Fazei todo esforço possível para entrar
pela porta estreita.
Neste Evangelho, alguém pergunta a Jesus
sobre o número dos que se salvam. Na resposta, Jesus vai ao mais importante,
que são as exigências para se salvar. É preciso esforço e uma vida austera,
simbolizada pela porta estreita.
A salvação depende da nossa vontade, uma
vez que Deus dá a todos as graças suficientes para que se salvem. Mas
precisamos colaborar e fazer a nossa parte, o que não é fácil. O Reino de Deus
não é para os acomodados ou covardes, mas para os esforçados e corajosos.
Precisamos lutar contra os desejos
imoderados, e os nossos instintos, que nos puxam para o mal, pois a nossa
natureza foi ferida pelo pecado.
Precisamos lutar contra o egoísmo, que
bate de frente com o mandamento do amor. Lutar contra o comodismo, vivendo como
se o céu já fosse aqui na terra. Tudo isso é “porta larga”, que não conduz à
salvação.
“Então começareis a dizer: ‘Nós comemos
e bebemos diante de ti...’ Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois.
Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’”
A prática da justiça é fundamental para
se salvar. A virtude da justiça consiste em respeitar o direito dos outros,
dando a cada um aquilo que é seu. Não adianta comermos e bebermos diante de
Jesus, nem ouvi-lo nas praças, se não somos justos, honestos e verdadeiros, e
se não cumprimos os nossos deveres. Esta é a porta estreita que nos leva ao
Céu.
A vida cristã é realmente uma porta
estreita. Por exemplo, as suas leis sobre o casamento, o uso do sexo, o perdão,
o amor aos inimigos, a ajuda aos que precisam, a partilha dos bens com os
necessitados... Não é fácil praticar a justiça e a honestidade, vivendo em um
mundo que segue o caminho contrário.
Viver em Comunidade, junto com pessoas
às vezes difíceis e complicadas, é também uma porta estreita.
Há pessoas que, atendendo ao apelo da
Santa Igreja, tornam-se “discípulas e missionárias de Jesus Cristo, para que as
pessoas tenham mais vida nele.”
“Há últimos que serão primeiros e
primeiros que serão últimos”. Vamos “entrar pela porta estreita”, a fim de não
termos decepções mais tarde.
Edel Quim nasceu na Irlanda, no começo
do Séc. XX. Era uma garota muito bonita.
Desde que fez a primeira comunhão, ela
recebia freqüentemente a Eucaristia. Ainda bem jovem, entrou na Legião de
Maria, onde caminhou a passos largos na fé e na santidade.
Apesar de cobiçada por muitos rapazes,
Edel decidiu não se casar, a fim de se dedicar tempo integral à Legião de
Maria.
Em 1936, quando tinha 29 anos, Edel foi
enviada para a África, a fim de difundir por lá a Legião de Maria. Conseguiu
implantar o movimento em seis Países africanos: Quênia, Tanganica, Uganda,
Niassalândia, Zanzibar e na ilha Maurícia.
Depois de dez anos na África, quando se
preparava para iniciar a Legião em Nairobi, Edel contraiu a Tuberculose, que
naquele tempo não tinha cura. Mesmo doente, a sua alegria e o seu entusiasmo
não diminuíram.
Após sua morte, os legionários do Kênia
foram a Nairobi e, com muita facilidade, implantaram a Legião naquele País.
Podemos dizer que Edel Quim
assemelhou-se muito a Jesus, dando também a vida pelos irmãos. Aconteceu com
ela o que Jesus disse: “Quem me come viverá por mim”.
Ela imitou também a Mãe de Jesus, já que
o seu grupo chama-se Legião de Maria. Maria Santíssima e Edel Quim, rogai por
nós!
Fazei todo esforço possível para entrar
pela porta estreita.
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