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de Outubro - Evangelho - Lc 13,31-35
Caminhando para Jerusalém, Jesus atravessava
cidades e povoados e firmemente caminhava para o desfecho final. Por outro lado
estão os fariseus que, na sua ignorância, preveniam-no de que Herodes procurava
matá-lo. Porém, Jesus continuava firme no seu propósito de fazer a vontade do
Pai e não estava preocupado com o que Herodes poderia fazer com Ele. Por isso,
afirmava que continuaria operando milagres até que seus dias chegassem ao fim.
Ele caminhava para a morte e tinha consciência do que iria ter que enfrentar.
Ele sabia muito bem o que o esperava em Jerusalém, mas era para lá que Ele
deveria caminhar. Jerusalém, a cidade santa, seria o palco dos acontecimentos.
Era lá que estava erguido o templo e, ao mesmo tempo, seria lá que Jesus
morreria e, depois de três dias, ressuscitaria.
Jerusalém é, também hoje, o nosso destino. É
para a Jerusalém celeste que nós caminhamos. Jesus Cristo abriu o caminho para
nós, não precisaremos ser flagelados nem crucificados porque Ele mesmo já o foi
por nós, entretanto haveremos de caminhar com coragem para atravessarmos os
vales sombrios da nossa vida.
Colocando na nossa vida prática nós podemos
tirar como mensagem o exemplo da determinação de Jesus diante da missão a que
Ele se propunha. Não temeu os homens, mas permaneceu fiel ao Pai. Ele, como
homem, tinha inteira liberdade para dar justificativas de afastar-se de
Jerusalém porque o rei queria matá-lo. No entanto, o seu ideal de vida
era justamente “beber o cálice” que lhe estava destinado. E, assim, permaneceu
fiel aos seus propósitos. Jesus chorou diante das muralhas de Jerusalém
lamentando sua rebeldia e obstinação em não aceitá-lo como Salvador. Chorou por
aqueles que não o acolheram e previu para eles um tempo de abandono e
dispersão. Nós podemos também colocar-nos no lugar de Jerusalém, isto é, do
povo que não aceita a salvação de Jesus e não aproveita o tempo em que é
visitado. Muitas vezes rejeitamos a Deus, não caminhamos segundo sua Palavra,
não seguimos os seus ensinamentos e perdemos o precioso tempo que estamos
vivendo aqui na terra. Jesus também chora diante de nós e lamenta a nossa
ignorância, mas, mesmo assim, torce e espera que nós, no devido tempo, possamos
ainda dizer de coração: “Bendito aquele que veio em nome do Senhor”. Hoje,
também, todos aqueles que não acolhem Jesus como Salvador e Senhor, vivem
abandonados, sem templo, à espera daquele que ainda virá.
Como você tem agido diante das dificuldades do
dia-a-dia? Você tem desistido de assumir a salvação em vista das dificuldades?
Você tem coragem de enfrentar os “seus inimigos” como Jesus os enfrentou? Você
tem medo de se entregar pela causa do Evangelho? Você é uma pessoa que caminha
firme para a santidade mesmo sabendo que dificuldades o(a) esperam? Você foge
da realidade quando percebe algum indício de sofrimento? Lembre-se: como vimos,
a atividade de Jesus provoca temor e reação das autoridades. Todavia, Jesus não
as teme, e continua a realizar a missão que liberta as pessoas e que ao mesmo
tempo vai levá-lo à morte. Assim como Ele fez, também devem fazer os seus
discípulos e missionários.
Pai, predispõe-me pela força do teu Espírito a
acolher a salvação que teu Filho Jesus me oferece, fazendo-me digno deste dom
supremo de tua bondade.
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