29 de maio de 2019
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domingo, 26 de maio de 2019
-Tenho ainda muitas coisas a vos dizer-Jo 16,12-15--José Salviano.
Evangelho-Jo 16,12-15
PRIMEIRA LEITURA - At 17,15.22 - 18,1
Paulo descobriu que os atenienses
adoravam um deus desconhecido. Então, ele apresentou aos atenienses, Esse Deus
que eles até então não conheciam, e que enviou ao mundo o seu Filho amado para
a nossa salvação.
Continuando, Paulo disse que o
Deus até então desconhecido para os atenienses, foi quem criou o Céu, a Terra,
o Universo e tudo mais que existe. Ele não habita em santuários feitos por mãos humanas.
Hoje sabemos que
depois da Última Ceia, Jesus que é o próprio Deus, pode habitar em nós, por
meio da Eucaristia.
Paulo acrescentou
que Ele não está longe de cada um de nós,
SALMO 148
Todos nós devemos louvar ao Senhor
por que Ele é bom. Ele nos criou, nos deu a liberdade, de crer ou não, e apesar do nosso mau uso da liberdade,
Ele não nos abandona. Glorificamos ao
Senhor principalmente quando rezamos o Glória.
EVANGELHO
É o Espírito da Verdade, que nos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo,
mas dirá tudo o que tiver ouvido do Pai, assim como fez Jesus. Até as coisas
futuras Ele vos anunciará.
E ao nos conduzir a verdade, o Espírito de Deus
nos dá força para nos livrar das nossas paixões perniciosas.
É bom saber que a paixão em si não é boa nem má.
Pois ela consiste em um sentimento, uma forte emoção, que impulsiona o ser
humano a agir ou não agir, em vista de uma realidade real ou fictícia, que se
imaginou como boa ou como má, ou danosa.
As paixões fazem parte do psiquismo humano, e
consiste em uma interface, uma ligação, entre o corpo e a alma. Entre o
psiquismo e a vida sensível. As paixões, assim como o amor, a fé, e todo
sentimento e emoções, tem origem e morada na mente humana. O coração. Por mais
que insistamos em trocá-lo pelo nosso cérebro, tem outras funções, sendo a
principal, bombear o nosso sangue.
A principal e mais sublime de todas as paixões, é
o amor. Dizemos que o amor é lindo!
O amor é uma atração para o BEM, e ele causa um
desejo do bem ausente, ao mesmo tempo, o desejo de o alcançar, na esperança do
prazer e da alegria desse bem possuído.
As paixões são más se amor for mau, ou inadequadas
e boas se o amor for bom, ou correto.
Estar apaixonado pela sua esposa, é uma paixão
correta, adequada, e boa. Ao contrário, aconteceria se você estivesse
apaixonado pela vizinha, por uma adolescente três vezes mais nova que você ou
coisa parecida.
Repetindo, as paixões em si não são boas nem más.
Ela, a paixão só recebe uma qualificação moral, (boa ou má), na medida em que
ela vá de encontro com os mandamentos, ou estejam de acordo com eles. E ainda depende
da RAZÃO ou da VONTADE.
RAZÃO é a
capacidade de distinguir o CERTO do ERRADO.
Uma paixão instalada em nosso psiquismo pode ser
controlada pela nossa RAZÃO ou pela nossa VONTADE.
O fato de um homem sentir atraído ao ver a beleza
de uma mulher que não é a sua, faz parte da sua natureza humana. Porém, em
seguida, deve entrar em ação a sua RAZÃO, a sua inteligência, a prática da sua
fé, que vão mover a sua vontade para mudar de pensamentos, e se controlar...
Por outro lado, se nada disso funcionar, a sua
vontade não colocar nenhum obstáculo àquela paixão que pode estar se iniciando,
o resultado não será nada bom. Portanto, trata-se de uma paixão má. E ainda poderá ser bem pior, se a sua vontade
lhe impulsionar para conseguir uma conquista da pessoa errada...
Em outras palavras, as paixões são moralmente boas
quando contribuem para uma ação boa, e má quando nos impulsionam para uma ação
má.
Percebe-se aqui que tudo depende da nossa vontade.
Se a nossa vontade é reta, bem formada de acordo com os ensinamentos do
Evangelho, poderemos manter sob controle qualquer tipo de paixão que aparecer.
Ao contrário, aquele ou aquela que vive ao Deus dará, como um barco a deriva no
que se refere aos freios morais, uma paixão pode ser avolumada pela
contribuição da sua própria vontade, tornando assim, uma paixão desordenada e
consequentemente criminosa com efeitos catastróficos, como aqueles que vemos
nos noticiários diariamente.
É muito comum uma paixão se tornar um vício, pela
força do hábito, e assim, podemos nos tornar um escravo do pecado.
Na nossa vida de cristãos conscientes, precisamos
pedir ao Espírito Santo, que nos dê forças para dominar toda paixão inadequada,
errada, e assim, viver segundo o Espírito, em vez de viver segundo a carne.
Pois a perfeição moral consiste em que o ser humano não seja movido a praticar
o bem não só pela vontade, mas também pela força do Alto, pela orientação de
Jesus Cristo escrita no Evangelho.
José Salviano.
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