REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/06/2018
-Marcos 2,23-3,6
9° Domingo do Tempo Comum
Temos hoje a quarta disputa (as chamadas
disputa Galiléia) entre Jesus e os fariseus. Marcos organizou sucessivamente os
debates, sem se preocupar com quando e onde de fato aconteceram. Escolheu esta
forma didática, para fazer o próprio Jesus se apresentar como filho de Deus e
dizer para que viera ao mundo.
Por trás das disputas está sempre
implícita a pergunta: Quem é Jesus. Da discussão desponta a resposta: Ele é o
enviado de Deus com poderes divinos, é o Messias, que veio ao mundo como
libertador e salvador.
A primeira controvérsia foi sobre o
perdão dos pecados. Os fariseus e Jesus estão de acordo com uma verdade: só
Deus pode perdoar pecados do paralítico e cura física e espiritualmente.
Aos olhos de todos fica claro: ele tem
poderes divinos. A segunda disputa girou em torno da licenciosidade de alguém
comer com pecadores. Para os hebreus, comer com alguém significava participar
de suas ideias e de seus pecados.
Jesus ceia na casa de Mateus, o
publicano, considerado pecador público. Os fariseus se escandalizam. Jesus,
para ainda maior escândalo deles, declara-se médicos dos enfermos e diz ter
vindo ao mundo exatamente para chamar os pecadores.
A terceira discussão partiu da
obrigatoriedade do jejum. Jesus aproveitou a questão para falar que viera ao
mundo para desposar a humanidade. Jesus usou uma figura dos profetas. Deus era
chamado de "esposo". Jesus é o esposo que veio desposar a humanidade
e fazer com ela um só corpo é um só espírito.
A questão de hoje gira em torno da
observância do sábado. Note-se que Jesus não é contra a observância do sábado, não
é contra o jejum e reconhece que a criatura humana é pecadora. Mais os fariseus
e os escribas (explicadores da Lei) haviam desviado o verdadeiro sentido do
sábado, do jejum e do conceito de pecador. Jesus tenta repor estas questões em
suas justas dimensões, para que ajudem a criatura humana a viver na liberdade e
alegria dos filhos de Deus e não na escravidão de sutis e complicadas
interpretações impostas.
O sábado foi instituído como dia sagrado
principalmente por duas razões: como memórias nos dias da criação, em cujo
sétimo dia o Senhor descansará, e comemoração da saída da escravidão egípcia.
Por isso mesmo, o sábado significava um dia de agradecimento e de libertação, celebrado
com repouso de todos, inclusive dos animais e escravos. Mais os fariseus e os
escribas haviam complicado de tal maneira a observância do sábado, com dezenas
de proibições e sutilezas, que o preceito do sábado se tornará um peso muito
grande para o povo.
Jesus respeita o sábado, mais em seu
sentido genuíno: dia em que se manifesta e se celebra a misericórdia e o amor
divino, seja na criação amorosa das criaturas, seja na libertação dos males que
impedem a felicidade. O mesmo se diga da observância do domingo, que substituiu
o sábado para lembrar a ressurreição de Jesus, o grande gesto de Deus que
recriou o universo e libertou em definitivo a humanidade do pecado e da morte. A
observância do domingo é um mandamento a ser cumprido. Mais para celebrar a
misericórdia divina e a redenção trazida por Cristo.
Celebrar o dia do Senhor, portanto, é
rezar juntos e juntos pôr-se com humanidade de criaturas diante do Deus Criador,
de onde nos vêm todos os bens, partilhar os bens espirituais e materiais,
reconciliar-se, solidarizar-se. O sábado (o domingo) é o dia da misericórdia de
Deus, que nos criou por amor nos libertou e redimiu e com isso fez comunhão e
fraternidade.
PEMANECEMOS NA SANTA
PAZ DE DEUS
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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