23
de Outubro - Quinta - Evangelho
- Lc 12,49-53
Bom
dia!
Ôh
verdade que dói! Sabemos o que é certo, mas por que é que não fazemos?
Existem
problemas que se iniciam dentro de nós mesmos, mas não conseguimos (ou não
queremos) identificá-los. Repito, sabemos qual seria a melhor medida, mas não
conseguimos seguir. Imaginemos esse exemplo:
“Trabalho,
estudo, vivo em comunidade, mas não consigo me relacionar adequadamente com
pessoas que me cercam; Não me permito me mostrar por completo (sem máscaras)
para os outros; Não consigo ouvir ou aceitar opiniões e sentimentos diferentes
do meu, pois me sinto mais seguro (a) quando minhas opiniões, desejos,
expectativas, percepções, sentimentos e emoções prevalecem; sou um (a) líder
nato (a), pois exerço controle sobre mim e/ou sobre os outros…”.
Será
que é difícil conhecer alguém assim? Talvez não na totalidade do texto, mas
todos nós temos um pouco dessa pessoa do exemplo acima. Não podemos confundir
esses pensamentos com a idéia de pessoa com auto-estima. Não façamos isso! É
muito comum e estimulado num cenário de bolsa de valores, capitalismo, vendas
(…) onde é visto como “virtude”, mas no relacionamento interpessoal, na
família, na sociedade, (…) essas “virtudes” mais afastam as pessoas do que
agregam, e o que é pior, sabemos disso!
“(…)
Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita. Eu sei que
em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em
mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. Não faço o bem que quereria, mas o mal que
não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o
pecado que em mim habita”. (Romanos 7, 18-20)
Temos
outro tipo de pessoa (…).
“Tenho
medo, não contenho a raiva, a frustração; minha esperança escoa como areia
pelos dedos; não acredito mais nas pessoas; tenho problemas nos meus
relacionamentos pessoais e profissional; tenho pena de mim mesmo, sou azarado e
nas correções e exortação me ponho na defensiva”.
Como
no exemplo anterior, temos também conhecimento de pessoas que também são assim,
mas será que conseguimos ver que às vezes somos, em partes, parecidos com ele?
Paulo disse (versículo acima) sobre o mal que mesmo não querendo fazer o fazia
mesmo não desejando fazer. Fazemos sim muito mal as pessoas sem perceber, mas
muito mais a nós mesmos que não notamos se não nos acontecer algo que mude ou
interfira nessa triste rotina.
Imaginemos
um lago bem calmo. Águas cristalinas, um espelho d’água. De repente vem aquele
menino e joga uma pedra no meio do lago. A tranquilidade (ou marasmo) é
quebrada por aquelas ondas que surgiram do impacto da pedra com a água. Temos
problemas quando não conseguimos esperar o tempo e entender que as ondas
passarão. Sofremos também quando alimento o menino para continuar lançando
pedras… Parece que me acostumei com a tristeza.
“(…)
Vossos preceitos são minhas delícias, meus conselheiros são as vossas leis.
Prostrada no pó está minha alma, restituí-me a vida conforme vossa promessa. Eu
vos exponho a minha vida, para que me atendais: ensinai-me as vossas leis.
Mostrai-me o caminho de vossos preceitos, e meditarei em vossas maravilhas.
Chora de tristeza a minha alma; reconfortai-me segundo vossa promessa.
Afastai-me do caminho da mentira, e fazei-me fiel à vossa lei”. (Salmo 118,
24-29)
Temos
também mais duas pessoas: Uma que não sabe como esta e outra que finge não
saber. E são essas que realmente me preocupam, pois acabam não se deixando
curar mesmo tendo o remédio em casa, na comunidade, no trabalho…
Talvez
seja essa ultima pessoa que Jesus tenha duramente chamado de hipócrita, mas
esse hipócrita, no contexto da nossa reflexão podemos chamar de medroso.
Sabemos
o que fazer para sermos mais felizes. Encaremos os problemas! Não sejamos
vítimas de nós mesmos.
Um
imenso abraço fraterno.
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