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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

3º DOMINGO ADVENTO, Ano C-José Salviano


3º DOMINGO ADVENTO

Ano C

Evangelho Lc 3,10-18

 

-DEVEMOS FAZER CARIDADE-José Salviano

 

O Terceiro Domingo do Advento nos mostra que devemos fazer caridade em primeiro lugar. Depois dela, vamos cuidar de fazer as outras coisas também necessárias a nossa salvação eterna: Renúncia, meditação, oração, fugir do pecado, etc


PRIMEIRA LEITURA
         O texto nos transmite uma ideia, uma mensagem de alegria. Mas uma alegria que brota de dentro, e não apenas do exterior, num gesto forçado. A alegria de quem espera, com fé, o socorro de Deus. A alegria de quem já alcançou a graça de que tanto pediu ao Pai. A alegria de pertencer ao Reino dos Céus.

SALMO
Quem realmente confia no Senhor, não deve ter uma cara de triste. Quem espera em Deus sabe que um dia, mais cedo ou mais tarde, o socorro virá. Portanto, não se admite um cristão com uma cara emburrada, mas sim, alegre. Não se admite um cristão que vive reclamando, mas sim, um cristão que vive louvando a Deus, mesmo pelas aparentes desgraças a que tem de enfrentar.

SEGUNDA LEITURA
         Que devemos fazer diante de uma irmã, de um irmão doente? Como vamos poder dizer ao irmão, a irmã que sofre: Alegrai-vos no Senhor? Aos presentes naquele momento, pode até parecer que estamos fazendo uma grande gozação. Pois é uma tarefa muito difícil repetir aos que estão doentes, fiquem alegres!...
         Porém, se considerarmos ou se tivermos sempre em nossa mente que se a nossa bondade for conhecida por  todos, o Senhor estará bem próximo de nós, especialmente na hora do nosso desespero. Também é preciso lembrar que o sofrimento é cruz santificante. Mas para isso, essa cruz precisa ser aceita com toda humildade. A humildade de quem reconhece que sendo pecadores, nós merecemos sofrer muito mais do que sofremos. E assim, com certeza, DEUS VAI ACOLHER A NOSSA PENÚRIA EM PERDÃO DOS NOSSOS PECADOS E O RESTO É SÓ ALEGRIA!
         Então, em vez de primeiro dizer ao nosso moribundo deitado: Coragem, irmão! Alegrai-vos! Vamos tentar mostrar a ele ou a ela, que Deus não está alegre com o seu estado de saúde, a qual pode ter sido provocada pela sua vida desregrada. Podemos mostrar ao paciente que a alegria brota da certeza de que o socorro de Deus virá, a certeza de que sofrendo com paciência, teremos o perdão dos nossos pecados, e seremos merecedores da vida eterna.
         “Não vos inquieteis com coisa alguma”. Somos obras do Senhor, e todos os fios do nosso cabelo estão contados, por isso não nos preocupemos com o dia de amanhã, pois não cairá uma folha da árvore sem a permissão do Criador. Então por que não estamos alegres? Por que essa cara triste? Não tenhas medo apenas acredite!...
         Caríssimos. Se depositarmos toda a nossa confiança na mão protetora do Pai, a mensagem de Paulo faz sentido. Por que a paz de Deus ultrapassa todo o entendimento humano.

EVANGELHO

 O Terceiro Domingo do Advento nos mostra que devemos fazer caridade em primeiro lugar. Depois dela, vamos cuidar de fazer as outras coisas também necessárias a nossa salvação eterna: Renúncia, meditação, oração, fugir do pecado, etc


             O profeta João Batista veio para nos dizer o que devemos fazer. E em resumo, suas palavras nos mostram que a caridade é tudo o que mais importa. A caridade fala mais alto quando buscamos o que devemos fazer para agradar a Deus, fazer a vontade do Pai, e conseguir a nossa conversão e nossa salvação.
                João Batista anunciava a Boa Nova, a conversão, a mudança de vida. Conversão essa que não deveria ser feita com sacrifícios absurdos, como: vestir-se de saco, ficar sem comer, subir o morro de joelhos pintar o corpo, ou qualquer maluquice desse tipo, mas sim, conversão significa uma verdadeira mudança de vida, abolindo tudo o que fazemos de errado, e aderindo às práticas da justiça, da caridade.
Muitos estavam pensando que João era o próprio Messias. E por tanto lhe perguntaram: O que fazer? Ou seja, o que devemos fazer, para atingirmos a conversão?
Ora, a resposta para esta pergunta não está embasada em realizações espetaculares, mas sim, em procedimentos simples do nosso dia a dia. Ou seja, a nossa conversão começa com o nosso relacionamento referente à irmã e ao irmão. Para nos convertermos de verdade, é preciso mudar as nossas atitudes para com os nossos irmãos, especialmente aqueles carentes.  Pois não existe conversão do tipo direcionada estritamente a Deus, em práticas de intensas orações, penitências, noites sem dormir, etc, mas sim, primeiro precisamos nos voltar para o irmão aliviando a sua dor, seu desconforto, seu sofrimento. Por que nós podemos materialmente fazer isso. Por que, economicamente falando, nós temos muito mais do que necessitamos para viver. Não custa muito estender a mão e dar uma ajuda ao irmão caído. O que custa na verdade, é ter uma atitude fraterna que nos vem de dentro da alma. Uma disposição de quem realmente quer aliviar a penúria daquela pobre pessoa que não tem para onde ir, nem para quem recorrer.
E essa é a parte mais difícil para se atingir a conversão.  Pois voltar a ir à missa, voltar a rezar, parar de cometer pelo menos os pecados mais graves, tudo bem.  Até conseguimos fazemos isso. Mas mudar a nossa mentalidade, mudar a nossa tendência, a nossa disposição de egoístas que somos e passar a ter piedade dos que sofrem, é coisa muito difícil, tão difícil como passar um camelo no fundo de uma agulha.  A conversão começa dentro de nós, na nossa mente.
Então, minhas irmãs, meus irmãos, teremos de ser violentos conosco. Temos de buscar a ajuda do Pai por meio de seu Filho mediante orações fortes, para que consigamos mudar os nossos valores enraizados em nossas mentes, valores que nos dizem: Ninguém me dá nada.  Dar dói. Eles são vagabundos, preguiçosos. Se eu der esmola, ele vai se acostumar...
Naquele tempo as pessoas tinham apenas uma peça de roupa. Os ricos tinham duas ou mais. Enquanto que os pobres viviam quase, ou simplesmente nus. Pergunto a você e a mim mesmo. Quantas peças de roupa nós temos? Quantas vezes pensamos em quem não tem tanta vestimenta ao ponto de sofrer muito na estação fria? Quantas vezes pensamos em separar algumas peças para levar a eles? E não são somente as roupas que temos a mais. Muitas de nossas coisas, algumas delas compramos e nunca usamos, estão sobrando, ocupando espaço! Será que paramos para pensar o quanto os nossos irmãos da periferia ficariam alegres se as levássemos para eles?
A NOSSA FÉ, NADA MAIS É, DO QUE O RECONHECIMENTO DA NOSSA FRAQUEZA, ACOMPANHADA DE UMA ATITUDE DE ACEITAÇÃO, DE ENTREGA À PROTEÇÃO E SALVAÇÃO DE UMA PODEROSA FORÇA UNIVERSAL INVISÍVEL QUE SE MANIFESTOU ENTRE NÓS NA PESSOA DE SEU FILHO.
Quer um exemplo? Quando somos crianças, indefesos e dependentes que somos nesta faixa etária, confiamos e recorremos aos nossos pais, e aceitamos plenamente O Papai do Céu que eles nos apresentam, e nos ensinam a falar com Ele por meio da oração.  Ao contrário, quando atingimos a adolescência, nos achamos ou nos sentimos poderosos, fortalecidos fisicamente, ao ponto de dispensar o controle dos pais, e o pior, dispensamos a proteção de Deus!
O mesmo acontece com os obres e os com os ricos. O pobre não tendo para onde correr, nem para quem reclamar, recorre ao Deus Poderoso que está sempre de braços abertos para acolher os fracos e oprimidos que O procuram.
Muito pelo contrário, acontece com os ricos, os quais se acham poderosos. Com tanto dinheiro que lhes dão o poder terreno e apenas terreno de comprar muita coisa, eles se acham: Invencíveis, imortais, superiores a todos os demais e, portanto, pensam que não precisam de Deus!  Pobres ricos! Rezemos por eles.
É hora de conversão, é hora de mudar. É hora de pensar que a conversão começa na nossa mente, e em seguida através do nosso irmão. Por que o mandamento é: Amar a Deus e ao irmão. Inclusive é bom lembrar e repetir que a esmola nos faz alcançar de Deus o perdão para os nossos pecados leves.
Vá e faça o mesmo, e conseguirá a conversão indispensável para a sua salvação! 

Bom domingo, José Salviano

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