06 de Agosto
Este é o meu Filho
amado...-Canção Nova
Em Mt 17, 1-9, Jesus nos mostra sua
Magestade e seu sofrimentos para nos ensinar que não há triunfo se não houver
batalha.
Pouco depois de explodir o coração de
S. Pedro em cesárea, quando proclamou Jesus Cristo como Filho de Deus, a
Transfiguração vem confirmar e vem dar aos três melhores discípulos um antegozo
da glória definitiva antes das amarguras passageiras da Paixão, Morte e
Ressurreição de Cristo.
Este Mistério é-nos contado por S.
Marcos, S. Mateus e S. Lucas. O Divino Salvador, que recapitulava em Si todas
as grandezas do povo eleito, conversa com Moiséis e Elias, os dois arautos que
tinham parcialmente prefirado a Sua Missão. Tem havido santos que numa hora
decisiva da existência, ouviram uma voz divina. Assim Paulo então Saulo, perto
de Damasco, ou tiveram aparições do céu.
Na Transfiguração temos isso e mais. A
cena gloriosa do Tabor destina-se a colocar na sua verdadeira luz a
bem-aventurada Paixão do Calvário. E a nossa vida quotidiana pode ser uma
térmica de sofrimentos: oferecido a Deus, torna-se já um vestuário de glória.
Com esta visão sobrenatural Jesus dava
uma confirmação à confissão de Pedro: Tu és o Cristo, Filho de Deus Vivo.
Aquele instante de glória sobre-humana era o penhor da glória da ressurreição.
O Filho do Homem vivia na glória do Seu Pai. O próprio tema do colóquio com
Messias.
A Transfiguração que faz parte do
mistério da Salvação, é bastante merecedora de uma celebração litúrgica, que a
igreja, tanto do Ocidente como do Oriente celebrou de vários modos e em
diferentes datas, até o papa Calisto II a estender à igreja universal.
Quando Deus veio à terra, na pessoa de
Jesus, adotou uma forma humana. Fisicamente, Jesus se parecia como qualquer
outro homem. Ele teve fome, sede, cansaço, etc. Sua divindade foi vista apenas
indiretamente, em suas ações e suas palavras. Mas, numa ocasião, a glória
divina interior de Jesus resplandeceu e se tornou visível. A história é contada
em Mateus 17:1-8:
Seis dias depois, tomou Jesus consigo a
Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E
foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas
vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e
Elias, falando com ele. Então disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui;
se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para
Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da
nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele
ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo.
Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais!
Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus.
O mandato novo é de obediência ao
representante de Deus na terra. Quem me ouve, ouve o Pai. Mais: quem a vós ouve
é a mim que ouve(Lc 10, 16). Não somos divinos nem únicos para determinar
nossas circunstâncias. Por isso todo aquele que quiser ter uma vida própria e
independente não pode ser discípulo de Jesus: a da obediência. A regra da
vida plena não é fazer o que convém mas a obediência manifestada nas palavras
da nuvem. A vontade divina manifestada na Palavra que desceu do céu, demonstra
a vontade divina que é a norma das vidas que dEle depende.
Pai, que a transfiguração me leve a
confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a
expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.
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