02 de Agosto
No
texto de hoje nos deparamos com as circunstâncias da morte de João Batista. Ele
havia denunciado ao tetrarca Herodes a imoralidade que ele estava cometendo ao
coabitar com Herodíades, a mulher do seu irmão. Por um lado está a mulher
furiosa, que se enche de ódio contra João Batista e queria vê-lo morto por
causa das denúncias.
Por
outro lado, Herodes tinha que decidir entre arrepender-se do que fazia e
separar-se de Herodíades; continuar na situação em que se encontrava e sofrer
crescente oposição do povo em seguida à denúncia de João Batista; ou ainda
silenciá-lo de alguma forma.
Das
três opções, influenciado por Herodíades, Herodes decidiu pela terceira, mas
hesitava em matá-lo, porque sabia que João era um homem de bem, justo e santo,
e respeitado pelo povo. Mandou, portanto, que fosse amarrado e colocado na
prisão.
Quantas
vezes, seguindo um caminho mau, somos alertados por alguém e temos a
oportunidade de nos corrigir, mas preferimos continuar no pecado. Quantos
pecadores são alertados pela pregação do Evangelho, e, ao invés de se
converterem, eles se voltam contra a pessoa que lhe corrige e o próprio
Evangelho, tornando-se inimigos de Cristo. Com isto eles pensam ganhar algum
prazer nesta vida, mas perdem a vida eterna, permanecendo na condenação de Deus
para sempre.
Não
é fácil deixar uma situação de pecado, que nos agrada, para endireitar a nossa
vida. Foi o que aconteceu com Herodes. Preferiu cometer uma grande injustiça,
aprisionando João Batista para agradar Herodíades e abafar a sua própria
consciência.
O
dia do aniversário de Herodes foi celebrado com uma festa (só lemos de outra
festa de aniversário na Bíblia, esta celebrada por Faraó – Gênesis 40:20). Foi
quando ele cometeu outro grande erro. A filha de Herodíades, sobrinha de
Herodes, dançou durante a festa. Seu nome não é mencionado na Bíblia, mas
segundo a história profana ela era Salomé, que se casou mais tarde com outro
tio, Filipe o tetrarca da Ituréia (Lucas 3:1). Ela dançou tão bem que agradou
muito Herodes e os seus convidados. Para recompensá-la, Herodes lhe prometeu,
com juramento, que lhe daria tudo o que pedisse, até a metade do seu reino
(Marcos 6:23). Era uma promessa solene, e Salomé foi consultar a sua mãe sobre
o que deveria pedir. Herodes era poderoso e rico, e as possibilidades eram
muitas. Mas Herodíades estava focalizada em uma coisa só: João Batista tinha
que morrer. Surgiu agora a oportunidade de conseguí-lo através da sua filha.
Para a aflição de Herodes, sua sobrinha, instruída por sua mãe, pediu: “Dá-me
aqui num prato a cabeça de João Batista.” Herodes havia feito um juramento, e
os que estavam à mesa com ele eram testemunhas, portanto ele tinha que ser
cumprido. Ninguém daria o valor de metade do seu reino à cabeça de João
Batista: só mesmo Herodíades.
Na
verdade não foi um triste fim para João Batista. Segundo o plano de Deus ele
havia cumprido brilhantemente a sua missão, e havia agora chegado a hora dos
seus discípulos se reunirem junto com os discípulos do Senhor Jesus, para
aprenderem com Ele a arte de ser fiel a missão a nós confiada. Que o senhor te
dê esta graça da fidelidade e de derramar o teu sangue se tal for necessário
como fez João Batista em prol da verdade, da justiça e do amor de Deus!
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