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segunda-feira, 13 de julho de 2020

Fazer a vontade do Pai é a chave-Helena Serpa



21 DE JULHO DE 2020

3ª. FEIRA XVI SEMANA DO

TEMPO COMUM
Cor Verde

1ª Leitura - Mq 7,14-15.18-20

Leitura da Profecia de Miquéias 7,14-15.18-20
14Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados; 15E, como foi nos dias em que nos fizeste sair do Egito,
faze-nos ver novos prodígios. 18Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? - Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. 19Voltará a compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar
todos os nossos pecados. 20Tu manterás fidelidade a Jacó
e terás compaixão de Abraão, como juraste a nossos pais,
desde tempos remotos. Palavra do Senhor.

Reflexão – “o Senhor nos fará ver novos prodígios!”
O profeta Miquéias intercede a Deus em favor do povo de Israel que, exilado, passava por provações e era explorado pelos seus algozes, sem terra para desfrutar e sem campos para cultivar. Era o mesmo povo que Deus tinha libertado do Egito, mas que havia pecado e desobedecido a Ele e, por isso, fora deportado da terra prometida. Diante deste quadro, o profeta clamava pela misericórdia do Senhor, sabendo que Deus é capaz de apagar a nossa iniquidade e esquecer o nosso pecado. E assim, ele se voltava para o Senhor, dizendo: “E como foi nos dias em que nos fizestes sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios!”  Essa também é a nossa situação no mundo em que vivemos! Há momentos em que nos sentimos exilados, escravizados e cativos das coisas e situações que nos prendem, as quais são uma consequência dos nossos próprios erros e das escolhas que fazemos, principalmente quando trocamos o Criador pelas criaturas. O pecado é quando “erramos o alvo”, que é Deus e nos afastamos Dele colocando outros deuses em Seu lugar. Dessa forma sentimos as consequências e, de repente, a nossa vida que “aparentemente” era muito boa, cheia de prosperidade, sofre uma reviravolta e já não temos mais tudo  o  que antes dava sentido à nossa existência. Esse, portanto, é o momento propício para que, reconhecendo a providência de Deus em favor do que antes havíamos conquistado, nos voltemos para Ele, na certeza de que Ele não guarda rancor para sempre, pois ama a misericórdia e quer apenas a nossa conversão.  O Senhor não deseja a nossa ruína, mas sabe que nós, como filhos precisamos ser confrontados por causa das  nossas contradições. Por incrível que possa parecer, esses momentos de dureza, de deserto e escuridão são ocasiões favoráveis para que conscientes, mantenhamos a fidelidade à nossa pertença a Deus, e, assim, Ele nos fará ver novos prodígios! – Você já experimentou esses tempos de deserto e de penúria? – O que lhe foi favorável? – Você se sentiu mais fortalecido quando tudo passou? – Na sua vida está tudo bem? – Você tem reconhecido que o Senhor é o Seu provedor? – Você confia na misericórdia do Senhor?

Salmo - Sl 84,2-4. 5-6. 7-8 (R.8a)

R. Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

2Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, *
libertastes os cativos de Jacó.
3Perdoastes o pecado ao vosso povo, *
encobristes toda a falta cometida;
4retirastes a ameaça que fizestes, *
acalmastes o furor de vossa ira.R.

5Renovai-nos, nosso Deus e Salvador, *
esquecei a vossa mágoa contra nós!
6Ficareis eternamente irritado? *
Guardareis a vossa ira pelos séculos?R.

7Não vireis restituir a nossa vida, *
para que em vós se rejubile o vosso povo?
8Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, *
concedei-nos também vossa salvação!R. 

Reflexão - Deus, como um Pai cheio de bondade, tem como único propósito a nossa salvação, por isso, mesmo conscientes de que somos os maiores pecadores podemos como o salmista, suplicar o Seu perdão, dizendo: “Renovai-nos, nosso Deus e salvador, esquecei a vossa mágoa contra nós”! Com certeza, na medida da sinceridade do nosso coração, o Senhor restituirá a nossa vida retirando toda ameaça que pairava sobre nós.

Evangelho - Mt 12,46-50

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 12,46-50
Naquele tempo: 46Enquanto Jesus estava falando às multidões,
sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele.  47Alguém disse a Jesus:  'Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo.'  48Jesus perguntou àquele que tinha falado:  'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?'
49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse:  'Eis minha mãe e meus irmãos.  50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus,  esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.'  Palavra da Salvação. 

Reflexão – “fazer a vontade do Pai é a chave”
Mais uma vez, em poucos dias, a liturgia nos apresenta este Evangelho, no qual Jesus nos convoca a fazer parte da Sua família, apontando para os Seus discípulos e convocando-os a, como Sua Mãe e Seus irmãos, fazer também a vontade do Pai que está nos céus. Sabemos que a caminhada de Jesus aqui na terra foi um crescente viver segundo a vontade do Seu Pai e, para que isso pudesse acontecer, Ele não quis ficar sozinho, mas convocou doze homens, simples, rudes e sem muita instrução para acompanhá-Lo e ensinar a eles tudo o que era da vontade do Pai e assim, serem depois, as colunas da Sua igreja. A vivência com Jesus, os Seus ensinamentos, Seus exemplos, Sua forma de acolher, de perdoar, de admoestar, de orar, de curar e fazer milagres revela ao mundo o jeito certo de se viver na terra, como é desejo do Pai que vive no céu. À primeira vista, nos parece que Jesus fez pouco caso da Sua Mãe e dos Seus irmãos, no entanto,  sabemos que Maria fez em tudo a vontade do Pai e por isso,  era exemplo de serva e de Mãe. Por isso, Jesus aproveitava todos os momentos para, segundo a vontade do Pai, esclarecer as questões primordiais. Percebemos que em muitas passagens do Evangelho Jesus se refere à vontade do Pai como a chave que abre para nós o caminho da felicidade. Caminhando na Palavra, lendo as cartas de Paulo, nós aprendemos também que Deus “quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.” (conf. I Timóteo, 2,4), portanto, podemos deduzir que a vontade de Deus  é a nossa salvação e a conquista do paraíso, que é a vida eterna. Jesus exercitou com os Seus discípulos a vivência da vontade do Pai, por isso mesmo, apontou para eles como sendo a Sua Mãe e Seus irmãos. Ele sabia que no momento certo aqueles homens dariam testemunho ao mundo da Sua salvação, embora O pudessem trair e negar.   Nós tambén mostraremos ao mundo que fazemos parte da família de Jesus se vivermos conforme a Sua Palavra que revela a vontade do Pai assim na terra como no céu. – Você tem feito a vontade de Deus? – Você sabe perdoar, compreender, acolher? – O que você tem aprendido com Jesus? – Você sabia que a vontade do Pai é que Jesus seja o Senhor da sua vida?
 

2 comentários:

  1. José Maria Nascimento21 de julho de 2020 às 05:47

    Obrigado Senhor, obrigado Helena!!!

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  2. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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