29
de Outubro - Quarta - Evangelho
- Lc 13,22-30
Fazei
todo esforço possível para entrar pela porta estreita.
Neste
Evangelho, alguém pergunta a Jesus sobre o número dos que se salvam. Na
resposta, Jesus vai ao mais importante, que são as exigências para se salvar. É
preciso esforço e uma vida austera, simbolizada pela porta estreita.
A
salvação depende da nossa vontade, uma vez que Deus dá a todos as graças
suficientes para que se salvem. Mas precisamos colaborar e fazer a nossa parte,
o que não é fácil. O Reino de Deus não é para os acomodados ou covardes, mas
para os esforçados e corajosos.
Precisamos
lutar contra os desejos imoderados, e os nossos instintos, que nos puxam para o
mal, pois a nossa natureza foi ferida pelo pecado.
Precisamos
lutar contra o egoísmo, que bate de frente com o mandamento do amor. Lutar
contra o comodismo, vivendo como se o céu já fosse aqui na terra. Tudo isso é
“porta larga”, que não conduz à salvação.
“Então
começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti...’ Ele, porém,
responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a
injustiça!’”
A
prática da justiça é fundamental para se salvar. A virtude da justiça consiste
em respeitar o direito dos outros, dando a cada um aquilo que é seu. Não
adianta comermos e bebermos diante de Jesus, nem ouvi-lo nas praças, se não
somos justos, honestos e verdadeiros, e se não cumprimos os nossos deveres.
Esta é a porta estreita que nos leva ao Céu.
A
vida cristã é realmente uma porta estreita. Por exemplo, as suas leis sobre o
casamento, o uso do sexo, o perdão, o amor aos inimigos, a ajuda aos que
precisam, a partilha dos bens com os necessitados... Não é fácil praticar a justiça
e a honestidade, vivendo em um mundo que segue o caminho contrário.
Viver
em Comunidade, junto com pessoas às vezes difíceis e complicadas, é também uma
porta estreita.
Há
pessoas que, atendendo ao apelo da Santa Igreja, tornam-se “discípulas e missionárias
de Jesus Cristo, para que as pessoas tenham mais vida nele.”
“Há
últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos”. Vamos “entrar pela
porta estreita”, a fim de não termos decepções mais tarde.
Edel
Quim nasceu na Irlanda, no começo do Séc. XX. Era uma garota muito bonita.
Desde
que fez a primeira comunhão, ela recebia freqüentemente a Eucaristia. Ainda bem
jovem, entrou na Legião de Maria, onde caminhou a passos largos na fé e na
santidade.
Apesar
de cobiçada por muitos rapazes, Edel decidiu não se casar, a fim de se dedicar
tempo integral à Legião de Maria.
Em
1936, quando tinha 29 anos, Edel foi enviada para a África, a fim de difundir
por lá a Legião de Maria. Conseguiu implantar o movimento em seis Países
africanos: Quênia, Tanganica, Uganda, Niassalândia, Zanzibar e na ilha
Maurícia.
Depois
de dez anos na África, quando se preparava para iniciar a Legião em Nairobi,
Edel contraiu a Tuberculose, que naquele tempo não tinha cura. Mesmo doente, a
sua alegria e o seu entusiasmo não diminuíram.
Após
sua morte, os legionários do Kênia foram a Nairobi e, com muita facilidade,
implantaram a Legião naquele País.
Podemos
dizer que Edel Quim assemelhou-se muito a Jesus, dando também a vida pelos
irmãos. Aconteceu com ela o que Jesus disse: “Quem me come viverá por mim”.
Ela
imitou também a Mãe de Jesus, já que o seu grupo chama-se Legião de Maria.
Maria Santíssima e Edel Quim, rogai por nós!
Fazei
todo esforço possível para entrar pela porta estreita.
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