18º DOMINGO TEMPO COMUM
Evangelho - Mt 14,13-21
3 de Agosto de 2014
Cinco pães e dois peixes alimentaram cinco mil homens sem contar
mulheres e crianças, e sobraram doze cestos. E ainda tem gente que duvida da divindade
do Filho de Deus!
Jesus é aquele que nos alimenta em plenitude. O corpo e a alma. Sua
caridade é completa. Primeiro Ele curou os doentes, livrando-os do mal do
corpo. Depois os alimentou com a sua palavra de vida eterna, sustento para a
alma e para a fé. Finalmente Jesus os alimentou com pão e peixe, nutrindo-os
para levar seus ensinamentos para outros
irmãos.
Quanto alimento que sobra das nossas mesas! Quantos irmãos que sofrem pela falta de comida! Como podemos sorrir felizes ou fingindo estar
felizes, num almoço farto com familiares, enquanto lá fora nas calçadas, e nas
favelas, muitos rostos tristes de adultos idosos e crianças, olham o vazio, sem
solução para a sua fome e seu desconforto! Os bolsões de pobreza são explorados pelos
políticos na campanha eleitoral, quando eles prometem em troca do voto, a
solução para a pobreza. Quando eles ganham a eleição às custas dos votos
daqueles miseráveis, não volta mais na favela e nem apresentam nenhum projeto
para pelo menos aliviar o sofrimento daqueles marginalizados.
É por isso que a miséria nunca terá fim. Pois ela é útil para os
poderosos. Pois se trata da exploração
do homem pelo homem. O rico não vive sem o pobre. Ele precisa do pobre. O poder
público não providencia a partilha para os famintos, muito menos projetam um
sistema de controle de natalidade adequado. Desse modo, é fácil imaginar o
futuro o qual já está instalado no meio de nós. Muita gente para comer, vestir,
abrigar-se, e poucos recursos disponíveis para todos eles. Pois esses recursos estão
concentrados nas mãos de uma minoria.
É por isso que em parte somos culpados por tantos assaltos, por
tanta violência! A qual é causada pela nossa falta de caridade, de partilha, de
amor ao próximo na prática. Não se trata aqui de alimentar preguiçosos, apesar
de que a preguiça é uma insuficiência de alguns. Trata-se de dar a vara para eles
pescar o seu próprio alimento, dando aos jovens ensino técnico em vez de não
lhes ensinar nada de útil para as suas vidas como está acontecendo nas escolas públicas. Trata-se de valorizar os professores com
salários justos e todo apoio para que eles possam exercer um ensino de verdade,
uma educação para a vida e não para a morte. Pois toda mudança social deve
começar pela educação, e não pela repressão.
Caríssimos. Omelhor investimento! Melhor que investir nos melhores
bancos, é matar a fome dos famintos, é também ajudar a sua igreja na hora da
coleta. Porque fazendo isso, você está
devolvendo a Deus um pouquinho do muito que Ele lhe deu. E tenha certeza de que
você não ficará sem recompensa. Já não
acontece o mesmo para aqueles que embora tendo muito, não se importam com a dor
da fome dos excluídos, aos quais eles chamam de vagabundos! Já não acontece o
mesmo também para aqueles que fingem estar lendo o folheto da missa na hora que
passa por eles a coleta.
Vivemos num mundo em que tudo é pago. Só ainda não estamos pagando
para respirar.Tudo gira em torno do dinheiro. Quem é caridoso tem de enfrentar
a oposição dos demais, começando pela nossa própria família. E mais. Infelizmente
quem faz caridade é acusado de deixar os necessitados mais acomodados e
propensos a não fazerem mais nenhum esforço pela sua sobrevivência.
Os arrogantes não partilham, não dão esmolas, economizam, juntam,
investem, com medo do dia de amanhã, pois eles não depositam sua confiança em
Deus. Já a maioria dos pobres são caridosos
pois eles sabem o que é viver a triste realidade da miséria.
Por outro lado, a liturgia deste domingo nos leva a refletir sobre
a Eucaristia, Jesus o Pão da vida que se deu pelo alimento da nossa alma, da
nossa fé. Na multiplicação dos pães Jesus demonstrou o seu poder divino assim
como também manifestou na prática o seu imenso amor por aquelas pessoas que o
seguiam por causa das curas e por causa da sua palavra que os encantava.
Hoje o corpo de Cristo, o pão vivo que desceu do Céu, continua a
ser distribuído para milhões de fiéis no mundo inteiro, que procuram saciar a
sua fome e a sua sede de Deus, através da Igreja. Não adiantam as investidas de satanás para atrapalhar, ou
mesmo tirar Deus da nossa mente e da sua Igreja. Porque as portas dos infernos
não se prevalecerão contra ela.
Na Eucaristia está concentrado o tesouro espiritual da nossa
Igreja, pois ela é o centro de toda a vida cristã. É o próprio Jesus, O Filho
de Deus que se fez alimento para nos fortalecer contra toda causa de pecado. É
Deus vivo que quis estar presente no nosso meio, em nossa alma, através do seu
Filho sacramentado. Na Eucaristia Deus
não apenas nos oferece alguma coisa maravilhosa, mas Ele se dá a si mesmo, seu
corpo e seu sangue. E assim, em cada Eucaristia, a comunidade cristã nasce de
novo com forças novas e com a fé alimentada, pronta para enfrentar todas as
adversidades desse mundo sem Deus.
Mas infelizmente, são muitos os que ainda colocam sua segurança no
dinheiro e nos bens materiais, em vez de buscar a fonte de água pura. São muitos os que dão pouca importância a
palavra de Deus, que disse: “Quando deres uma esmola a um mendigo, foi a mim
que destes”, e continuam ignorando o irmão necessitado. São muitos que iludidos
com o conforto e tudo o que o dinheiro pode comprar, vivem afastados de Deus e
do irmão carente, buscando sempre a aproximação com aqueles que são do seu
nível social e econômico.
Meu irmão, minha irmã. Não seja um desses! Procure multiplicar a sua caridade, a sua fé,
a sua esperança nas promessas de Cristo. Multiplique também a oração, a negação
de si mesmo, e acima de tudo, faça alguma coisa para multiplicar o número de
catequistas no mundo. Seja ministros ordenados, ou seja, leigos integrados no
Plano de Deus.
Um bom domingo.
José Salviano.
Ainda vivo pela graça
de Deus!
Muito bom José Salviano. Realmente temos que fazer parte do Projeto de Deus, buscando não só a nossa salvação, mas também a do nosso irmão.
ResponderExcluirAbraços, Beto.