-A vossa tristeza se transformará em alegria- Jo 16, 16-20--José Salviano.

30 de maio de 2019

Evangelho-Jo 16, 16-20

 

 

PRIMEIRA LEITURA

O imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. É assim que agem os poderosos.  Eles expulsam, crucificam, prendem a quem eles acham que não servem para nada, aqueles que eles não se simpatizam, aqueles que eles sentem descaso, desprezo, e ódio racial ou cultural.

Só que eles, os poderosos injustos não sabem, que Deus é pelos pobres, pelos fracos, pelos famintos que não têm para onde correr!

É só ler o Sermão da Montanha. Nele, Jesus deixa bem claro o como o Pai pensa sobre cada um de nós, sobre cada uma das classes sociais.

 

SALMO 97

Aclamai ao Senhor por Ele é bom. Nos deu a vida e a natureza. Colocou nas plantas o poder curativo para os nossos males do corpo. Nos deixou de presente o sacerdote para a cura dos nossos males da alma.

 

EVANGELHO

Jesus disse aos apóstolos: A vossa tristeza se transformará em alegria.  E isso aconteceria quando Ele ressuscitasse dos mortos, como foi o que aconteceu, deixando os seus amigos muito alegres!

Hoje, a nossa tristeza se transforma em alegria quando nos purificamos dos nossos pecados pela absolvição do sacerdote, e voltamos à vida da graça santificante, preparados para receber a Eucaristia. Assim teremos a paz da consciência, que é a paz de Cristo Jesus.

Consciência Moral é uma voz interior que nos impulsiona a amar, a praticar o bem e a evitar o mal. E tem mais. Ela nos repreende quando fazemos o mal, e nos elogia, nos deixa contentes quando praticamos o bem.

Ou seja: Quando praticamos o mal, sentimos uma dor na consciência, dizemos que estamos com a consciência pesada, pelo remorso de ter ofendido, maltratado, prejudicado alguém.

Ao contrário, quando fazemos o bem, por exemplo, quando matamos a fome de um mendigo, sentimos um bem estar dentro de nós. Uma paz provinda da nossa consciência moral, a qual nos aplaude, nos elogia por aquele gesto de bondade, o que nos aproxima do amor de Deus.

A Consciência Moral é tão importante, que quando a ouvimos com atenção, podemos ouvir Deus nos falar. Pois é por meio dela que Deus entra em contato com o nosso ser. Deus também usa de outros meios para falar conosco. Por meio de um amigo, uma amiga, por meio dos nossos parentes, de um acontecimento que pode ser bom ou danoso, por meio de um sonho, de uma intuição, a qual pode acontecer em plena oração. Muitas vezes ficamos aborrecidos com as nossas distrações, e pedimos perdão a Deus, quando reconhecemos que acabamos de rezar pensando em outra coisa. Ora, muitas dessas chamadas distrações, nada mais são do que o Próprio Deus falando conosco. Ele interfere em nossa oração, penetra  os nossos pensamentos, invade o nosso interior, e nos mostra o caminho que devemos seguir para resolver algum tipo de problema. Pois não existe um momento certo para Deus falar conosco. Ele entra em contato conosco nos momentos mais inesperados, em que jamais poderíamos imaginar.

Os apóstolos não estavam entendendo o que Jesus lhes falava. Porém, Jesus estava falando de quando Ele voltasse à vida, pela ressurreição preparada pelo Pai.

Também nós quando nos convertemos, quando nos confessamos, voltamos à vida da graça, ressuscitamos por assim dizer, e a nossa tristeza se transforma em alegria.

Não existe tristeza mais triste do que aquela provocada por uma consciência pesada, pelo fato de termos maltratado, ofendido, ou causado qualquer tipo de dano ao nosso irmão ou irmã.

Ficamos muito mal com o irmão e com Deus. A nossa alma sofre, e nos exige a reconciliação por meio da Consciência. A isso chamamos de remorso.

E ninguém é feliz sentindo remorso. Nem mesmo aqueles que já têm a consciência embotada pelo mal. Aqueles e aquelas que praticam o mal diariamente, que seguem os ditames do diabo, e se mostram contentes, lá no fundo estão amargurados e infelizes, com uma cara de mau, de muito ódio... e o seu sorriso não é verdadeiro. Basta compará-lo com um sorriso de uma criança inocente.

Sigamos, pois a nossa Consciência Moral, e paz verdadeira, mesmo que não tenhamos muito dinheiro.

 

José Salviano.