QUARTA FEIRA DA 26ª SEMANA DO TC
02/10/2014
1ª Leitura Êxodo 23, 20-23
Salmo 90(91),11 “Porque os seus anjos
ele mandou que te guardassem em todos os seus caminhos”
Evangelho Mateus 18, 1-5.10
“Servir com alegria aos menos importantes”
Agente
está habituado a servir, ser gentil e acolhedor, com gente importante, no
trabalho profissional buscamos agradar ao chefe e demais superiores, quando
mais importante o cargo e a função de quem nos pede algo, mais que vamos nos
esforçar para atendê-lo. Talvez não só por questão de obediência, mas muito
mais porque, sendo importante, aquela pessoa pode nos ajudar a subir dentro da
empresa, nomeando-nos quem sabe para algum cargo. Quando esse modo de agir é
uma obcessão, determinando nossas relações com essas pessoas, acaba se tornando
puxa - saquice sem tamanho, mas no fundo é isso mesmo, gostamos de servir a
quem pode nos retribuir com algo vantajoso.
Podem
reparar que trazemos esse modo de agir para a comunidade, o pessoal da liturgia
trata o Padre de um jeito, o Diácono de outro, e o coitado do Ministro da
Palavra é o último que fala e o primeiro que apanha. Por que isso? Por que se
observa as pessoas através de uma visão hierarquizada. Conforme se tem um cargo
maior, mais “servidores” vão aparecer.
Não
sou contra, dar uma atenção maior ao sacerdote, ao arcebispo, quando está em
uma comunidade, são nossos pastores que nos orientam, nos apontam caminhos. Não
há nada de errado nisso. Mas as pessoas são iguais e o espírito cristão tem que
nos levar a agir dentro dessa igualdade.
No
evangelho de hoje Jesus vai além e coloca como referência as criancinhas e os
meninos, que naquele tempo eram insignificantes na sociedade, além das
mulheres. Criança nem entrava nas estatísticas e eram totalmente dependentes dos
adultos, começando pelos pais e parentes. Não tinham nenhuma autonomia e só
lhes restava obedecer e fazer o que os adultos mandavam, diferente de hoje
quando há até leis específicas que garante o direito das pessoas, crianças,
adolescentes, jovens e idosos.
Os
discípulos fizeram uma pergunta “Quem é o maior no Reino dos Céus?” porque
seguiam essa lógica da submissão a quem é o maior. Jesus, entretanto desmonta
esse esquema de domínio sobre as pessoas e afirma que no Reino, os pequenos,
pobres, insignificantes, é que devem ser servidos. Esse ensinamento, tanto nos
tempo dos discípulos e das primeiras comunidades, como em nossos dias,parece
absurdo porque na lógica humana somente as pessoas importantes são valorizadas.
Mas Jesus não está fazendo um belo discurso demagógico como o de alguns
políticos, pois na conclusão do evangelho, com a parábola da ovelha desgarrada,
ele nos mostra que o Pai do Céu age assim com todos nós,buscando a ovelha
perdida e a valorizando mais que as outras
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