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terça-feira, 14 de julho de 2020

-16º DOMINGO-O JOIO NO MEIO DO TRIGO-José Salviano


16º DOMINGO TEMPO COMUM
19 de Julho-2020-Ano

Evangelho Mt 13,24-43



O joio e o trigo,  ambos são parecidos. Do mesmo modo, que bons e maus são também semelhantes, pelo menos a primeira vista.  Assim, poderemos ser ludibriados, enganados, quando nos deparamos com alguém  que nos faz uma bela proposta, e ficamos tentados a aceitar. Afinal, aquela pessoa não tem nenhum traço de alguém que seja do mal!
A cada um de nós também pode acontecer a presença do joio no meio do trigo que é quando o maligno semeia em nossas mentes, os sentimentos de inveja, de ódio, de vingança, de violência...
Deste modo, mesmo que nossas mentes estejam semeadas de semente de trigo que é a palavra de Deus, elas podem ser infectadas pelo  joio que é representado pela ação semeadora do inimigo. E a mais perigosa semente de joio que entra em nossas mentes, é a semente da inveja.  Podemos sentir inveja daquele ou daquela que é mais rico, mais bonita, o mais talentoso, mais habilidoso, etc. A inveja pode acontecer com as pessoas mais santas, e nos lugares mais sagrados. Isto porque o demônio não perde tempo. Ele não descansa até conseguir envenenar as mentes das pessoas, de modo que um santo pode ter ciúmes de outro santo ou santa! Um fato muito lamentável!
Do mesmo modo, o dono da empresa não admite um funcionário mais competente do que ele. O professor se incomoda quando aparece outro ou uma professora mais preparada do que ele.  Portanto não estamos livres desse terrível joio que é a inveja. Aquele que está no comando, pode bloquear um subordinado de progredir na comunidade, impedindo assim o seu excelente desempenho que poderia dar muitos frutos na catequese...
Uma forma de exclusão muito usada em vários meios de convívio social é o “GELO”.  Vamos colocar o “fulano ou a fulana no gelo”. Ninguém fala com ele, não lhe dão atenção, e o ignoram. E tem gente que pensa que isso não é pecado. Colocam o concorrente no gelo, que nada mais é do que uma exclusão, e depois comunga o corpo e o sangue de Cristo tranquilamente.
O instinto de competição é natural da natureza humana. Porém, o inimigo se aproveita disso para nos fazer prejudicar os nossos concorrentes.  Em decorrência disso temos o chamado ciúme doentio, que na verdade não passa de uma inveja forte que atingiu as raias do perigo da vingança.
Exemplo. O ciúme é uma prova de amor. Até nos sentimos muito felizes quando a pessoa amada  faz cenas de ciúmes com relação a nossa pessoa.  É confortante, e nos trás segurança. Porém, o ciúme exagerado faz efeito contrário. Aquele marido ou companheiro, que já se encontra em estado físico decaído pela bebida, começa a imaginar coisas. E esse imaginar, nada mais é do que a semente do joio, o maligno buzinando em sua cabeça que a sua mulher pode estar traindo a sua pessoa.  Então as coisas começam a se complicar, e ele parte para a vingança.  Tanto com relação ao possível adversário, ou apenas em relação a sua companheira ou esposa.
Marido ou companheiro? No caso do companheiro, a coisa é muito complicada, pois se trata de um casal, cuja união foi produzida apenas por atração física, é uma situação complicada do princípio ao fim.  Isto porque, a pura atração da carne acaba com o tempo.  E então começa o desamor, a traição, o ciúme impetuoso, por não haver compreensão, fraternidade, amor a Deus e amor ao próximo entre os dois.
Ao contrário, quando uma união homem-mulher é abençoada por Deus por intermédio da Igreja, e principalmente se aquele casal pratica a religião, os perigos de desavenças são bem menores, pois eles permitiram que Deus cuidasse de suas vidas, dirigindo os seus passos.  
Por outro lado, alguém já disse que os piores inimigos da Igreja estão dentro dela. São os infiltrados, de outras religiões ou seitas, que de mansinho,  devagarzinho e com muita determinação, ao longo do tempo se transformam em hospedeiros, parasitas, que vão corroendo, solapando, desfigurando a espiritualidade da comunidade paroquial, de tal forma que fica humanamente difícil extirpá-los, sem ferir a imagem da Igreja.  Porém, para Deus nada é impossível.
            "Eis que estarei convosco até o fim dos tempos...e as portas dos infernos não se prevalecerão contra ela (a minha Igreja.)"
Cristo prometeu, e Cristo cumpre. Ele não é como os candidatos que prometem e nunca cumprem.  Em sua paróquia tem alguma infiltração do tipo joio no meio do trigo? Não desanime! Confia em Deus e articule uma defesa contra esse tipo de crime organizado.  Mas pega leve; vai com calma, fale com o bispo, mas não vá sozinho(a). Leve também outros paroquianos devotos com você. Não faça nenhum tipo de escândalo, e nem pense em chamar algum repórter para registrar e divulgar tal problema, para que isso não se transforme em escândalo para a nossa Igreja.
Imagine uma paróquia, que está infiltrada de macumbeiros.  Um homem certo dia entrou naquela paróquia e até hoje não saiu mais.
Em pouco tempo o pároco comia na mão dele, fazia tudo o que ele mandava com jeitinho, é claro, a catequese daquela comunidade ficou destruída, e no lugar foi colocado uma grande maluquice com um nome muito doido, na qual não existia evangelização, mas sim, encenações ou representações teatrais, e muitas brincadeiras. Muitas crianças saíram, seus pais e as próprias crianças diziam: Para brincar eu brinco em casa.  
Aquele grande semeador de joio no meio do trigo, é dono de um centro de umbanda, ele se fez passar por um cristão autêntico e prestativo, muito carismático ele conquistou a todos, ou quase todos. Pois muitos dos participantes daquela comunidade, cristãos de verdade, desconfiaram, reclamaram e até denunciaram o problema para o bispo. 
Outro exemplo de joio semeado no trigo, que volta e meia aparece nos noticiários de final da tarde: Aquele jovem de aparência humilde, justo que se infiltrou naquela família, se dizendo apaixonado pela adolescente,  depois de uns tempos cometeu aquele crime bárbaro!
Ele conheceu aquela moça em uma festa da comunidade, ou seja,  na quermesse da paróquia.  Dançou a quadrilha com ela, e minutos depois estavam apaixonados. Os pais dela ficaram encantados com tantas qualidades daquele jovem, principalmente pelo seu aparente bom caráter. Parecia ser o melhor partido para a sua filha, disse o pai. É um príncipe encantado, disse a mãe.
Só tinha um pequeno detalhe. O “santo” rapaz se recusou a casar na Igreja, somente no civil. Prometeu cuidar disso depois, e todos concordaram apesar dos protestos da avó.
Um ano depois, ele já se apoderara de grande parte da fortuna daquela família, tinha a esposa praticamente prisioneira, e todos estavam apavorados, pois ele controlava tudo. A paz daquela família acabou, e a tragédia foi inevitável...
Jesus disse para que o joio não fosse arrancado, pois como ele se parece demais com o trigo, este poderia ser também arrancado junto. A separação do joio do trigo seria feita depois, segundo Jesus. E Ele se referiu ao juízo final, quando os filhos do maligno serão separados dos justos, os quais irão para a glória eterna. 
Prezados irmãos, prezadas irmãs. Esperamos que todos nós sejamos conduzidos a vida eterna, que Deus tenha piedade da nossa alma massacrada por tantas tentações, por tantas ilusões, por tantos pecados.
Constantemente em nossas orações pedimos a Deus que nos livre de tantos irmãos que praticam o mal, e podem nos atingir, se ainda não o fizeram.  Através da parábola do joio no meio do trigo, Jesus nos diz que não é essa a vontade do Pai. Mas sim, a sua vontade não é de matar todos os maus, mas deixá-los até o tempo da ceifa, ou seja, o juízo final.
Por meio desta parábola, vamos entender porque existe o mal no mundo. Porque o joio está semeado em toda parte, causando mais e mais pecados, e mais sofrimentos. Então, muitos perguntam: Se Deus existe por que Ele permite o mal no mundo?
Acontece que Deus respeita a nossa liberdade de praticar o bem ou o mal. Quando estamos mergulhados no pecado, quando estamos agindo como os malvados, o inimigo se aproveita para semear o ódio, a vingança e todo o mal na nossa mente. Ele domina a nossa pessoa  de tal modo que viramos presas fáceis das tentações, e assim, praticamos o mal e sofremos as consequências do mau uso da nossa liberdade.

Cuidado com o joio!


José Salviano



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