23- de Junho-Terça
- Evangelho - Mt 7,6.12-14
Tudo
quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles.
Neste
Evangelho, Jesus nos dá três recomendações:
“Não
deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos.” Os
porcos e os cães não sabem o valor da pérola, por isso não dão valor nem se
aproveitam delas. A comparação é um pouco dura, mas é clara: Para pessoas que
estão fora da fé cristã, devemos ensinar coisas que estão ao alcance delas.
Coisas muito íntimas, santas e elevadas da nossa vida cristã, eles não vão
entender e poderão interpretar mal. Mais tarde, quando receberem os rudimentos
da fé, aí sim entenderão. Como aquele pai que falou para a filha, que era do grupo
de jovens: “Não sei o que você vai fazer lá na igreja todo domingo de manhã, e
fica olhando para o padre durante uma hora. Acho que você está namorando o
padre! Por isso não quero que você volte lá”.
“Tudo
quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles.” E Jesus fala que
nisto consiste a Lei e os Profetas. Por isso essa recomendação de Jesus é
chamada de regra de ouro. Devemos procurar o bem do nosso próximo como
procuramos o nosso próprio bem. Tratar os outros como gostaríamos de ser tratados.
“Entrai
pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à
perdição.” E Jesus fala que muitos seguem o caminho largo e poucos seguem o
caminho estreito.
Em
Lc 13,23, Jesus faz esta mesma comparação, em resposta a alguém que lhe
perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Fica então
claro que o caminho que leva à salvação é estreito.
A
vida cristã é exigente, não é para pessoas acomodadas medíocres. Basta ver o
que diz o Evangelho sobre o casamento, o perdão, o amor aos inimigos, a
partilha dos bens... As pessoas “mais ou menos” logo se desligam da Comunidade,
e muitas delas vão para as seitas.
Precisamos
lutar contra os desejos imoderados e instintos, que, feridos pelo pecado, nos
puxam para o mal. Viver em Comunidade, junto com pessoas às vezes difíceis e
complicadas, é também uma porta estreita. Entretanto, muitos superam essas
dificuldades e seguem o caminho apertado do testemunho, tornando-se “discípulas
e missionárias de Jesus Cristo, para que os nossos povos tenham mais vida”
(Doc. de Aparecida).
Certa
vez, numa escola, dois alunos se tornaram amigos. Um dia, um deles, q morava
bem distante, pois a cidade era grande, convidou o outro para ir à sua casa no
domingo, para uma festinha de aniversário da sua irmã. Chegou a hora da festa e
nada de o amigo aparecer! Depois que já haviam cortado o bolo, ele chegou,
cansado de tanto andar, e foi logo dizendo: “Cara, perdi o mapinha que você me
deu!”
Jesus
nos deixou o mapinha para chegar ao céu. Mas precisamos tomar cuidado para não
errar, porque as ruas são estreitas e apertadas. Que não percamos esse mapa!
A
Mãe de Jesus andou sempre pelo caminho estreito. Ela fazia isso
espontaneamente, puxada pelo amor, tanto ao Filho como a nós, seus outros
filhos e filhas.
Tudo
quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles.
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