Jesus subiu a montanha para rezar. Ao
amanhecer, escolheu os doze Apóstolos.
Hoje é com alegria que nós celebramos
dois Apóstolos: S. Simão e S. Judas Tadeu. O Evangelho, próprio da festa, narra
o chamado de Jesus aos Apóstolos. Conforme o evangelista S. Marcos (Mc 6,3),
eles eram primos de Jesus.
O Evangelho diz que “Jesus foi à
montanha para rezar”. Alguns discípulos subiram com ele, outros ficaram na
planície. O grupo “passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, Jesus
chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de
apóstolos”. Foi um prêmio ao grupo mais fiel a Jesus que renunciaram a
comodidade de ficar na planície e subiram a montanha com Jesus.
Eles fizeram, ao mesmo tempo, oração e
penitência, passando a noite acordados. No outro dia, estavam preparados para
ouvir Deus falar.
Ao descerem da montanha, viram “uma
grande multidão”. Sinal que estava na hora mesmo de Jesus organizar o seu
grupo.
Simão é natural de Caná da Galiléia (Cf
Mc 3,18). Ele era filiado ao partido político dos Zelotas, que tinha por
objetivo libertar o País dos romanos.
Jesus gostava desse tipo de gente, mesmo
que ele não concordasse às vezes com o que eles queriam. Veja o casa de S.
Paulo, que era um jovem comprometido em acabar com os cristãos, porque achava
que isso era um bem. Sinal que ele era uma pessoa de ideal, alguém que abraça
uma causa e luta por ela.
O que Jesus detestava eram essas pessoas
sem posição, sem marca, sem identidade nem ideal, que, nos conflitos, ficam em
cima do muro. “Porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de
minha boca!” (Ap 3,16).
As pessoas amorfas são presas fáceis da
sociedade de consumo. Elas não têm opinião formada sobre nada. Não são contra
nem a favor, muito pelo contrário. Nós as chamamos de maria-vai-com-as-outras.
Segundo a tradição, S. Simão pregou o
Evangelho no Egito, onde morreu mártir.
S. Judas é mais conhecido nosso. É o
“santo das causas difíceis”. Seu pai se chamava Tiago. Ele pregou na Palestina,
na Síria, na Mesopotâmia, na Armênia e na Pérsia. Ele foi morto a machadadas.
Por isso que ele é apresentado com uma machadinha ao lado.
O evangelista S. João traz uma passagem
onde aparece S. Judas: Disse Jesus: “Quem acolhe e observa os meus mandamentos,
esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me
manifestarei a ele. Judas (não o Iscariotes) perguntou-lhe: ‘Senhor, como se
explica que tu te manifestarás a nós e não ao mundo:’ Jesus respondeu-lhe: ‘Se
alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e
faremos nele a nossa morada’” (Jo 14,21-23). Está aí a explicação por que as
pessoas que desobedecem os mandamentos acabam se desviando na fé. Deus só se
manifesta aos que observam os seus mandamentos!
S. Judas tem uma carta na Bíblia. É
curtinha, tem apenas uma página, mas é riquíssima.
Ele cita, por exemplo, a ganância: “Os
gananciosos apascentam a si mesmos. Por isso, são como nuvens sem água, que são
levadas pelo vento; e como árvores frutíferas que não dão fruto, e por isso são
cortadas pelo agricultor. São também como as ondas bravias do mar: fazem
espumam bonitas, mas em poucos segundos acaba tudo. São ainda como meteoros à
noite no céu: brilham, mas logo depois volta a escuridão”.
Veja outra passagem da carta: “Rezem, e
mantenham-se unidos no amor de Deus. Procurem convencer os vacilantes. E não se
deixem contaminar pelos maus costumes dos pagãos”.
E ele termina com uma oração: “Ao Deus
único, que nos salva por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor, glória, majestade,
domínio e poder, desde antes de todos os séculos, agora e por todos os séculos.
Amém.”
Vamos apresentar a Maria Santíssima e
aos Apóstolos S. Simão e S. Judas as nossas causas difíceis, e tudo o que
precisamos, para que intercedam por nós.
Jesus subiu a montanha para rezar. Ao
amanhecer, escolheu os doze Apóstolos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário