28
de Outubro - Evangelho - Lc 6,12-19
Jesus
nunca subestimou a sua missão. Ele sabia da grande responsabilidade que era
escolher, dentre muitos, os doze apóstolos que seriam os continuadores da sua
obra aqui na Terra. Portanto, Ele subiu à montanha para em oração ao Pai fazer
o discernimento. Quando desceu Ele estava seguro de que os seus escolhidos eram
aqueles à quem o Pai havia destinado para pôr em prática o seu projeto
salvífico. Até Judas teve o seu papel específico no plano de salvação de Deus Pai.
Muitas vezes nós também rezamos, fazemos o discernimento e no primeiro sinal de
que algo não vai muito bem, nós começamos a duvidar da nossa oração e do
direcionamento do Senhor. Fica para nós o exemplo: Jesus ainda não sabia que
entre os escolhidos havia um traidor, mas nunca duvidou de que fez a escolha
certa segundo a vontade do Pai.
Para
muitas coisas na vida nós nos preparamos, nós nos aprimoramos, nós nos
adestramos. Porém, nas tomadas de decisões nós nos confundimos e não temos o
mesmo cuidado. Agimos por impulso, por sentimento, por preferências pessoais.
Jesus veio ao mundo não apenas para nos salvar da morte eterna. Ele veio nos
ensinar a viver a vida em harmonia com o pensamento de Deus e, assim, descobrir
o que é ou não agradável ao Pai a fim cumprir no mundo a missão que nos é
proposta.
Ele nos
instrui sobre o que fazer antes de tomar qualquer decisão, de resolver qualquer
problema, de escolher, de fazer opções, enfim, antes de enfrentar as multidões.
“…foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus,” a fim de
escolher os doze apóstolos a quem Ele entregaria a sua Igreja. Ao amanhecer Ele
já sabia o que fazer: entre muitos Ele escolheu somente doze. Unicamente depois
de escutar o Pai foi que Jesus tomou a iniciativa de reunir os seus discípulos
e fazer a escolha conforme o Pai lhe havia segredado. Será que Jesus escolheu
os melhores, os mais preparados, os mais capazes, os mais obedientes? Dentre os
doze, haviam traidores, descrentes, pretensiosos, nenhum deles era exemplo de
santidade. Porém, Jesus tinha a convicção de que aqueles lá eram os eleitos do
Pai e por isso não relutou em chamá-los.
Muitas
vezes nós também nos prostramos aos pés do Pai e pedimos orientação para a
nossa caminhada. Falta-nos, no entanto, a paciência para esperar o fruto das
escolhas que fazemos sob a orientação do Espírito. No primeiro contratempo nós
já estamos nos decepcionando e nos frustrando, achando que fizemos as escolhas
erradas e culpamos a Deus pelos acontecimentos. Jesus sabia que na sua Missão
Ele teria que enfrentar dificuldades também com os seus escolhidos. Sabia que
estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e
foi com eles, até o fim. Precisamos também nós, estarmos firmes e convictos em
tudo quanto nos for revelado pelo Pai, em oração.
A sua
Palavra é a garantia para confirmar o que Ele nos confidenciar durante a
oração. Não tenhamos medo de confiar na força do Espírito Santo quando
precisarmos de orientação. Jesus é o nosso modelo, o nosso Mestre e com Ele nós
aprendemos a viver, sem temor, o que Deus nos mandar fazer.
Quando
nós também subirmos à montanha para orar estejamos certos de que lá o Senhor
nos dará a orientação segura para que possamos descer e enfrentar a multidão e
até os traidores com serenidade e segurança. O que você faz quando tem que
tomar uma decisão importante: pede o conselho dos homens ou o conselho de Deus?
Você se reúne com alguém em oração para fazer suas opções de vida? Você pede
ajuda a pessoas que têm intimidade com Deus? Você costuma orar pedindo
discernimento para suas ações? Quando você reza e as coisas não acontecem de
acordo com o que você esperava, qual é a sua reação? Você confia que o Senhor
sempre dá o direcionamento seguro mesmo que haja algum contratempo em algum momento? Peça ao
Senhor a graça da perseverança na oração.
O seu
irmão, em Cristo Jesus, envia-lhe a benção do alto.
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