03 de Junho de 2019
Evangelho-Jo 16,29-33
PRIMEIRA LEITURA – At 19,1-8
O poder de Paulo concedido por
Jesus era grande! Ele era capaz de fazer curas e de coisas incríveis como a que
é relatada no texto de hoje.
Paulo efetuou um
batismo extraordinário de grande impacto para os novos cristãos. Ele, Paulo, impondo-lhes as mãos, veio sobre eles
o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam. E estes eram, ao todo, uns
doze homens. E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três
meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus. Este fato, além de muitos outros, foi mais
uma demonstração do poder de Deus que estava sobre os apóstolos.
Devemos nós
também confiar neste poder do Pai que nos acompanha em nossa missão,
diariamente.
SALMO 68
Roguemos ao Pai para Ele nos livre
das más ações dos malfeitores, dos injustos e cruéis. Peçamos para a conversão
aconteça no meio deles.
Quanto aos justos, e esperamos nos
contar entre eles, vamos nos alegrar no Senhor, vamos buscar estar sempre com a
nossa consciência tranquila, e na Paz do Senhor.
EVANGELHO
Os discípulos elogiaram a Jesus
pelo fato dele não falar mais de forma enigmática, mas sim, agora Ele estava falando claramente. E em seguida Jesus
lhes afirma que estava chegando a hora em que eles iriam se dispersar, e o
deixaria sozinho, como foi o que aconteceu. Todos se dispersaram na hora em que
Jesus fora preso pelos algozes romanos.
Minhas irmãs, meus irmãos. É
sempre assim. Já vivi algumas experiências em que liderei movimentos de
revoltas contra opressão, e injustiça, onde muitos me juravam total apoio. Só
que na hora de separar o joio do trigo, quase
todos fugiram e me deixaram praticamente só. Aconteceu com Tiradentes, com
Jesus e com todos os mártires da História. Na hora em que a líder ou o líder é
preso, todos se escondem, e até o negam como foi o caso de Pedro, que negou a
Jesus por 3 vezes.
Isso é movido pelo medo, pelo
instinto de auto conservação, e acima de tudo pela COVARDIA! Abandonar aquele
que fez de tudo para defender os mais fracos, para defender os seus direitos, é
uma grande demonstração de fraqueza!
Tancredo Neves, aquele que morreu
antes mesmo de assumir o governo, foi o autor das frases: Vamos tornar este País uma grande nação. Não vamos nos dispersar.
Durante a luta pelas causas da
justiça, durante as reuniões onde se combinavam as estratégias de protestos,
todos ou quase todos, pareciam coesos, firmes, e corajosos, dotados de uma
consciência firme contra aquele estado de injustiça. Porém, depois que o líder
foi pego, todos se enfraqueceram, se esconderam, e murcharam-se.
Isso foi por que formação da
consciência não foi o suficiente sustentável. Talvez tenham se esquecido das
principais regras para uma boa formação da consciência.
1-Que nunca
é permitido fazer mal para que daí resulte um bem;
2-A «regra de ouro» é: «Tudo quanto quiserdes
que os homens vos façam, fazei-o, de igual modo, vós também» (Mt 7, 12) (56).
3-A caridade passa sempre pelo respeito do próximo e da sua consciência:
«Ao pecardes assim contra os irmãos, ao ferir-lhes a consciência é contra
Cristo que pecais» (1 Cor 8,
12). «O que é bom é não [...] [fazer] nada em que o teu irmão possa tropeçar,
cair ou fraquejar» (Rm 14,
21).
Como vemos, parece que se
esqueceram de refletir sobre o fato de que temos de combater as injustiças e
não, necessariamente os injustos em si. Não é eliminando fisicamente os
malvados que vamos acabar com o mal neste mundo.
Por outro lado, não é por que
mataram aquela repórter que denunciavam os injustos, que agora vamos nos
acovardar, e nos calar diante de tantas crueldades.
Quanto mais nos calamos, mais
avança o mal no mundo. E infelizmente, o mal não se encontra somente nas favelas,
no crime organizado, mais também em lugares onde jamais isso deveria acontecer.
A sociedade é governada por forças
sociais. Mas infelizmente nem todas essas forças buscam a paz social, o bem de
todos, mais sim, buscam defender seus próprios interesses.
O
ser humano deve obedecer sempre ao juízo certo da sua consciência. E se agirmos
deliberadamente contra este juízo, estamos nos condenando.
A
formação da consciência Moral é de suma importância, pois pode acontecer que a
consciência moral esteja na ignorância e faça juízos errados sobre atos a
praticar ou atos já praticados. E é daí que procede a injustiça.
E
muitas vezes, tal ignorância pode ser imputada à responsabilidade pessoal. E
isso acontece quando o ser humano pouco se importa de procurar a verdade e o
bem e quando a consciência se vai progressivamente CEGANDO, com o hábito do
pecado, por exemplo, as coisas ficam fora de controle. Nesses casos, a pessoa é
culpada do mal que comete.
Veja.
A ignorância a respeito de Cristo e do seu Evangelho, os maus exemplos
dados pelos amigos e companheiros, a escravidão das paixões, a pretensão de uma
mal entendida autonomia da consciência, a rejeição da autoridade da Igreja e do
seu ensino, a falta de conversão e de caridade, podem estar na origem dos desvios
do juízo na conduta moral, e consequentemente de toda injustiça.
Agora
se, pelo contrário, a ignorância é invencível, ou o juízo errôneo sem
responsabilidade do sujeito moral, o mal cometido pela pessoa não pode ser-lhe
imputado. Mas nem por isso deixa de ser um mal, uma privação, uma desordem. É
preciso trabalhar, portanto, para corrigir os nossos erros a consciência moral.
A
consciência é boa e pura quando ela é iluminada pela fé verdadeira. PORQUE A CARIDADE PROCEDE, AO MESMO TEMPO, DE
UM CORAÇÃO PURO, DE UMA BOA CONSCIÊNCIA E DE UMA FÉ SINCERA. (1 Tm 1,
5) (58).
Quanto
mais prevalecer a reta consciência, tanto mais as pessoas e os grupos estarão
longe da arbitrariedade CEGA e procurarão conformar-se com as normas objetivas
da moralidade, e desse modo haveria paz social. Pois PARA HAVER PAZ, É
NECESSÁRIO QUE HAJA JUSTIÇA!...
José
Salviano.
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