18 DE MARÇO
Isaías 1, 10.16-20 - “ a boca do Senhor falou!”
Falando no imperativo, em Nome de Deus, o profeta Isaías chama a atenção das autoridades e do povo de Sodoma e Gomorra para que revissem a sua trajetória de vida e voltassem atrás nas suas maldades dando-lhes a garantia de que seriam perdoadas as suas faltas do passado. As palavras do profeta que outrora foram destinadas àquele povo soam aos nossos ouvidos como uma trombeta para acordar o mundo de hoje, desde o menor até o maior ou vice-versa: “Deixai de fazer o mal; aprendei a fazer o bem!” Esta exortação já é suficiente para que façamos um exame e reflitamos sobre a nossa história e sobre as nossas ações. O próprio Senhor nos atrai com compaixão e compreensão quando fala: “Vinde, debatamos”!Deus nos acena com a Sua Misericórdia e nos conclama ao arrependimento nos garantindo o perdão para com os nossos pecados, ainda que sejam eles, os maiores e piores que possamos ter cometido. Este tempo da quaresma, portanto, é uma oportunidade valiosa para que sigamos a orientação do profeta quando nos ordena: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossas ações”. A purificação da nossa alma exige de nós uma conscientização de que precisamos fazer propósitos de conversão e de mudança de vida. Não podemos continuar praticando as mesmas coisas que, sabemos, ferem o coração de Deus porque atingem os nossos irmãos que são também Seus filhos. O Senhor nos promete comer as coisas boas da terra que significa desfrutar de tudo o que Ele criou para nosso bem estar e felicidade. É ter paz, alegria, esperança, segurança, enfim uma vida de qualidade. Contudo, isto só nos será possível experimentar se tirarmos de nós o mal que nos aprisiona, nos corrompe e nos leva a pecar. A graça do Senhor nos absolve e nos redime quando escolhemos todos os dias praticar o bem e não o mal. As cidades de Sodoma e de Gomorra foram devoradas porque o povo não atendeu às ordens de Deus. Nós, porém, podemos fazer toda a diferença, obedecendo e aproveitando a oportunidade, porque é a boca do Senhor que fala. Ele, hoje, nos convida a abrir o nosso coração e confiar na Sua misericórdia, pois deseja mudar a nossa vida e o mundo todo.Reflita: - Neste momento atual você está aproveitando das “coisas boas da terra” ou está na penúria? - Repense as suas ações, os seus pensamentos, os seus sentimentos e faça os seus propósitos. – O que você tem praticado mais: o bem ou o mal? – O que será para você praticar o bem e praticar o mal? – Como têm sido as suas ações com todas as pessoas com quem você convive?
Salmo 49 – “A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que
vem de Deus!”
Às vezes, nos confundimos e queremos mostrar serviço a Deus oferecendo sacrifícios que de nada adiantam para a purificação dos nossos pecados. Para nós seria bastante proceder retamente segundo os mandamentos do Senhor e de coração oferecer um sacrifício de louvor, de gratidão, de reconhecimento da sua bondade e aí sim, estaríamos ofertando ao Senhor o que de melhor nós possuímos.
Evangelho - Mateus 23, 1-12 - “A autoridade é validada pelas ações ”
Esta palavra de Jesus é muito pertinente para todos os que se propõem a assumir um lugar de governo em todos os segmentos, mas principalmente na edificação do reino de Deus aqui na terra. Às vezes queremos medir a nossa autoridade pelo conhecimento que temos das leis e dos decretos do Senhor, conforme a Sua Palavra. Sabemos tudo de cor, capítulo, versículo, etc., pregamos para os outros, cobramos e exigimos o cumprimento do que ensinamos, no entanto, falta-nos a legitimidade por causa do nosso contra testemunho. A nossa autoridade é validada pelas nossas ações e não pelas nossas palavras e conselhos. Tem autoridade todos os que ensinam e dão conselhos, mas praticam e vivem segundo o que pregam. Tem autoridade para interpretar a lei de Deus quem a vivencia e tem-na gravada em seu coração e, consequentemente, em suas mãos. Infelizmente os mestres da lei ainda estão muito vivos dentro das nossas comunidades, das famílias, da Igreja, assim como também nos governos. O privilégio, a atenção e as regalias são a carteira de identidade de muitos que receberam de Deus o chamado para servir desinteressadamente, mas o fazem apenas para usufruto próprio. Todos nós temos responsabilidade diante de Deus daquilo que pregamos e falamos, no que ensinamos, principalmente os que se propõem a estar à frente de algum ministério no reino de Deus e são constituídos de autoridade. Precisamos estar muito firmes nas nossas ações quando cobrarmos ou exigirmos das outras pessoas. Como irmãos e irmãs todos nós temos o dever de ensinar, de exortar, de aconselhar, porém, isso só se torna legítimo, quando o fazemos como serviço, com humildade e responsabilidade e não somente para aparecer – O que você tem aconselhado aos seus amigos e amigas é o mesmo que você tem feito? – Você sente-se responsável pelo crescimento e melhoria de alguém? – O seu testemunho de vida serve de parâmetro para as pessoas que o (a) conhecem? – Faça uma comparação entre as suas ações e as ações dos mestres da lei e dos fariseus e perceba o que pode ser edificante para você nessa mensagem.
Helena Serpa
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