11 - de Junho - Quinta - Evangelho - Mt 10,7-13
Jesus, após ter chamado Seus apóstolos e discípulos, os convida
para que sejam; o fazer será consequência disso. Ser o quê? Íntimos de Cristo,
amigos d’Ele; vida mergulhada na vida do Senhor – é daí que nasce a intimidade.
Fazer o quê? Quanto a isso não devemos nos preocupar, pois o Senhor nos dirá e
nos orientará quanto ao que fazer e como fazer.
Como se não bastasse, o Senhor, além de nos
mostrar o que fazer na obra da evangelização, nos capacita e nos presenteia com
todos os meios para a missão; meios estes que são os dons, os ministérios, os
talentos, os carismas e frutos do Seu Espírito Santo. A nossa felicidade
consistirá em sermos canais de cura, libertação e realização na vida das
pessoas. Para isso, devemos ser íntimos de Deus e fazer, como consequência
disso, a vontade d’Ele.
Para esta missão tão sublime de discípulos e missionários de Nosso
Senhor Jesus Cristo, para a qual somos chamados, o Senhor nos faz dois pedidos
fundamentais, dentre tantos, não menos importantes:
1º
Pobreza evangélica: não podemos, diante da missão a nós
confiada, nos preocupar e perder a atenção, o foco, daquilo que Deus quer fazer
por meio de nós na vida das pessoas na ação evangelizadora. O missionário
precisa ter como única bagagem de missão, como único valor, como única riqueza,
a vontade de Deus Todo-poderoso, Sua Palavra e a disponibilidade em servir. Não
podemos nos prender a nada e a ninguém, pois tudo nos será dado, tendo em vista
que o missionário é digno do seu sustendo, do seu salário, como nos ensinam as
Sagradas Escrituras. A única riqueza precisa ser o Senhor. Repito o que sempre
afirmo: quem precisa muito fora é porque muito pouco possui de Deus dentro de
si; então o coração precisa buscar fora o que não consegue encontrar dentro.
Dentro de nós, no mais íntimo de nós, está Deus.
2º
Dê de graça o que recebeste de graça: na vida, tudo é
graça, inclusive os encalços e dificuldades, que não vêm de Deus, mas Ele os
permite. Permite para que venhamos a crescer, a amadurecer. Crescimento e
amadurecimento: eis as maiores graças na vida de uma pessoa. Todos os dons,
talentos, virtudes, a própria vocação, tudo isso Deus nos deu, não porque Ele
necessitava fazê-lo, mas por pura graça e bondade. O Senhor no-los deu, para
que, através disso na vocação, pudéssemos ser felizes. Colocando tudo isso a
serviço dos outros, eis a certeza de felicidade, de santidade. Como é bom
quando nos propomos a servir, com gratuidade, aqueles que o Senhor nos confia.
Isso é evangelizar por excelência.
Para isso, é preciso que reforcemos o caminho: ser (íntimos de Deus
e de Sua Palavra, vivendo da providência) e servir (de forma gratuita e alegre,
pois de graça recebemos e de graça devemos ser canais da graça na vida dos
irmãos).
Padre
Pacheco
Comunidade Canção Nova
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