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Dezembro 2018
02ª semana do Advento - Terça-feira
Tempo do Advento Segunda Semana - Terça-feira
Tempo do Advento Segunda Semana - Terça-feira
Lectio
Primeira leitura: Isaías 40, 1-10
1 Consolai, consolai o meu povo, é o vosso
Deus quem o diz 2 Falai ao coração de Jerusalém e gritai-lhe: terminou a vossa
servidão, estão perdoados os vossos crimes, pois já recebeu da mão do Senhor o
dobro do castigo por todos os seus pecados. 3*Uma voz grita: «Preparai no deserto
o caminho do Senhor, aplanai na estepe uma estrada para o nosso Deus. 4 Todo o
vale seja levantado, e todas as colinas e montanhas sejam abaixadas, todos os
cumes sejam aplanados, e todos os terrenos escarpados sejam nivelados!» 5Então
a glória do Senhor manifestar-se-á, e toda a gente a há-de ver ao mesmo tempo.
É o Senhor quem o declara. 6 Diz uma voz: «Proclama!» Respondo: «Que hei-de
proclamar?» «Proclama que toda a gente é como a erva e toda a sua beleza como a
flor dos campos! 7A erva seca e a flor murcha, quando o sopro do Senhor passa
sobre elas. Verdadeiramente o povo é semelhante à erva. 8 A erva seca e a flor
murcha, mas a palavra do nosso Deus permanece eternamente.» 9 Sobe a um alto
monte, arauto de Sião. Grita com voz forte, arauto de Jerusalém; levanta a voz
sem receio, e diz às cidades de Judá: «Aí está o vosso Deus! 10 Olhai, o Senhor
Deus vem com a força do seu braço dominador; olhai, vem com o preço da sua
vitória, e com a recompensa antecipada. 11 É como um pastor que apascenta o rebanho,
reúne-o com o cajado na mão, leva os cordeiros ao colo, e faz repousar as
ovelhas que têm cries»
Os exilados em Babilónia experimentam um
profundo desânimo e tristeza A sua fé corre perigo: ter-se-é Deus esquecido do
seu povo, mantém-se a sua Palavra, tem Jerusalém uma esperança? Um profeta
anónimo, cujos oráculos são acrescentados ao livro de Isaías, procura animar os
exilados. Os oráculos desse profeta ocupam os capítulos 40-55 do livro de
Isaías. Começamos a lê-los hoje. E aparece-nos imediatamente a motivação desses
oráculos: «Consolai, consolai o meu povo», diz o Senhor (v. 1). A consolação
vem da Aliança restaurada e de uma nova relação com o Senhor. O regresso à
pátria é, para o Deutero-Isaías, um sinal dessa renovação e dessa nova relação.
Trata-se de um regresso triunfal, a que se junta a própria criação. O Senhor,
qual guerreiro triunfante e pastor cuidadoso, caminha com o seu povo.
O profeta tem a missão de preparar este
regresso do Senhor (v. 3). A alma do povo, tornada semelhante à estepe do
deserto, acidentada e seca por causa dos sofrimentos, desilusões e
infidelidades, poderá acolher a glória de Deus com um entusiasmo ainda maior
que o experimentado durante o Êxodo (v. 5). Se o homem é frágil, e as suas
promessas efémeras, a palavra do Senhor é estável e o seu compromisso com a
humanidade é eterno. É na estabilidade do Senhor que o povo desterrado em
Babilónia há-de confiar.
Evangelho: Mateus 18, 12-14
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos:12*Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se
tresmalhar, não deixará as noventa e nove no monte, para ir à procura da
tresmalhada? 13 E, se chegar a encontrá-Ia, em verdade vos digo: alegra-se mais
com ela do que com as noventa e nove que não se tresmalharam. 14 Assim também é
da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes
pequeninos.»
A parábola da ovelha perdida é uma exortação a
partilhar a alegria do perdão que Deus concede aos pecadores que se convertem,
e a tornar-nos também disponíveis para oferecer o perdão aos outros. Mateus
insere a mesma parábola no discurso eclesial, no contexto das orientações sobre
a vida da comunidade: tornar-se pequeno, estar disponível para acolher, cuidar
dos que vacilam na fé ... (cf. Mt 18).
Em coerência com esse contexto, Mateus não põe directamente Deus à procura da ovelha tresmalhada, mas a comunidade. É a solicitude pastoral da comunidade que torna visível o rosto de Deus que vai à procura do cristão perdido, do pecador.
Em coerência com esse contexto, Mateus não põe directamente Deus à procura da ovelha tresmalhada, mas a comunidade. É a solicitude pastoral da comunidade que torna visível o rosto de Deus que vai à procura do cristão perdido, do pecador.
Deixar as noventa e nove ovelhas, para
procurar uma perdida, é verdadeira loucura. É a loucura do Deus de Jesus, que
há-de tornar-se loucura da comunidade (v. 14). Esta, não deve guiar-se por
critérios de eficiência, mas pelo cuidado para com os pequenos, os
marginalizados, os perdidos. O resultado não está automaticamente garantido:
«se chegar a encontrá-ts» (v. 13) ... O importante é que a comunidade procure
aquele que anda perdido e faça por encontrá-Ia ...
Meditatio
São muitas as razões para andarmos tristes e
desanimados. Mas a palavra do Senhor consola-nos e reanima em nós a esperança.:
«Consolai, consolai o meu povo!... Aí está o vosso Deus!.. o Senhor Deus vem
com a força do seu braço dommedt», A Boa Notícia ecoa pela terra: Deus vem com
poder e com doçura semelhante à de um pastor que leva os cordeiros ao colo e
conduz devagar as ovelhas que têm crias.
Jesus aplica a si esta imagem bíblica tão
sugestiva. «Eu sou o Bom Pastor».
Esta expressão sugere a ternura com que olha
por nós, e a força com que intervém para vencer os inimigos da nossa liberdade
e da nossa dignidade, o cuidado com que nos guia pelos difíceis e atormentados
caminhos da vida.
Quantas vezes na vida, individualmente ou em
comunidade, experimentámos as consolações do nosso Deus, nos sentimos
conduzidos nos seus braços amorosos. Esta experiência deve incitar-nos a
procurar aqueles que andam perdidos, que andam afastados de Deus.
Como discípulos, e como comunidade, somos chamados a manifestar a todos o rosto do Pai misericordioso, indo à procura daqueles que, no caminho da vida, perderam a fé e a esperança. Somos consolados, chamados a ser consoladores, tornando-nos companheiros de viagem daqueles que têm o coração aflito e estão sobrecarregados pelo sofrimento ou pela culpa. Podemos fazê-lo com a consciência de que a consolação não vem de nós, mas vem da Palavra de Deus que permanece para sempre.
Como discípulos, e como comunidade, somos chamados a manifestar a todos o rosto do Pai misericordioso, indo à procura daqueles que, no caminho da vida, perderam a fé e a esperança. Somos consolados, chamados a ser consoladores, tornando-nos companheiros de viagem daqueles que têm o coração aflito e estão sobrecarregados pelo sofrimento ou pela culpa. Podemos fazê-lo com a consciência de que a consolação não vem de nós, mas vem da Palavra de Deus que permanece para sempre.
Cristo revela-nos o Seu amor nos modos mais
diferentes, como Verbo de Deus feito carne, como sacerdote misterioso, como
vítima pelos nossos pecados, como bom Pastor que dá a vida por nós suas
ovelhas. Somos chamados a corresponder a esse amor, deixando-nos encontrar,
deixando-nos tratar, deixando-nos conduzir à comunidade, à Igreja, tornando-nos
profetas e apóstolos do amor.
Foi essa a resposta do Pe. Dehon, que o levou
a unir-se e a unir toda a sua vida à oblação de Cristo, a viver o "amor
puro" e a lançar-se no seu intenso apostolado social. Foi assim que, de
modo muito concreto, realizou a sua vocação de oblato e reparador.
Quem salva o mundo não é o homem, mas Deus, em
Jesus Cristo. Mas também é preciso o nosso trabalho, as nossas obras. Mas tudo
isso vale para a salvação na medida em
que é cristificado, isto é, na medida em que comunica a morte e a vida de Cristo, Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Essa comunicação não há-de realizar-se só por meio de palavras, mas também pelo dom da nossa vida, à semelhança de Cristo: "Em nós actua a morte, em vó~ a vida" (2 Cor 4, 12).
que é cristificado, isto é, na medida em que comunica a morte e a vida de Cristo, Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Essa comunicação não há-de realizar-se só por meio de palavras, mas também pelo dom da nossa vida, à semelhança de Cristo: "Em nós actua a morte, em vó~ a vida" (2 Cor 4, 12).
Oratio
Sobe a um alto monte, arauto de Sião. Grita
com voz forte, arauto de Jerusalém; levanta a V04 sem receio, e diz às cidades
de Judá: «Aí está o vosso Deus! Olhai, o Senhor Deus vem com a força do seu
braço dominador; olhai, vem com o preço da sua vitória, e com a recompensa
antecipada.
Senhor, o teu Evangelho é Boa Notícia porque
leva consolação aos fracos, aos perdidos e aos escravos de muitos senhores.
Hoje, continuas a anunciá-lo ao teu povo aflito, porque és um Deus fiel. És o
divino Amante que nos diriges o teu convite de amor e nos falas ao coração. És
o Deus de todas as consolações.
Faz com que, também nós, possamos consolar os
aflitos e oprimidos, com a mesma consolação que de Ti recebemos. Impele-nos a
procurar o que anda perdido. Tu és o Bom Pastor que quer salvar a ovelha
perdida, mas querida ao teu coração. E queres salvá-Ia também com a nossa
solidariedade.
Eis-nos aqui, disponíveis a colaborar, para
que a voz do teu Filho, manso e humilde de coração, seja escutada no mundo, e
todos possam regressar ao redil, à vida verdadeira, só possível junto de Ti.
Amen.
Contemplatio
Como Nosso Senhor é amável sob este título que
resume tão bem todas as bondades do seu Coração para connosco! Foi ele mesmo
que deu a si mesmo este título e que nos recordou todas as solicitudes, todas
as ternuras, todas as dedicações de um bom pastor.
O bom pastor conhece todas as suas ovelhas. Chama-as uma a uma. Caminha diante delas. Condu-Ias às melhores pastagens.
Espiritualmente, temos por alimento da nossa alma a palavra viva de Nosso Senhor, e para o nosso coração o alimento celeste da Eucaristia.
O bom Pastor dá os seus cuidados mais diligentes a todas as suas ovelhas. Se vê algumas que sofrem, feridas, cansadas, toma-as sobre os seus ombros, leva-as para o redil e cuida delas amorosamente. Nosso Senhor faz isto por nós pela confissão, pela direcção e pela sua Providência, tão assídua e tão delicada.
O bom pastor conhece todas as suas ovelhas. Chama-as uma a uma. Caminha diante delas. Condu-Ias às melhores pastagens.
Espiritualmente, temos por alimento da nossa alma a palavra viva de Nosso Senhor, e para o nosso coração o alimento celeste da Eucaristia.
O bom Pastor dá os seus cuidados mais diligentes a todas as suas ovelhas. Se vê algumas que sofrem, feridas, cansadas, toma-as sobre os seus ombros, leva-as para o redil e cuida delas amorosamente. Nosso Senhor faz isto por nós pela confissão, pela direcção e pela sua Providência, tão assídua e tão delicada.
O bom Pastor não perde de vista as suas ovelhas,
a sua solicitude é extrema.
Vela pela sua segurança, preserva-as da malícia dos maus e defende-os contra os embustes do demónio.
Para as salvar, dá até à última gota do seu sangue.
Não é verdadeiramente o Salvador com o seu Coração cheio de uma bondade inesgotável? (Leão Dehon, OSP 3, p. 472).
Vela pela sua segurança, preserva-as da malícia dos maus e defende-os contra os embustes do demónio.
Para as salvar, dá até à última gota do seu sangue.
Não é verdadeiramente o Salvador com o seu Coração cheio de uma bondade inesgotável? (Leão Dehon, OSP 3, p. 472).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«O Senhor Deus vem como um pastor que apascenta o rebanho. (cf Is 40, 10- 11)
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«O Senhor Deus vem como um pastor que apascenta o rebanho. (cf Is 40, 10- 11)
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