25 de Julho-2020-Ano
Evangelho Mt 20,20-28
Jesus repreendeu os discípulos por eles terem se irritado com
aquele pedido audacioso daquela mulher. Certamente, eles deveriam ter se preocupado, ter ficado com receio ou
medo de que Jesus pudesse atender aquele pedido absurdo. E também, talvez
tivesse pensado que eles também queriam se sentar ao lado de Jesus...
A reação ou resposta de Jesus, foi de acalmar os seus amigos,
mostrando a eles que para se conseguir um lugar de honra na vida, primeiro
temos de ser humildes. Temos de optar por servir, em vez de ser servidos.
Esta foi a missão de Jesus. Ele veio a este mundo para servir, e
não para ser servido. Jesus não tinha uma pedra para recostar a cabeça. Jesus
não veio para mostrar o seu poder, nem para se exibir. Ele veio para nos
libertar do pecado. Por tanto, toda a sua vida está cheia de mistério!
Isto por que toda a vida de Cristo é
acontecimento de revelação: o que é visível na vida terrena de Jesus conduz ao
seu Mistério invisível, sobretudo ao Mistério da sua
filiação divina. Foi por isso que Ele disse: quem me vê, vê o Pai.
Além disso, embora a salvação provenha
plenamente da cruz e da ressurreição, toda a vida de Cristo é Mistério
de salvação. Foi mistério desde a anunciação a Maria até a sua volta para o
Pai. Porque tudo o que Jesus fez, disse
e sofreu tinha como objetivo salvar o homem caído e restabelecê-lo na sua
vocação de filho de Deus.
Tudo foi mistério. E só podemos compreender
estes mistérios, pela luz da fé. A vida misteriosa de Jesus foi preparada ha muitos séculos atrás. E nós revivemos isso na celebração litúrgica do
tempo do Advento. Deus preparou a vinda do seu Filho através da Antiga Aliança,
até João Baptista que é o último e o maior dos profetas. Todo
esse tempo foi de preparação para a vinda do Filho de Deus ao mundo.
O nascimento e a infância de Jesus,
assim como a sua vida adulta, tudo isso foi mistério. Como podemos ver a
seguir: No Natal, a glória do Céu manifesta-se na debilidade de um
menino; a circuncisão de Jesus é sinal da pertença ao povo
hebraico e prefiguração do nosso Batismo; a Epifania é a
manifestação do Rei-Messias de Israel a todas as pessoas; na sua apresentação
no templo, em Simeão e Ana é toda a esperança de Israel que vem ao encontro
do seu Salvador; a fuga para o Egito e a matança dos inocentes
anunciam que toda a vida de Cristo estará sob o sinal da perseguição; o
seu regresso do Egito recorda o Êxodo e apresenta Jesus como o
novo Moisés: Ele é o verdadeiro e definitivo libertador de todos nós.
Com a vida oculta de Jesus em Nazaré,
nós aprendemos muito. Pois durante a sua vida oculta em
Nazaré, Jesus permaneceu no silêncio de uma vida normal, na santidade de uma
vida quotidiana feita de oração, de simplicidade, de trabalho, de amor
familiar. A sua submissão a Maria e a José, seu pai adotivo, é uma imagem da
sua obediência filial ao Pai. Maria e José, com a sua fé, acolhem o Mistério de
Jesus, ainda que nem sempre o compreendam.
Em toda a sua existência, a
humildade estava presente. Nada de
preferir um lugar de destaque, um lugar de honra, ou coisa deste tipo. Que isso nos sirva de exemplo a ser seguido.
Tenha um bom dia. José Salviano.
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