Recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
Este Evangelho nos traz a parábola da rede lançada ao mar. A rede é a
Santa Igreja que, em seu trabalho missionário, atrai milhares de pessoas ao
santo batismo. Entretanto, muitos não obedecem aos mandamentos de Deus, por
isso não pertencem ao Reino de Deus e vão, aos poucos, abandonando a vida em
Comunidade. São os peixes que não prestam que Deus Pai joga fora.
“Recolhem os peixes bons em cestos.” Para que sejamos peixes bons,
precisamos ler ou ouvir a Palavra de Deus com o coração aberto, colocando em
prática, com generosidade, aquilo que aprendemos. A oração é prática
fundamental para sermos bons filhos e filhas de Deus.
Nós temos esperança de sermos peixes bons, e assim não sermos “jogados
fora”. Temos esperança, não certeza. No mundo, estamos misturados, maus e bons.
Precisamos, além do esforço contínuo de conversão, ser sal, luz e fermento na
massa, inclusive dentro da nossa família e da nossa Comunidade cristã.
“Todo mestre da Lei, que se torna discípulo..., é como um pai de família
que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Os mestres da Lei correspondem
aos nossos catequistas. Eles tinham toda uma bagagem de sabedoria e de
experiências colhidas do Antigo Testamento. Aqueles que se tornavam discípulos
de Jesus ajuntavam as coisas novas que aprendiam de Jesus com as coisas velhas
que já sabiam e faziam uma síntese, o que os tornava verdadeiros sábios.
Também nós vamos somar as nossas experiências do passado com as de hoje,
visando a nossa santificação. Precisamos estar sempre abertos ao novo, mas sem
jogar fora a sabedoria antiga. A nossa fé é viva e dinâmica; estamos sempre
revendo, abandonando o que ficou caduco e dando um passo à frente. Dos mais
velhos, nós aprendemos a riqueza da sabedoria acumulada por seus longos anos de
vida; e dos mais novos, aprendemos as novas conquistas do mundo moderno.
“Os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e
lançando os maus na fornalha de fogo.” Aqui na terra, os maus e os bons estão
misturados, mas não lá no céu. Haverá uma seleção rigorosa, que chamamos de
juízo final. Nós pedimos a Deus que, nessa seleção, nós fiquemos do lado dos
justos.
Havia, certa vez, um senhor que todos os dias, quando voltava do
trabalho à tarde, antes de entrar na sua casa dirigia-se a uma árvore que havia
na frente da casa e tocava nela com as duas mãos. Depois entrava. Um dia, ele
veio com um amigo, que era colega de serviço, e, quase sem perceber, fez aquele
gesto. Foi até a árvore, encostou as duas mãos nela, ficou um tempinho em
silêncio, depois voltou e os dois entraram na casa. No dia seguinte, o amigo
lhe perguntou por que ele havia feito aquilo. Ele explicou: “É que, no serviço,
eu fico nervoso, tenso e não quero passar isso para a minha esposa e meus
filhos. Com esse gesto, eu descarrego minhas tensões na árvore e entro em casa
bem calmo”.
Na verdade, o que aquele homem fazia era uma auto-sugestão. Mas é
válida. Nós não podemos descarregar nervosismos em quem não tem nada a ver com
isso. Entretanto, muito mais eficaz que tocar numa árvore é recorrer a Deus
pela oração. E uma boa dica é pedir o auxílio de Maria Santíssima. Se queremos
ser peixes bons na rede do Senhor, um jeito fácil e copiar de Maria o seu jeito
de ser discípula fiel do Senhor.
Maria Santíssima é a Mãe e modelo da Igreja, a Rainha do Céu e da terra.
Que ela nos ajude a sermos peixes bons, a fim de que os anjos não nos excluam.
Recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
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