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terça-feira, 14 de julho de 2020

-Jesus coloca a vida acima da Lei-José Salviano


17 de Julho-2020-Ano

Evangelho Mt 12,1-8

-Jesus coloca a vida acima da Lei-José Salviano


A Lei do descanso sabático era seguida pelos judeus de forma obsessiva. Já não se tratava de  uma obediência a  Deus, mais sim, de um verdadeiro fanatismo.
Para Jesus  a vida é mais importante do que a lei. Isto significa, que,  em caso de perigo de vida,  é prioritário defender a vida, antes que  cumprir a lei.
Os discípulos estavam com fome, e longe de qualquer habitação.  E ao passar pela plantação de trigo, foram impulsionados pelo instinto de sobrevivência a apanhar algumas espigas para matar a fome de imediato.
Repare que os judeus não os criticaram nem os acusaram de estar roubando  trigo, mais sim, de estar fazendo  algo proibido em dia de sábado, ou seja, trabalhando, colhendo trigo no dia do descanso obrigatório por lei.
Era, pois, um  fato cultural, que se podia comer  produtos das plantações em caso de fome   imediata  e aguda. Deste que não fosse praticado nenhum ato de vandalismo  na propriedade alheia. Isto tendo em vista  as condições de pobreza em que  se vivia a maioria do povo daquele lugar, devido as más condições climáticas.
A intenção dos  discípulos não era de  roubar, mais sim, de matar a própria fome.
Portanto, as nossas ações podem ser pecado, ou não. Dependendo das nossas  intensões.  
Pois uma mesma ação pode também ser inspirada por várias intenções, como prestar um serviço para obter um favor, para satisfazer a vaidade, com uma segunda intenção  de prejudicar futuramente alguém, etc..
Do mesmo  modo, um serviço prestado tem por fim ajudar o próximo, mas pode ser inspirado, ao mesmo tempo, pelo amor de Deus como fim último de todas as ações aplicadas na sua execução.  
Uma intenção boa, por exemplo: ajudar o próximo, não se torna bom nem justo um comportamento em si mesmo desordenado, como  dizer uma mentira, ou falar mal de outra pessoa. Pois os fins não justificam os meios.  
Os judeus pensaram em condenar Jesus para salvar o povo, não se sabe bem do que... um absurdo!  Pois não se pode justificar a condenação dum inocente como meio legítimo para salvar o povo. Pelo contrário, uma intenção má acrescentada, como por exemplo, o elogio em boca própria, torna mau um ato que, em si, que poderia ser bom, como o caso de uma doação, por exemplo.
A imputabilidade e responsabilidade dum ato podem ser diminuídas, e até anuladas, pela fome, sede, pela ignorância, a inadvertência, a violência, o medo, os hábitos, as afeições desordenadas e outros fatores psíquicos ou sociais.
Por tanto, os discípulos impulsionados pela fome, não pecaram ao pegar espigas de trigo daquela plantação alheia.  Eles não queriam prejudicar o dono daquela plantação,  não era a sua intenção.
Deste modo, o efeito  daquele ato,  pode ser perfeitamente tolerado,  tendo em vista  o seu estado de carência.  Pois o efeito mau de um ato, pode ser desculpado ou inimputável, devido ao estado de necessidade premente, como foi o caso  do texto do Evangelho de hoje.

Fica com Deus. José Salviano.

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