QUARTA - 25 de Junho de 2014 - Evangelho - Mt 7,15-20
Bom dia! Na rede Record era apresentado um
programa chamado “O APRENDIZ”. Nesse programa um grande empresário ditava quem
poderia ou não continuar, levando em consideração o perfil desejado, o empenho
e a capacidade de resolver adversidades o melhor que possível.
Muita gente acompanhava o programa
torcendo para que seus favoritos conseguissem lograr êxito e saírem vencedores.
Apesar da nítida dureza e severidade
racional do apresentador só discordávamos dele quando criticava ou eliminava
aqueles que estávamos emocionalmente envolvidos. Após cada “DEMISSÃO” havia uma
reação proporcional dos que torciam desse lado da tela.
Duas coisas servem esse exemplo para
nossa reflexão de hoje:
1) Discordamos apenas quando a opinião
afeta nosso desejo;
2) Sabíamos reconhecer que o
apresentador “vendia bem o seu peixe”.
Quanto a primeira…
É duro de aceitar, mas somos para Deus o
PRODUTO e não a PROPAGANDA. Não dá para mentir para quem bem nos conhece. Boa
parte de nossas desavenças surgem de interesses escondidos dentro do assunto.
Um pai dificilmente vai a escola elogiar o trabalho de um professor, mas
madruga na reunião que falará da nota vermelha que ele tirou.
Tornamos-nos mansos quando queremos
algo. Somos fartos nos elogios e sorrisos aos chefes, aos que são importante,
os que podem nos fazer algo, mas desrespeitosos com os mais simples que limpam
nossa casa, nosso local de trabalho, nosso dia-a-dia. Conseguimos ser coelhos
na “rua” e “cavalos” em casa com os nossos pais; andamos quilômetros para ver a
nova namorada, mas não vamos à padaria da esquina comprar o pão (hunf)… Como
disse, Deus conhece o PRODUTO e não se engana com a PROPAGANDA. “(…) Eles
chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. Vocês os
conhecerão pelo que eles fazem“.
Uma coisa deve ser bem frisada: falsos
pastores NÃO DISCORDAM DO NOSSO DESEJO MESMO QUE ELE SEJA EQUIVOCADO.
A segunda…
Voltando ao último grifo: Como é fácil
fazer as coisas e por culpa nos outros?
Eu não duvido que o mal sugira as
pessoas a fazer coisas erradas, mas é preciso ter claro que a última opinião
será sempre nossa. Como pode uma moça ficar grávida e por a culpa na
insistência do namorado e vice-versa?
Mas é justamente nisso que muitas
igrejas e seitas se embasam: TUDO É O DIABO! Sim pode ser ele, mas sempre a
última palavra do livre arbítrio é nossa. Não se faz ninguém crescer na fé
dizendo que ele nada fez e sim outra pessoa. São igrejas onde só existem anjos.
Repare o modelo impregnado do comércio nessa situação: O CLIENTE SEMPRE TEM
RAZÃO.
Cada vez mais surgem pessoas mal
intencionadas a falar o que QUEREMOS QUE FALEM em troca de dinheiro, ofertas e
até de TRÍZIMO. Não falei errado não! Uma igreja já pregou a suas ovelhas que
deveriam por uma graça pagar o TRÍZIMO.
Precisamos reconhecer que ELES SABEM
VENDER O SEU PEIXE! Fico triste que o povo acaba comendo JAÚ pensando que é
PINTADO “(…) A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta
não pode dar frutas boas. Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada
no fogo. Portanto, vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que eles
fazem”.
Para finalizar deixo uma reflexão que
talvez não conste na interpretação da Bíblia que eles apresentam aos seus:
“(…) Se alguém transmite uma doutrina
diferente e não se atém às palavras salutares de nosso Senhor Jesus Cristo e ao
que ensina nossa piedade, é um orgulhoso, um ignorante, alguém doentiamente
preocupado com questões fúteis e contendas de palavras. Daí se originam
invejas, ultrajes, suspeitas malévolas, discussões sem fim entre pessoas de
mente corrompida, que estão privadas da verdade e consideram a piedade como uma
fonte de lucro. Ora, a piedade dá grande ganho, sim, mas para quem se satisfaz
com o que tem. Com efeito, não trouxemos nada para este mundo, como também dele
não podemos levar coisa alguma“.(I Timóteo 6, 3-7)
Um imenso abraço fraterno!
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