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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A chave da felicidade-Helena Serpa

3 de Novembro - Segunda - Evangelho - Lc 14,12-14
Filipenses 2, 1-4 – “em busca da unidade”

O maior anseio do coração humano e também a sua grande necessidade é, justamente, ser feliz, ter paz, tranquilidade, harmonia. Seguindo os
conselhos que São Paulo dá aos filipenses e em comunhão com o Espírito  Santo nós também podemos almejar e desejar a unidade para vivermos vinculados no mesmo amor. Todo ser humano vive esperando por isso.
Porém, no percurso da nossa vida nós perdemos o fio da meada e nos
enrolamos num emaranhado de coisas negativas que nos levam a invertermos a medida do valor das coisas que para nós deveriam ser essenciais. Assim é que confundimos o ser com o ter, o dar com receber, o querer e o poder e terminamos por decretar guerra contra nós mesmos quando litigamos com os nossos irmãos e irmãs e, às vezes, até com aqueles (as) mais queridos (as) nossos (as). A competição, o julgamento, o querer só para si, nos leva à desunião. E isto não é o que o Pai quer para os seus filhos! Por isso, São Paulo nos adverte e recomenda que nada façamos por competição ou vanglória, pelo contrário, considerando o outro mais importante, não cuidemos somente do que é nosso, mas com todo empenho cuidemos também do
que é do outro. – Você entende o que é viver a comunhão no Espírito
Santo? – Você age como filho (a) de Deus, irmão (ã) de Jesus Cristo? –
Você entende o que é procurar a unidade: será pensar igual ao próximo ou respeitá-lo?

Salmo 130 – “Guardai-me, em paz, junto a vós ó Senhor”


O salmista nos fala de um caminho seguro para que nós possamos viver a unidade: “Fiz calar e sossegar a minha alma; ela está em grande paz
dentro de mim, como a criança bem tranquila, amamentada no regaço
acolhedor de sua mãe.” Calar a alma é dominar os desejos confusos do
nosso temperamento, colocando-nos como crianças abandonadas nas mãos do Pai. É não seguir as inclinações dos sentimentos e das emoções desordenadas e pelo contrário deixarmo-nos guiar pelas sugestões do Espírito Santo de Deus que nos dá a paz como alimento.

Evangelho - Lucas 14, 12-14 - "a chave da felicidade"

Jesus nos aponta a chave da felicidade quando, mais uma vez, nos ensina algo que contradiz completamente o pensamento do mundo e nos coloca na contra mão de tudo o que aprendemos aqui na terra. Com palavras firmes ele nos diz: “Então tu serás feliz!” e nos recomenda a não convidar para a “festa” os amigos nem aquelas pessoas mais queridas, mas atrair àqueles que mais necessitam de alimento. A festa é a nossa vida da qual ninguém poderá ser excluído, são as nossas conquistas que devem ser partilhadas com todos, sem exceção, sem preconceito e discriminação. A motivação que temos para fazer as coisas do nosso dia a dia se constitui também um parâmetro para a nossa felicidade eterna. Para nós é tão fácil conviver com quem a gente gosta, admira, se afina, no entanto, dentro do pensamento evangélico, isto amacia apenas o nosso ego! A nossa felicidade interior e a paz de que precisamos vem do serviço desinteressado. Por isso, Jesus nos explica: se nós fizermos as coisas somente àqueles que podem nos recompensar, já estamos recebendo o  prêmio. Porém, quando realizamos algo às pessoas que não podem fazer o mesmo conosco, aí então, a recompensa nos virá do céu. A gratificação dos justos é a ressurreição. Diante deste Evangelho precisamos avaliar qual é o nosso interesse quando escolhemos as nossas amizades, qual é o valor com que aquilatamos as pessoas sejam elas ricas, sejam pobres.
Qual é o nosso interesse quando cultivamos os nossos  relacionamentos, se o que estamos buscando aqui na terra servirá apenas para que tenhamos  uma vida cheia de regalias ou se estamos caminhando em busca do reino de Deus. Jesus termina com uma recomendação muito importante: "convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. "Então tu serás feliz!" Significa, convida aqueles (as) que se sentem marginalizados (as) cheios (as) de defeitos (as); aqueles (as) que nunca esperariam ser chamados (as). Seremos felizes na medida em que formamos unidade com todas as pessoas, uma só alma, um só coração, um só ideal, porque a figura desse mundo passa e o que nós almejamos é a vida eterna, junto com todos. - Qual é o critério que você usa para a escolha dos seus relacionamentos?-
Você costuma acolher a todas as pessoas, ricas ou pobres?- Você já
convidou alguém, muito pobre, para sentar-se à mesa com você?- Você
seria capaz de fazer essa experiência
Helena Serpa

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