31
de Outubro - Sexta - Evangelho
- Lc 14,1-6
Sistema
opressor
Diante
de Jesus, havia um hidrópico. Ele o curou, mesmo sendo sábado.
Este
Evangelho narra a cena da cura de um hidrópico, doença popularmente conhecida
como barriga d’água, num dia de sábado, o que era proibido pela lei judaica.
As
leis judaicas eram, às vezes, egoístas, porque cuidar de um animal doente
podia.
Deus
é o Senhor da vida. O direito à vida precede quaisquer outros direitos e outras
leis, mesmo as mais sagradas. A encarnação do Verbo selou para o ser humano uma
dignidade superior. E Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida, e a
tenham em abundância” (Jo 10,10).
Não
só as palavras de Jesus, mas todos os seus gestos eram em favor da vida, como
este da cura do hidrópico. Ele curava os doentes, ressuscitava os mortos,
ensinava o amor e o serviço aos necessitados...
“Vê
que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Escolhe,
pois, a vida”
(Dt
30,15.19).
“Deus
criou o mundo para a vida, para ver suas criaturas felizes. Em suas obras não
existe veneno de morte” (Sb 1,14). A natureza toda é boa e tudo nela concorre
para a vida, numa harmonia maravilhosa, que chamamos de ecossistema. Foi o
pecado que estragou a natureza, tornando-a, às vezes, prejudicial ao homem.
Compensa
valorizar a vida. Compensa fazer tudo pela vida humana, desde pentear o cabelo
de uma criança até morrer na Cruz.
As
leis existem para proteger a vida, não para prejudicá-la. É assim que as leis
devem ser interpretadas.
A
vida humana deve ser protegida desde a sua concepção dentro da mãe. E a
pesquisa científica não pode colocar-se acima da vida. Não se pode matar um ser
humano para salvar outro.
Libertar
uma pessoa do mal, seja que mal for, é a melhor forma de santificar o Dia do
Senhor, pois o Dia do Senhor deve ser o dia da vida.
Não
se lê no Evangelho que o hidrópico dirigisse a Jesus alguma palavra ou pedido.
A iniciativa da cura partiu de Jesus mesmo. O nosso amor deve ser tão grande
que, basta ver uma pessoa em necessidade, já nos movemos a socorrê-la.
Certa
vez, uma jovem queria suicidar-se. Foi a uma ponte bem alta, sobre um rio largo
e fundo, a fim de pular lá de cima, pois ela não sabia nadar.
Quando
chegou à ponte, viu um cego que caminhava para atravessá-la, mas estava errando
a direção da ponte e ia cair num barranco bem alto, direto na água do rio.
Ela
correu, deu a mão ao cego e o conduziu até atravessar a ponte. Depois resolveu
levá-lo até o seu destino.
Quando
chegaram, ele sorriu para ela e disse: “Muito obrigado, moça! Você salvou a
minha vida!” Ela respondeu emocionada e com o coração cheio de alegria: “Eu é
que lhe agradeço, meu amigo. Você também salvou a minha vida!”
Deu-lhe
um abraço e foi embora, sem se apresentar nem explicar ao cego o sentido real
da sua frase. E nunca mais aquela jovem pensou em destruir a própria vida. Pelo
contrário, queria viver o máximo, a fim de fazer muitas pessoas felizes e ver
muitos sorrisos, como viu no rosto daquele cego.
Maria
Santíssima é chamada a Mãe da Vida, porque nos deu aquele que é o caminho, a
verdade e a vida. Que ela nos ajude a imitar o seu Filho, promovendo a vida.
Diante
de Jesus, havia um hidrópico. Ele o curou, mesmo sendo sábado.
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