27
Janeiro 2019
ANO C
3º DOMINGO DO TEMPO COMUM
3º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Tema do 3º Domingo do Tempo Comum
A liturgia deste domingo coloca no centro da
nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do
qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina
abstracta, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio
libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos
cristãos.
Na primeira leitura, exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.
No Evangelho, apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora.
A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.
Na primeira leitura, exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.
No Evangelho, apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora.
A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.
LEITURA I – Ne 8,2-4a.5-6.8-10
Leitura do Livro de Neemias
Naqueles dias,
o sacerdote Esdras trouxe o Livro da Lei
perante a assembleia de homens e mulheres
e todos os que eram capazes de compreender.
Era o primeiro dia do sétimo mês.
Desde a aurora até ao meio dia,
fez a leitura do Livro,
no largo situado diante da Porta das Águas,
diante dos homens e mulheres
e todos os que eram capazes de compreender.
Todo o povo ouvia atentamente a leitura do Livro da Lei.
O escriba Esdras estava de pé
num estrado de madeira feito de propósito.
Estando assim em plano superior a todo o povo,
Esdras abriu o Livro à vista de todos;
e quando o abriu, todos se levantaram.
Então Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus,
e todos responderam, erguendo as mãos:
«Amen! Amen!».
E prostrando-se de rosto por terra, adoraram o Senhor.
Os levitas liam, clara e distintamente, o Livro da Lei de Deus
e explicavam o seu sentido,
de maneira que se pudesse compreender a leitura.
Então o governador Neemias,
o sacerdote e escriba Esdras,
bem como os levitas, que ensinavam o povo,
disseram a todo o povo:
«Hoje é um dia consagrado ao Senhor vosso Deus.
Não vos entristeçais nem choreis».
– Porque todo o povo chorava, ao escutar as palavras da Lei –.
Depois Neemias acrescentou:
«Ide para vossas casas,
comei uma boa refeição, tomai bebidas doces
e reparti com aqueles que não têm nada preparado.
Hoje é um dia consagrado a nosso Senhor;
portanto, não vos entristeçais,
porque a alegria do Senhor é a vossa fortaleza».
o sacerdote Esdras trouxe o Livro da Lei
perante a assembleia de homens e mulheres
e todos os que eram capazes de compreender.
Era o primeiro dia do sétimo mês.
Desde a aurora até ao meio dia,
fez a leitura do Livro,
no largo situado diante da Porta das Águas,
diante dos homens e mulheres
e todos os que eram capazes de compreender.
Todo o povo ouvia atentamente a leitura do Livro da Lei.
O escriba Esdras estava de pé
num estrado de madeira feito de propósito.
Estando assim em plano superior a todo o povo,
Esdras abriu o Livro à vista de todos;
e quando o abriu, todos se levantaram.
Então Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus,
e todos responderam, erguendo as mãos:
«Amen! Amen!».
E prostrando-se de rosto por terra, adoraram o Senhor.
Os levitas liam, clara e distintamente, o Livro da Lei de Deus
e explicavam o seu sentido,
de maneira que se pudesse compreender a leitura.
Então o governador Neemias,
o sacerdote e escriba Esdras,
bem como os levitas, que ensinavam o povo,
disseram a todo o povo:
«Hoje é um dia consagrado ao Senhor vosso Deus.
Não vos entristeçais nem choreis».
– Porque todo o povo chorava, ao escutar as palavras da Lei –.
Depois Neemias acrescentou:
«Ide para vossas casas,
comei uma boa refeição, tomai bebidas doces
e reparti com aqueles que não têm nada preparado.
Hoje é um dia consagrado a nosso Senhor;
portanto, não vos entristeçais,
porque a alegria do Senhor é a vossa fortaleza».
AMBIENTE
O Livro de Neemias (com o de Esdras com o
qual, inicialmente, formava uma unidade) pertence ao período que se segue ao
regresso dos exilados judeus da Babilónia.
Estamos nos séculos V/IV a.C.; para os habitantes de Jerusalém, é ainda um tempo de miséria e desolação, com a cidade sem muralhas e sem portas, uma sombra negra da cidade bela que tinha sido. Neemias, um alto funcionário do rei Artaxerxes, entristecido pelas notícias recebidas de Jerusalém, obtém do rei autorização para se instalar na capital judia. Neemias vai começar a sua actividade com a reconstrução da muralha (cf. Ne 3-4) e com o combate às injustiças cometidas pelos ricos contra os pobres (cf. Ne 5). Depois, procura restaurar o culto (cf. Ne 8-9).
É neste contexto de preocupação com a restauração do culto que podemos situar o trecho que nos é proposto: Neemias reúne todo o Povo “na praça que fica diante da Porta das Águas”, a fim de escutar a leitura da Lei. Trata-se de recordar ao Povo o compromisso fundamental que Israel assumiu com o seu Deus: só assim será possível preparar esse futuro novo que Neemias sonha para Jerusalém e para o Povo de Deus.
Estamos nos séculos V/IV a.C.; para os habitantes de Jerusalém, é ainda um tempo de miséria e desolação, com a cidade sem muralhas e sem portas, uma sombra negra da cidade bela que tinha sido. Neemias, um alto funcionário do rei Artaxerxes, entristecido pelas notícias recebidas de Jerusalém, obtém do rei autorização para se instalar na capital judia. Neemias vai começar a sua actividade com a reconstrução da muralha (cf. Ne 3-4) e com o combate às injustiças cometidas pelos ricos contra os pobres (cf. Ne 5). Depois, procura restaurar o culto (cf. Ne 8-9).
É neste contexto de preocupação com a restauração do culto que podemos situar o trecho que nos é proposto: Neemias reúne todo o Povo “na praça que fica diante da Porta das Águas”, a fim de escutar a leitura da Lei. Trata-se de recordar ao Povo o compromisso fundamental que Israel assumiu com o seu Deus: só assim será possível preparar esse futuro novo que Neemias sonha para Jerusalém e para o Povo de Deus.
MENSAGEM
A questão fundamental sugerida pelo texto tem
a ver com a importância que a Palavra de Deus deve assumir na vida de uma
comunidade. Todos os pormenores apontam nesse sentido.
Em primeiro lugar, o autor do texto sublinha a convocação de toda a comunidade para escutar a Palavra: os homens, as mulheres e as crianças em idade “de compreender”. A Palavra de Deus dirige-se a todos sem excepção, a todos interpela e questiona.
Em segundo lugar, atente-se na questão dos preparativos: há um estrado de madeira feito de propósito que coloca o leitor em plano superior; depois, o Livro da Lei é aberto de forma solene e todos se levantam, em atitude de respeito e veneração pela Palavra… É o exemplo de uma comunidade onde a Palavra de Deus está no centro e onde tudo se conjuga em função do lugar especial que a Palavra ocupa na vida da comunidade.
Em terceiro lugar, temos a descrição do rito: a Palavra é aclamada pela assembleia; depois, os levitas lêem clara e distintamente; finalmente, explicam ao povo a Palavra, de modo acessível, “de maneira que se pudesse compreender a leitura”. Temos aqui um autêntico manual de como deve processar-se uma verdadeira “celebração da Palavra”.
Em quarto lugar, temos a resposta do Povo: confrontados com a Palavra, choram. A atitude do Povo revela, certamente, uma comunidade que se deixa interpelar pela Palavra, que confronta a sua vida com a Palavra proclamada e que sente, na sequência, a urgência da conversão. A Palavra é eficaz e provoca a transformação da vida.
Finalmente, tudo termina numa grande festa: o dia “consagrado ao Senhor” é um dia de alegria e de festa para a comunidade que se alimentou da Palavra.
Em primeiro lugar, o autor do texto sublinha a convocação de toda a comunidade para escutar a Palavra: os homens, as mulheres e as crianças em idade “de compreender”. A Palavra de Deus dirige-se a todos sem excepção, a todos interpela e questiona.
Em segundo lugar, atente-se na questão dos preparativos: há um estrado de madeira feito de propósito que coloca o leitor em plano superior; depois, o Livro da Lei é aberto de forma solene e todos se levantam, em atitude de respeito e veneração pela Palavra… É o exemplo de uma comunidade onde a Palavra de Deus está no centro e onde tudo se conjuga em função do lugar especial que a Palavra ocupa na vida da comunidade.
Em terceiro lugar, temos a descrição do rito: a Palavra é aclamada pela assembleia; depois, os levitas lêem clara e distintamente; finalmente, explicam ao povo a Palavra, de modo acessível, “de maneira que se pudesse compreender a leitura”. Temos aqui um autêntico manual de como deve processar-se uma verdadeira “celebração da Palavra”.
Em quarto lugar, temos a resposta do Povo: confrontados com a Palavra, choram. A atitude do Povo revela, certamente, uma comunidade que se deixa interpelar pela Palavra, que confronta a sua vida com a Palavra proclamada e que sente, na sequência, a urgência da conversão. A Palavra é eficaz e provoca a transformação da vida.
Finalmente, tudo termina numa grande festa: o dia “consagrado ao Senhor” é um dia de alegria e de festa para a comunidade que se alimentou da Palavra.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão, as seguintes
questões:
• Que lugar ocupa a Palavra de Deus na vida de
cada um de nós e na vida das nossas comunidades? A Palavra é o centro à volta
do qual tudo se articula? Encontramos espaço para ler, para reflectir, para
partilhar a Palavra?
• Aqueles a quem é confiada a missão de
proclamar a Palavra: preparam convenientemente o ambiente? Proclamam a Palavra
clara e distintamente? Reflectem a Palavra e explicam-na de forma acessível, de
forma que ela toque a assembleia que escuta? Têm a preocupação de adaptá-la à
vida?
• Nas nossas assembleias comunitárias, a
Palavra é acolhida com veneração e respeito, ou aproveitamos o momento em que
ela é proclamada para acender velinhas ao santo da nossa devoção, para rezar o
terço ou para “controlar” quem está ao nosso lado?
• A Palavra interpela-nos, leva-nos à
conversão, à mudança de vida, ou a Palavra é só para os outros (“grande recado
que o padre está a mandar à dona…”)?
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 18 B (19)
Refrão: As vossas palavras, Senhor,
são espírito e vida.
são espírito e vida.
A lei do Senhor &eac
ute; perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.
ute; perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.
Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.
Aceitai as palavras da minha boca
e os pensamentos do meu coração
estejam na vossa presença:
Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor.
e os pensamentos do meu coração
estejam na vossa presença:
Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor.
LEITURA II – 1 Cor 12,12-30
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São
Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Assim como o corpo é um só e tem muitos membros,
e todos os membros do corpo, apesar de numerosos,
constituem um só corpo,
assim sucede também em Cristo.
Na verdade, todos nós
– judeus e gregos, escravos e homens livres –
fomos baptizados num só Espírito
para constituirmos um só corpo
e a todos nos foi dado a beber um só Espírito.
De facto, o corpo não é constituído por um só membro,
mas por muitos.
Se o pé dissesse:
«Uma vez que não sou mão, não pertenço ao corpo»,
nem por isso deixaria de fazer parte do corpo.
E se a orelha dissesse:
«Uma vez que não sou olho, não pertenço ao corpo»,
nem por isso deixaria de fazer parte do corpo.
Se o corpo inteiro fosse olho, onde estaria o ouvido?
Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfacto?
Mas Deus dispôs no corpo cada um dos membros,
segundo a sua vontade.
Se todo ele fosse um só membro, que seria do corpo?
Há, portanto, muitos membros, mas um só corpo.
O olho não pode dizer à mão: «Não preciso de ti»;
nem a cabeça dizer aos pés: «Não preciso de vós».
Pelo contrário, os membros do corpo que parecem fracos
são os mais necessários;
os que nos parecem menos honrosos
cuidamo-los com maior consideração;
e os nossos membros menos decorosos
são tratados com maior decência:
os que são mais decorosos não precisam de tais cuidados.
Deus organizou o corpo,
dispensando maior consideração ao que dela precisa,
para que não haja divisão no corpo
e os membros tenham a mesma solicitude uns com os outros.
Deste modo, se um membro sofre,
todos os membros sofrem com ele;
se um membro é honrado,
todos os membros se alegram com ele.
Vós sois corpo de Cristo e seus membros,
cada um por sua parte.
Assim, Deus estabeleceu na Igreja
em primeiro lugar apóstolos,
em segundo lugar profetas, em terceiro doutores.
Vêm a seguir os dons dos milagres, das curas, da assistência,
de governar, de falar diversas línguas.
Serão todos apóstolos? Todos profetas? Todos doutores?
Todos farão milagres? Todos terão o poder de curar?
Todos falarão línguas? Todos terão o dom de as interpretar?
Assim como o corpo é um só e tem muitos membros,
e todos os membros do corpo, apesar de numerosos,
constituem um só corpo,
assim sucede também em Cristo.
Na verdade, todos nós
– judeus e gregos, escravos e homens livres –
fomos baptizados num só Espírito
para constituirmos um só corpo
e a todos nos foi dado a beber um só Espírito.
De facto, o corpo não é constituído por um só membro,
mas por muitos.
Se o pé dissesse:
«Uma vez que não sou mão, não pertenço ao corpo»,
nem por isso deixaria de fazer parte do corpo.
E se a orelha dissesse:
«Uma vez que não sou olho, não pertenço ao corpo»,
nem por isso deixaria de fazer parte do corpo.
Se o corpo inteiro fosse olho, onde estaria o ouvido?
Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfacto?
Mas Deus dispôs no corpo cada um dos membros,
segundo a sua vontade.
Se todo ele fosse um só membro, que seria do corpo?
Há, portanto, muitos membros, mas um só corpo.
O olho não pode dizer à mão: «Não preciso de ti»;
nem a cabeça dizer aos pés: «Não preciso de vós».
Pelo contrário, os membros do corpo que parecem fracos
são os mais necessários;
os que nos parecem menos honrosos
cuidamo-los com maior consideração;
e os nossos membros menos decorosos
são tratados com maior decência:
os que são mais decorosos não precisam de tais cuidados.
Deus organizou o corpo,
dispensando maior consideração ao que dela precisa,
para que não haja divisão no corpo
e os membros tenham a mesma solicitude uns com os outros.
Deste modo, se um membro sofre,
todos os membros sofrem com ele;
se um membro é honrado,
todos os membros se alegram com ele.
Vós sois corpo de Cristo e seus membros,
cada um por sua parte.
Assim, Deus estabeleceu na Igreja
em primeiro lugar apóstolos,
em segundo lugar profetas, em terceiro doutores.
Vêm a seguir os dons dos milagres, das curas, da assistência,
de governar, de falar diversas línguas.
Serão todos apóstolos? Todos profetas? Todos doutores?
Todos farão milagres? Todos terão o poder de curar?
Todos falarão línguas? Todos terão o dom de as interpretar?
AMBIENTE
A segunda leitura vem na sequência da que
lemos no domingo passado. Paulo está preocupado porque, na Igreja de Corinto,
os “carismas” (dons de Deus para benefício de toda a comunidade), utilizados em
benefício próprio, geravam individualismo, divisão, luta pelo poder, desprezo
pelos que aparentemente não possuíam dons especiais. É uma situação
intolerável: aquilo que devia beneficiar todos é usurpado por alguns e está a
pôr em causa a unidade e a comunhão desta Igreja.
MENSAGEM
Para tornar mais clara a mensagem, Paulo
utiliza uma comparação muito conhecida no mundo greco-romano (onde é usada para
falar dos deveres comunitários): a fábula do corpo e dos seus membros.
Paulo compara a comunidade cristã a um corpo. Esse corpo é constituído por uma pluralidade diversificada de membros, cada um com a sua tarefa, isto é, com o seu “carisma” peculiar. Não basta que os membros sejam vários: é preciso que sejam variados, que sejam distintos: é a riqueza da variedade que permite a sobrevivência de todo o conjunto. Além disso, são membros que necessitam uns dos outros e que se preocupam uns com os outros. A unidade fundamental deve, pois, ir de mãos dadas com o pluralismo carismático e com a preocupação pelo bem comum.
No entanto, o mais interessante e mais original (a fábula em si não é original) é a identificação deste corpo com Cristo: a comunidade cristã é o corpo de Cristo (vós sois corpo de Cristo e seus membros” – vers. 27). É também esta identificação com Cristo a parte mais questionadora da parábola… Neste corpo tem de manifestar-se o Cristo total. Ora, pode Cristo estar dividido? Pode o corpo de Cristo identificar-se com conflitos e rivalidades? É possível que o corpo de Cristo dê ao mundo um testemunho de egoísmo, de individualismo, de orgulho, de auto-suficiência, de desprezo pelos pobres e débeis?
O corpo de Cristo (a Igreja) é, pois, uma comunidade de irmãos, que de Cristo recebem e partilham a vida que os une; sendo uma pluralidade de membros, com diversas funções, respeitam-se, apoiam-se, são solidários uns com os outros e amam-se. Palavras-chave para definir a teia de relações que liga este corpo de Cristo são “solidariedade”, “participação”, “co-responsabilidade”.
Na parte final do texto, Paulo apresenta uma espécie de hierarquia dos “carismas”. Obviamente, os “carismas” apresentados em primeiro lugar são os que dizem respeito à Palavra, ao anúncio da Boa Nova (“apóstolos”, “profetas”, “doutores”). Isso significa que o corpo de Cristo é, verdadeiramente, a comunidade que nasce da Palavra e que se alimenta da Palavra: tudo o resto passa para segundo plano, diante da Palavra criadora e vivificadora que Deus dirige à comunidade.
No entanto, também aqui não podemos esquecer o que Paulo disse atrás: todos os membros do corpo desempenham funções importantes para o equilíbrio e harmonia do conjunto e para a consecução do bem comum.
Paulo compara a comunidade cristã a um corpo. Esse corpo é constituído por uma pluralidade diversificada de membros, cada um com a sua tarefa, isto é, com o seu “carisma” peculiar. Não basta que os membros sejam vários: é preciso que sejam variados, que sejam distintos: é a riqueza da variedade que permite a sobrevivência de todo o conjunto. Além disso, são membros que necessitam uns dos outros e que se preocupam uns com os outros. A unidade fundamental deve, pois, ir de mãos dadas com o pluralismo carismático e com a preocupação pelo bem comum.
No entanto, o mais interessante e mais original (a fábula em si não é original) é a identificação deste corpo com Cristo: a comunidade cristã é o corpo de Cristo (vós sois corpo de Cristo e seus membros” – vers. 27). É também esta identificação com Cristo a parte mais questionadora da parábola… Neste corpo tem de manifestar-se o Cristo total. Ora, pode Cristo estar dividido? Pode o corpo de Cristo identificar-se com conflitos e rivalidades? É possível que o corpo de Cristo dê ao mundo um testemunho de egoísmo, de individualismo, de orgulho, de auto-suficiência, de desprezo pelos pobres e débeis?
O corpo de Cristo (a Igreja) é, pois, uma comunidade de irmãos, que de Cristo recebem e partilham a vida que os une; sendo uma pluralidade de membros, com diversas funções, respeitam-se, apoiam-se, são solidários uns com os outros e amam-se. Palavras-chave para definir a teia de relações que liga este corpo de Cristo são “solidariedade”, “participação”, “co-responsabilidade”.
Na parte final do texto, Paulo apresenta uma espécie de hierarquia dos “carismas”. Obviamente, os “carismas” apresentados em primeiro lugar são os que dizem respeito à Palavra, ao anúncio da Boa Nova (“apóstolos”, “profetas”, “doutores”). Isso significa que o corpo de Cristo é, verdadeiramente, a comunidade que nasce da Palavra e que se alimenta da Palavra: tudo o resto passa para segundo plano, diante da Palavra criadora e vivificadora que Deus dirige à comunidade.
No entanto, também aqui não podemos esquecer o que Paulo disse atrás: todos os membros do corpo desempenham funções importantes para o equilíbrio e harmonia do conjunto e para a consecução do bem comum.
ACTUALIZAÇÃO
Para a reflexão e a partilha, considerar os
seguintes elementos:
• A Igreja é o corpo de Cristo onde se
manifesta, na diversidade de membros e de funções, a unidade, a partilha, a
solidariedade, o amor, que são inerentes à proposta salvadora que Cristo nos
apresentou. A nossa comunidade cristã é, para nós, uma família de irmãos, que
vivem em comunhão, que se respeitam e que se amam, ou é o campo onde se
enfrentam as invejas e os interesses egoístas e mesquinhos?
• Usamos os “carismas” que Deus nos confia
para o serviço dos irmãos e para o crescimento do corpo, ou para a nossa
promoção pessoal e social?
• Nesse corpo, os vários membros vivem em
inter-dependência. É efectiva a n
ossa solidariedade com os membros da comunidade? Os dramas e os sofrimentos, as alegrias e as esperanças dos nossos irmãos são sentidos por todos os membros desse corpo?
ossa solidariedade com os membros da comunidade? Os dramas e os sofrimentos, as alegrias e as esperanças dos nossos irmãos são sentidos por todos os membros desse corpo?
• Sentimo-nos co-responsáveis na construção
dessa comunidade da qual somos membros e desempenhamos, com sentido de
responsabilidade, o nosso papel, ou remetemo-nos a uma situação de passividade
e de comodismo, esperando que sejam os outros a fazer tudo?
ALELUIA – Lc 4,18
Aleluia. Aleluia.
O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos
pobres,
a proclamar aos cativos a redenção.
a proclamar aos cativos a redenção.
EVANGELHO – Lc 1,1-4;4,14-21
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo
São Lucas
Já que muitos empreenderam narrar os factos
que se realizaram entre nós,
como no-los transmitiram os que, desde o início,
foram testemunhas oculares e ministros da palavra,
também eu resolvi,
depois de ter investigado cuidadosamente tudo desde as origens,
escrevê-las para ti, ilustre Teófilo,
para que tenhas conhecimento seguro do que te foi ensinado.
Naquele tempo,
Jesus voltou da Galileia, com a força do Espírito,
e a sua fama propagou-se por toda a região.
Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos.
Foi então a Nazaré, onde Se tinha criado.
Segundo o seu costume,
entrou na sinagoga a um sábado
e levantou-Se para fazer a leitura.
Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías
e, ao abrir o livro,
encontrou a passagem em que estava escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque Ele me ungiu
para anunciar a boa nova aos pobres.
Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos
e a vista aos cegos,
a restituir a liberdade aos oprimidos
e a proclamar o ano da graça do Senhor».
Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se.
Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga.
Começou então a dizer-lhes:
«Cumpriu-se hoje mesmo
esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».
que se realizaram entre nós,
como no-los transmitiram os que, desde o início,
foram testemunhas oculares e ministros da palavra,
também eu resolvi,
depois de ter investigado cuidadosamente tudo desde as origens,
escrevê-las para ti, ilustre Teófilo,
para que tenhas conhecimento seguro do que te foi ensinado.
Naquele tempo,
Jesus voltou da Galileia, com a força do Espírito,
e a sua fama propagou-se por toda a região.
Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos.
Foi então a Nazaré, onde Se tinha criado.
Segundo o seu costume,
entrou na sinagoga a um sábado
e levantou-Se para fazer a leitura.
Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías
e, ao abrir o livro,
encontrou a passagem em que estava escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque Ele me ungiu
para anunciar a boa nova aos pobres.
Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos
e a vista aos cegos,
a restituir a liberdade aos oprimidos
e a proclamar o ano da graça do Senhor».
Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se.
Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga.
Começou então a dizer-lhes:
«Cumpriu-se hoje mesmo
esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».
AMBIENTE
O Evangelho de hoje é constituído por dois
textos diferentes.
No primeiro (1,1-4), temos um prólogo literário onde Lucas, imitando o estilo dos escritores helénicos da altura, apresenta o seu trabalho: trata-se de uma investigação cuidada dos “factos que se realizaram entre nós”, a fim de que os crentes de língua grega (a quem o Evangelho de Lucas se dirige) verifiquem “a solidez da doutrina em que foram instruídos”. Estamos na década de 80 quando, desaparecidas já as “testemunhas oculares” de Cristo, o cristianismo começa a defrontar-se com uma série de heresias e de desvios doutrinais, que põem em causa a identidade cristã. Era, pois, necessário, recordar aos crentes as suas raízes e a solidez dessa doutrina recebida de Jesus, através do testemunho legítimo que é a tradição transmitida pelos apóstolos.
Na segunda parte (4,14-21), apresenta-se o início da pregação de Jesus, que Lucas coloca em Nazaré. O cenário de fundo é o do culto sinagogal, no sábado. O serviço litúrgico celebrado na sinagoga consistia em orações e leituras da Lei e dos Profetas, com o respectivo comentário. Os leitores eram membros instruídos da comunidade ou, como no caso de Jesus, visitantes conhecidos pelo seu saber na explicação da Palavra de Deus. O centro do relato está na proclamação de um texto do Trito-Isaías (cf. Is 61,1-2) que descreve como é que o Messias concretizará a sua missão.
No primeiro (1,1-4), temos um prólogo literário onde Lucas, imitando o estilo dos escritores helénicos da altura, apresenta o seu trabalho: trata-se de uma investigação cuidada dos “factos que se realizaram entre nós”, a fim de que os crentes de língua grega (a quem o Evangelho de Lucas se dirige) verifiquem “a solidez da doutrina em que foram instruídos”. Estamos na década de 80 quando, desaparecidas já as “testemunhas oculares” de Cristo, o cristianismo começa a defrontar-se com uma série de heresias e de desvios doutrinais, que põem em causa a identidade cristã. Era, pois, necessário, recordar aos crentes as suas raízes e a solidez dessa doutrina recebida de Jesus, através do testemunho legítimo que é a tradição transmitida pelos apóstolos.
Na segunda parte (4,14-21), apresenta-se o início da pregação de Jesus, que Lucas coloca em Nazaré. O cenário de fundo é o do culto sinagogal, no sábado. O serviço litúrgico celebrado na sinagoga consistia em orações e leituras da Lei e dos Profetas, com o respectivo comentário. Os leitores eram membros instruídos da comunidade ou, como no caso de Jesus, visitantes conhecidos pelo seu saber na explicação da Palavra de Deus. O centro do relato está na proclamação de um texto do Trito-Isaías (cf. Is 61,1-2) que descreve como é que o Messias concretizará a sua missão.
MENSAGEM
A finalidade da obra de Lucas é, como
dissemos, recordar aos crentes das comunidades de língua grega as suas raízes e
a sua referência a Jesus. Neste texto em concreto, Lucas vai apresentar o
programa que Jesus Se propõe realizar no meio dos homens, como uma proposta de
libertação dirigida a todos os oprimidos.
O ponto de partida é a leitura do texto de Is 61,1-2. Esse texto apresenta o profeta anónimo que, em Jerusalém, consola os exilados, como um “ungido de Deus”, que possui o Espírito de Deus; a sua missão consiste em gritar a “boa notícia” de que a libertação chegou ao coração e à vida de todos os prisioneiros do sofrimento, da opressão, da injustiça, do desânimo, do medo. O que é mais significativo, no entanto, é a “actualização” que Jesus faz desta profecia: Ele apresenta-Se como o “profeta” que Deus ungiu com o seu Espírito, a fim de concretizar essa missão libertadora.
O projecto libertador de Deus em favor dos homens prisioneiros do egoísmo, da injustiça e do pecado começa, portanto, a cumprir-se na acção de Jesus (“cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir” – vers. 21). Na sequência, Lucas vai descrever a actividade de Jesus na Galileia como o anúncio (em palavras e em gestos) de uma “boa notícia” dirigida preferencialmente aos pobres e marginalizados (aos leprosos, aos doentes, aos publicanos, às mulheres), anunciando-lhes que chegou o fim de todas as escravidões e o tempo novo da vida e da liberdade para todos.
Lucas anuncia também, neste texto programático, o caminho futuro da Igreja e as condições da sua fidelidade a Cristo. A comunidade crente toma consciência, através deste texto, de que a sua missão é a mesma de Cristo e consiste em levar a “boa notícia” da libertação aos mais pobres, débeis e marginalizados do mundo. Ungida pelo Espírito para levar a cabo esta missão, a Igreja cumpre o seguimento de Jesus.
O ponto de partida é a leitura do texto de Is 61,1-2. Esse texto apresenta o profeta anónimo que, em Jerusalém, consola os exilados, como um “ungido de Deus”, que possui o Espírito de Deus; a sua missão consiste em gritar a “boa notícia” de que a libertação chegou ao coração e à vida de todos os prisioneiros do sofrimento, da opressão, da injustiça, do desânimo, do medo. O que é mais significativo, no entanto, é a “actualização” que Jesus faz desta profecia: Ele apresenta-Se como o “profeta” que Deus ungiu com o seu Espírito, a fim de concretizar essa missão libertadora.
O projecto libertador de Deus em favor dos homens prisioneiros do egoísmo, da injustiça e do pecado começa, portanto, a cumprir-se na acção de Jesus (“cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir” – vers. 21). Na sequência, Lucas vai descrever a actividade de Jesus na Galileia como o anúncio (em palavras e em gestos) de uma “boa notícia” dirigida preferencialmente aos pobres e marginalizados (aos leprosos, aos doentes, aos publicanos, às mulheres), anunciando-lhes que chegou o fim de todas as escravidões e o tempo novo da vida e da liberdade para todos.
Lucas anuncia também, neste texto programático, o caminho futuro da Igreja e as condições da sua fidelidade a Cristo. A comunidade crente toma consciência, através deste texto, de que a sua missão é a mesma de Cristo e consiste em levar a “boa notícia” da libertação aos mais pobres, débeis e marginalizados do mundo. Ungida pelo Espírito para levar a cabo esta missão, a Igreja cumpre o seguimento de Jesus.
ACTUALIZAÇÃO
Na reflexão, podem considerar-se os seguintes
elementos:
• No Evangelho de Lucas e neste texto em
particular, Jesus manifesta de forma bem nítida a consciência de que foi
investido do Espírito de Deus e enviado para pôr cobro a tudo o que rouba a
vida e a dignidade do homem. A nossa civilização, há vinte e um séculos que
conhece Cristo e a essência da sua proposta. No entanto, o nosso mundo continua
a multiplicar e a refinar as cadeias opressoras. Porque é que a proposta
libertadora de Jesus ainda não chegou a todos? Que situações hoje, à minha
volta, me parecem mais dramáticas e exigem uma acção imediata (pensar na
situação de tantos imigrantes de leste ou das ex-colónias; pensar na situação
de tantos idosos, sem amor e sem cuidados, que sobrevivem com pensões de
miséria; pensar nas crianças de rua e nos sem abrigo que dormem nos recantos
das nossas cidades; pensar na situação de tantas famílias, destruídas pela
droga e pelo álcool…)?
• A fidelidade ao “caminho” percorrido por
Cristo é a exigência fundamental do ser cristão. Ao longo dos séculos, tem sido
a defesa da dignidade do homem a preocupação fundamental da Igreja de Jesus?
Preocupa-nos a libertação dos nossos irmãos escravizados? Que posso eu fazer,
em concreto, para continuar no meio deles a missão libertadora de Cristo?
• Repare-se
, neste texto, como Jesus “actualiza” a Palavra de Deus proclamada e a torna um anúncio de libertação que toca de muito perto a vida dos homens. Os que proclamam a Palavra, que a explicam nas homilias, têm esta preocupação de a tornar uma realidade “tocante” e um anúncio verdadeiramente transformador e libertador, que atinge a vida daqueles que os escutam?
, neste texto, como Jesus “actualiza” a Palavra de Deus proclamada e a torna um anúncio de libertação que toca de muito perto a vida dos homens. Os que proclamam a Palavra, que a explicam nas homilias, têm esta preocupação de a tornar uma realidade “tocante” e um anúncio verdadeiramente transformador e libertador, que atinge a vida daqueles que os escutam?
ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 3º DOMINGO
DO TEMPO COMUM
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 3º Domingo do Tempo Comum, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 3º Domingo do Tempo Comum, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
2. VALORIZAR O LUGAR DA PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA.
Neste domingo da proclamação da Palavra, procurar particularmente que o lugar da Palavra tenha mais visibilidade. É o lugar da primeira mesa em que Deus Se dá ao seu povo. Realçar a elevação do Evangeliário no fim da proclamação do Evangelho, estando a assembleia “com os olhos fixos em Jesus”. Esta elevação está ligada à elevação do Corpo e Sangue de Cristo durante a doxologia que conclui a oração eucarística.
Neste domingo da proclamação da Palavra, procurar particularmente que o lugar da Palavra tenha mais visibilidade. É o lugar da primeira mesa em que Deus Se dá ao seu povo. Realçar a elevação do Evangeliário no fim da proclamação do Evangelho, estando a assembleia “com os olhos fixos em Jesus”. Esta elevação está ligada à elevação do Corpo e Sangue de Cristo durante a doxologia que conclui a oração eucarística.
3. ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
“Deus Pai, que velas sobre o teu povo há muitas gerações, com o escriba Esdras e toda a sua comunidade nós também confessamos: a alegria do Senhor é a nossa protecção. Bendito sejas Tu para sempre.
Nós Te recomendamos todos os nossos irmãos e irmãs na fé que trabalham para fazer conhecer, compreender e amar a Palavra nas Santas Escrituras”.
“Deus Pai, que velas sobre o teu povo há muitas gerações, com o escriba Esdras e toda a sua comunidade nós também confessamos: a alegria do Senhor é a nossa protecção. Bendito sejas Tu para sempre.
Nós Te recomendamos todos os nossos irmãos e irmãs na fé que trabalham para fazer conhecer, compreender e amar a Palavra nas Santas Escrituras”.
No final da segunda leitura:
“Pai, nós Te damos graças pelo corpo de Cristo, ao qual nos incorporaste pelo baptismo e confirmação, para que sejamos membros vivos desse corpo.
Nós Te pedimos pelos apóstolos, os profetas, os catequistas e todos os que têm missões na Igreja. Guarda-nos a todos na unidade”.
“Pai, nós Te damos graças pelo corpo de Cristo, ao qual nos incorporaste pelo baptismo e confirmação, para que sejamos membros vivos desse corpo.
Nós Te pedimos pelos apóstolos, os profetas, os catequistas e todos os que têm missões na Igreja. Guarda-nos a todos na unidade”.
No final do Evangelho:
“Cristo Jesus, nosso mestre e nosso irmão, bendito sejas Tu, porque realizaste as palavras dos profetas. Reconhecemos em Ti a presença do Espírito em toda a sua plenitude. Tu és para nós o libertador, a luz e o benfeitor soberano.
Nós Te pedimos pela tua Igreja: que ela traga a Boa Nova, que ela anuncie a libertação do mal e revele a luz do mundo”.
“Cristo Jesus, nosso mestre e nosso irmão, bendito sejas Tu, porque realizaste as palavras dos profetas. Reconhecemos em Ti a presença do Espírito em toda a sua plenitude. Tu és para nós o libertador, a luz e o benfeitor soberano.
Nós Te pedimos pela tua Igreja: que ela traga a Boa Nova, que ela anuncie a libertação do mal e revele a luz do mundo”.
4. BILHETE DE EVANGELHO.
Lucas não pode guardar para si o que os “testemunhas oculares e ministros da Palavra” lhe transmitiram. Então, decide escrever ao seu amigo Teófilo “para que ele tenha conhecimento seguro do que lhe foi ensinado». Depois de Teófilo e da sua comunidade cristã, somos convidados por Lucas e pelos outros três evangelistas a crer na Palavra, esta Palavra que muitos assinaram com o seu sangue. Não é o que, aliás, pede Jesus aos seus compatriotas de Nazaré: acreditar na Palavra? Na sua homilia, Jesus afirma que se realiza hoje a palavra de ontem do profeta Isaías. Ele anuncia a Boa Nova aos pobres e realiza a salvação. Então compreendemos porque é que os habitantes de Nazaré tinham os olhos fixos n’Ele, viam que Ele falava como homem que tem autoridade. Não somente as suas palavras eram “boa nova”, mas Ele próprio era a Boa Nova há tanto esperada. Desde Lucas, desde Teófilo, quantos mensageiros da Boa Nova ninguém conseguiu calar porque, se a mensagem de Cristo é precisamente uma boa nova, é feita para ser anunciada!
Lucas não pode guardar para si o que os “testemunhas oculares e ministros da Palavra” lhe transmitiram. Então, decide escrever ao seu amigo Teófilo “para que ele tenha conhecimento seguro do que lhe foi ensinado». Depois de Teófilo e da sua comunidade cristã, somos convidados por Lucas e pelos outros três evangelistas a crer na Palavra, esta Palavra que muitos assinaram com o seu sangue. Não é o que, aliás, pede Jesus aos seus compatriotas de Nazaré: acreditar na Palavra? Na sua homilia, Jesus afirma que se realiza hoje a palavra de ontem do profeta Isaías. Ele anuncia a Boa Nova aos pobres e realiza a salvação. Então compreendemos porque é que os habitantes de Nazaré tinham os olhos fixos n’Ele, viam que Ele falava como homem que tem autoridade. Não somente as suas palavras eram “boa nova”, mas Ele próprio era a Boa Nova há tanto esperada. Desde Lucas, desde Teófilo, quantos mensageiros da Boa Nova ninguém conseguiu calar porque, se a mensagem de Cristo é precisamente uma boa nova, é feita para ser anunciada!
5. À ESCUTA DA PALAVRA.
No tempo de Jesus, há umas centenas de anos que os judeus liam o livro do profeta Isaías, do qual Jesus cita uma passagem: “O Espírito do Senhor está sobre mim… Enviou-me a levar a Boa Nova aos pobres…” Mas em cada ano era sempre a mesma coisa: nada mudava! E eis que Jesus anuncia repentinamente que essa palavra se cumpre hoje, n’Ele. Como poderia ser? Não era Ele o filho do carpinteiro? Com Jesus, a Boa Nova anunciada por João Baptista já não é simplesmente uma promessa. É uma força e uma luz que mudam a vida agora. Mas, para nós que lemos esta Palavra há tanto tempo, parece que é sempre a mesma coisa: nada muda! A religião não se tornou o “ópio do povo” para adormecer os pobres? Seria o caso se Jesus não tivesse ressuscitado, sempre vivo, literalmente nosso contemporâneo. Fala-nos sempre no presente para nos dizer que, hoje, o Espírito do Senhor nos é dado para que a nossa maneira de agir mude concretamente, para que ela tome uma cor mais evangélica. É por nós que Jesus age para cumprir a promessa divina. Dá-nos o seu Espírito para que o nosso coração se liberte dos seus egoísmos, para que os outros não se sintam mal no nosso coração, para que levemos aos pobres o apoio da nossa ajuda e da nossa partilha, aos cegos a luz da nossa amizade, para que hoje seja um dia de felicidade para aqueles e aquelas que encontrarmos. É a nossa missão de cristãos: que a Boa Nova tome corpo na nossa vida, para que a Palavra de Deus seja viva hoje!
No tempo de Jesus, há umas centenas de anos que os judeus liam o livro do profeta Isaías, do qual Jesus cita uma passagem: “O Espírito do Senhor está sobre mim… Enviou-me a levar a Boa Nova aos pobres…” Mas em cada ano era sempre a mesma coisa: nada mudava! E eis que Jesus anuncia repentinamente que essa palavra se cumpre hoje, n’Ele. Como poderia ser? Não era Ele o filho do carpinteiro? Com Jesus, a Boa Nova anunciada por João Baptista já não é simplesmente uma promessa. É uma força e uma luz que mudam a vida agora. Mas, para nós que lemos esta Palavra há tanto tempo, parece que é sempre a mesma coisa: nada muda! A religião não se tornou o “ópio do povo” para adormecer os pobres? Seria o caso se Jesus não tivesse ressuscitado, sempre vivo, literalmente nosso contemporâneo. Fala-nos sempre no presente para nos dizer que, hoje, o Espírito do Senhor nos é dado para que a nossa maneira de agir mude concretamente, para que ela tome uma cor mais evangélica. É por nós que Jesus age para cumprir a promessa divina. Dá-nos o seu Espírito para que o nosso coração se liberte dos seus egoísmos, para que os outros não se sintam mal no nosso coração, para que levemos aos pobres o apoio da nossa ajuda e da nossa partilha, aos cegos a luz da nossa amizade, para que hoje seja um dia de felicidade para aqueles e aquelas que encontrarmos. É a nossa missão de cristãos: que a Boa Nova tome corpo na nossa vida, para que a Palavra de Deus seja viva hoje!
6. ORAÇÃO EUCARÍSTICA.
A Oração Eucarística III, nas suas epicleses, situa-se no tom das leituras. Pode-se escolher também a Oração Eucarística I para a Reconciliação, pois estamos a celebrar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
A Oração Eucarística III, nas suas epicleses, situa-se no tom das leituras. Pode-se escolher também a Oração Eucarística I para a Reconciliação, pois estamos a celebrar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
7. PALAVRA PARA O CAMINHO…
• No final da celebração, “comemos” verdadeiramente as palavras do salmista? Neste domingo da Palavra de Deus, antes de retomar o caminho para as nossas casas, escutemos ainda como o salmista canta Deus que fala ao seu povo: «A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são rectos e alegram o coração; os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos». A Palavra que recebemos é uma palavra que alegra e que ilumina. É uma canção, uma lâmpada. Que ela nos acompanhe em cada instante ao longo da semana…
• Descobrir o outro… nesta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Ao longo desta semana, reservar tempo para melhor conhecer o outro, aquele que é diferente de mim na fé: ler um artigo de imprensa, ouvir uma conferência, escutar um programa de rádio, participar num encontro organizado localmente; enfim, procurar fazer o esforço em descobrir a fé e o pensamento de um cristão de outra confissão.
• No final da celebração, “comemos” verdadeiramente as palavras do salmista? Neste domingo da Palavra de Deus, antes de retomar o caminho para as nossas casas, escutemos ainda como o salmista canta Deus que fala ao seu povo: «A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são rectos e alegram o coração; os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos». A Palavra que recebemos é uma palavra que alegra e que ilumina. É uma canção, uma lâmpada. Que ela nos acompanhe em cada instante ao longo da semana…
• Descobrir o outro… nesta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Ao longo desta semana, reservar tempo para melhor conhecer o outro, aquele que é diferente de mim na fé: ler um artigo de imprensa, ouvir uma conferência, escutar um programa de rádio, participar num encontro organizado localmente; enfim, procurar fazer o esforço em descobrir a fé e o pensamento de um cristão de outra confissão.
https://youtu.be/DS2usrG5Uvs
UNIDOS PELA PALAVRA DE DEUS
PROPOSTA PARA
ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 – 1800-129 LISBOA – Portugal
Tel. 218540900 – Fax: 218540909
portugal@dehonianos.org – www.dehonianos.org
PROPOSTA PARA
ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 – 1800-129 LISBOA – Portugal
Tel. 218540900 – Fax: 218540909
portugal@dehonianos.org – www.dehonianos.org
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