19 DE JUNHO
Este Evangelho deve ser para nós como um farol
que ilumine os nossos passos todos os dias da nossa vida. Ele deveria ser um
remédio prescrito para nós indefinidamente, pois aqui está o cerne tanto da
nossa saúde como da nossa enfermidade espiritual. Nós precisaríamos ter
consciência de que as coisas pelas quais lutamos diariamente, assim como também
o que vivenciamos e experimentamos são responsáveis pela nossa qualidade de
vida aqui na terra. Se trabalharmos e lutarmos por muito dinheiro, sucesso,
status, se nos esbaldarmos para adquirir bens materiais que nunca alcançam a
marca do chegar, isto é, que não têm um limite, nós estamos sendo
inconseqüentes, perseguindo um alvo ilusório que não tem consistência e no
final da nossa vida restará somente o vazio. Tudo irá passar, um dia! O que é
ruim não é propriamente a riqueza material, mas o valor que nós atribuímos a
ela. Por isso, diante dos conselhos de Jesus nós precisamos identificar com
muita sinceridade qual o tesouro pelo qual nós estamos trabalhando e se os bens
que nós buscamos com tanta ansiedade são verdadeiramente os que a nossa alma
anseia ou apenas fazem parte dos desejos da nossa humanidade. Precisamos
discernir se estamos amealhando dentro do nosso coração bens duradouros ou se
estamos fazendo dele (coração), um celeiro das coisas que só nos servem para
esta vida terrena. Se estivermos vivendo assim, com certeza, o tesouro,
material que perseguimos deve estar ocupando um espaço precioso que deveria ser
preenchido com os valores que permanecerão conosco até o céu. No nosso coração
nós abrigamos os nossos desejos, anseios, ideais, sentimentos. É nele onde é
forjada a nossa mentalidade, o sentido pelo qual agimos e fazemos as coisas. As
nossas boas ou más ações, o amor ou o desamor com que vivemos têm origem a
partir dos nossos pensamentos, das nossas deliberações e resoluções. É de
dentro do nosso coração também que refletimos a luz que ilumina as nossas ações
e reações. A nossa maneira de ver e entender as coisas, a nossa visão
espiritual e emocional, dá o sinal para que saibamos se a luz que existe em
nós, é escuridão ou é fulgor e limpidez. O nosso ideal de vida e o objetivo das
nossas ações darão o rumo da nossa caminhada, para o céu ou para fora dele. Nós
juntamos tesouro na terra quando procuramos agradar o mundo vivendo em função
daquilo que ele valoriza como o dinheiro, a fama e o poder e esquecemos-nos de
viver o amor, a fraternidade e a justiça. Reflita – Onde está o seu coração? –
Qual o tesouro que você está guardando nele? – Qual é a sua razão de viver e de
lutar? – Qual é a visão que você tem do mundo e das pessoas? – Você vê de
acordo com a ótica de Deus? – Para você o que é que tem valor neste mundo? –
Você tem consciência da brevidade da sua vida? – Os bens que você tem amealhado
têm serventia para a outra vida?
Acesse o site http://www.umnovocaminho.com e leia os comentários das demais leituras da
liturgia de hoje.
Helena Serpa
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