridade. E Jesus não resistiu a tão grande Fé, e saindo do contexto
judaico, proclama que a Fé é universal e não têm rótulo, "por causa dessa
palavra, vai-te, que saiu o demônio da sua filha".
Quem crê em Cristo e se compromete
com Ele, vendo-o como libertador e vivendo nessa liberdade de Filhos de Deus,
jamais estará preso ou escravo do demônio, presente em certas estruturas
humanas, que escravizam e alienam o ser humano, em vez de o libertá-lo.
Portanto, essa experiência libertadora com Jesus em nossa vida, não depende da
fachada religiosa que ostentamos, é algo íntimo e pessoal, que começa com o
nosso desejo e abertura de coração, mas se realiza unicamente por iniciativa
dele. Essa mulher, que não era religiosa, abriu seu coração para essa
possibilidade e assim mudou a sua vida....(Diácono José da Cruz – Paróquia
Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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