1 Junho
2019
Lectio
Primeira leitura: Actos 18, 23-28
23Depois de ter passado algum tempo em
Antioquia, Paulo voltou a partir e percorreu sucessivamente a Galácia e a
Frígia, fortalecendo todos os discípulos. 24Entretanto, chegara a Éfeso um
judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente e muito versado nas
Escrituras. 25Fora instruído na «Via» do Senhor e, com o espírito cheio de
fervor, pregava e ensinava com precisão o que dizia respeito a Jesus, embora só
conhecesse o baptismo de João. 26Começou a falar desassombradamente na
sinagoga. Priscila e Áquila, que o tinham ouvido, tomaram- no consigo e
expuseram-lhe, com mais precisão, a «Via» do Senhor. 27Como ele queria partir
para a Acaia, os irmãos encorajaram-no e escreveram aos discípulos, para que o
recebessem amigavelmente. Quando lá chegou, pela graça de Deus, prestou grande
auxílio aos fiéis; 28pois refutava energicamente os judeus, em público,
demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Messias.
Paulo prossegue a sua viagem missionária pela
Galácia e pela Frigia. Os seus companheiros, Priscila e Áquila, ficam em Éfeso,
onde conhecem Apolo, notável pregador, teólogo e missionário que, todavia, não
tinha uma boa formação cristã. A sua pregação sobre Jesus era incompleta. E é o
casal amigo de Paulo que lhe expõe «com mais precisão, a «Via» do Senhor» (v.
26). É interessante esta intervenção de dois leigos, em relação a um teólogo
missionário com a envergadura de Apolo. Toda a Igreja participa na obra da
evangelização, cada um com os seus limites, mas sempre com o apoio e as achegas
dos irmãos. Apolo, uma vez «actualizado» vai dar um contributo notável para o
enraizamento da fé na Grécia.
Evangelho: Jo 16, 23b-28
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 23Nesse dia, já não me perguntareis nada. Em verdade, em verdade
vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, Ele vo-la dará. 24Até
agora não pedistes nada em meu nome; pedi e recebereis. Assim, a vossa alegria
será completa.» 25«Até aqui falei-vos por meio de comparações. Está a chegar a
hora em que já não vos falarei por comparações, mas claramente vos darei a
conhecer o que se refere ao Pai. 26Nesse dia, apresentareis em meu nome os
vossos pedidos ao Pai, e não vos digo que rogarei por vós ao Pai, 27pois é o
próprio Pai que vos ama, porque vós já me tendes amor e já credes que Eu saí de
Deus. 28Saí do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e vou para o Pai.»
Os discípulos não estavam acostumados a rezar
em nome de Jesus (v. 24). A vinda do Espírito Santo inaugura um tempo novo no
qual poderão dirigir-se ao Pai em nome de Jesus, porque o seu Senhor, em força
da sua passagem para o Pai, se tornou verdadeiro mediador entre Deus e os
homens.
Depois, Jesus lança um olhar ao passado, para dizer que se serviu de palavras e imagens, que encerravam um significado profundo, que nem sempre os discípulos podiam compreender. Mas, de futuro, depois da páscoa, as suas palavras serão compreendidas e atingirão o íntimo dos corações, graças à intervenção do Espírito Santo.
A oração será o «lugar» onde os discípulos conhecerão a relação profunda que existe entre Jesus e o Pai, e de Jesus e do Pai com eles. O perfeito entendimento no amor e na fé com Jesus, fará com que a oração dos discípulos seja feita de modo conveniente e, por isso, aceite pelo Pai.
Depois, Jesus lança um olhar ao passado, para dizer que se serviu de palavras e imagens, que encerravam um significado profundo, que nem sempre os discípulos podiam compreender. Mas, de futuro, depois da páscoa, as suas palavras serão compreendidas e atingirão o íntimo dos corações, graças à intervenção do Espírito Santo.
A oração será o «lugar» onde os discípulos conhecerão a relação profunda que existe entre Jesus e o Pai, e de Jesus e do Pai com eles. O perfeito entendimento no amor e na fé com Jesus, fará com que a oração dos discípulos seja feita de modo conveniente e, por isso, aceite pelo Pai.
Meditatio
«Pedi e recebereis... a vossa alegria será
completa». Estas palavras de Jesus mostram-nos o seu amor por nós. Ele está
disposto a dar-nos tudo o que desejamos. Só temos que apresentar os nossos
pedidos ao Pai, em seu nome. E garante-nos que Pai nos ama, porque nós amamos a
Ele, Jesus, e acreditamos que Ele saiu de Deus (cf. v. 27).
«Saí do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e vou para o Pai», afirma Jesus (v. 28).
Jesus volta para o Pai, levando-nos com Ele. Assim, a nossa oração de súplica é uma entrada no amor recíproco do Pai e do Filho. O que pedimos ao Pai é-nos concedido em nome do Filho. E nós devemos pedir em nome do Filho, porque Ele está junto do Pai, vivo a interceder por nós. O Pai escuta-nos, mas também o Filho nos escuta: «O que me pedirdes, Eu o farei». Estamos envolvidos no amor do Pai e do Filho. É essa a nossa alegria.
Esta página de João provoca-me: porque alcanço tão pouco? Porque sou tão pouco eficaz? Porque é que a minha alegria é tão raramente plena? Mais: como é que o mistério da união do Filho com o Pai me atrai tão pouco? Como é que sinto tão pouco o poder de Deus na minha acção? Não estarão os meus olhos demasiadamente voltados para a realidade deste mundo e pouco voltados para o mistério de Deus, para o amor do Pai para com o Filho e do Filho para com os discípulos? O olhar para o mundo é certamente necessário; mas não me ajudará a salvá-lo, se não o olhar com os olhos e com o coração do Pai que deu o Filho para salvar o mundo e quer envolver-nos nessa aventura decisiva. O olhar de Deus levar-me-á a ver as necessidades muitas vezes escondidas das pessoas e a encontrar, para elas, não só remédio humano, mas também remédio divino, a alegria completa de lhes apresentar o amor que tudo redime.
A oração perene tem a sua fonte na oração de intimidade, que é a experiência pessoal do amor de Deus: sentir-se amados e possuídos por Ele. É a oração contemplativa. E se o meu problema central fosse um défice de contemplação? A amorosa contemplação das relações intra-trinitárias, e a contemplação do mistério de Cristo, particularmente do seu Lado aberto e do seu Coração trespassado, é para nós um chamamento à confiança, ao abandono, à oblação. Ao mesmo tempo, é uma poderosa fonte de força para o nosso apostolado. Contemplando o amor oblativo de Deus, sentimo-nos estimulados a vivê-lo, não só na relação com Deus, mas também na relação com os nossos irmãos.
«Saí do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e vou para o Pai», afirma Jesus (v. 28).
Jesus volta para o Pai, levando-nos com Ele. Assim, a nossa oração de súplica é uma entrada no amor recíproco do Pai e do Filho. O que pedimos ao Pai é-nos concedido em nome do Filho. E nós devemos pedir em nome do Filho, porque Ele está junto do Pai, vivo a interceder por nós. O Pai escuta-nos, mas também o Filho nos escuta: «O que me pedirdes, Eu o farei». Estamos envolvidos no amor do Pai e do Filho. É essa a nossa alegria.
Esta página de João provoca-me: porque alcanço tão pouco? Porque sou tão pouco eficaz? Porque é que a minha alegria é tão raramente plena? Mais: como é que o mistério da união do Filho com o Pai me atrai tão pouco? Como é que sinto tão pouco o poder de Deus na minha acção? Não estarão os meus olhos demasiadamente voltados para a realidade deste mundo e pouco voltados para o mistério de Deus, para o amor do Pai para com o Filho e do Filho para com os discípulos? O olhar para o mundo é certamente necessário; mas não me ajudará a salvá-lo, se não o olhar com os olhos e com o coração do Pai que deu o Filho para salvar o mundo e quer envolver-nos nessa aventura decisiva. O olhar de Deus levar-me-á a ver as necessidades muitas vezes escondidas das pessoas e a encontrar, para elas, não só remédio humano, mas também remédio divino, a alegria completa de lhes apresentar o amor que tudo redime.
A oração perene tem a sua fonte na oração de intimidade, que é a experiência pessoal do amor de Deus: sentir-se amados e possuídos por Ele. É a oração contemplativa. E se o meu problema central fosse um défice de contemplação? A amorosa contemplação das relações intra-trinitárias, e a contemplação do mistério de Cristo, particularmente do seu Lado aberto e do seu Coração trespassado, é para nós um chamamento à confiança, ao abandono, à oblação. Ao mesmo tempo, é uma poderosa fonte de força para o nosso apostolado. Contemplando o amor oblativo de Deus, sentimo-nos estimulados a vivê-lo, não só na relação com Deus, mas também na relação com os nossos irmãos.
Oratio
Ó Jesus: Tu ensinas-me a pedir em teu nome, a
fazer minha a tua causa, a ver o mundo com os teus olhos, e dar-me como Tu te
deste ao Pai pelos homens. Como estou longe de tudo isso! É por essa razão que
tantas vezes me sinto desiludido na minha oração, e desanimo no meu apostolado
e no serviço aos meus irmãos.
Olha, Jesus, com piedade, as minhas veleidades em Te servir. Vem ao encontro das minhas ilusórias esperanças de gratificação. Ampara-me, purifica-me.
Olha, Jesus, com piedade, as minhas veleidades em Te servir. Vem ao encontro das minhas ilusórias esperanças de gratificação. Ampara-me, purifica-me.
Dá-me um coração semelhante ao teu. Dá-me o
impulso desinteressado do teu amor. Ajuda-me a amar Contigo e como Tu. Amen.
Contemplatio
O encorajamento à oração é um dos primeiros
ensinamentos do Sermão da montanha.
Nosso Senhor rezava muito. Juntava o exemplo às suas exortações. Retirava-se para a solidão para rezar. Passava lá muitas vezes a noite. Passou quarenta dias no deserto a rezar.
Rezava por nós; rezava também para nos dar o exemplo da oração. Muitas vezes recomendava-a aos seus discípulos. Dizia-lhes como é preciso rezar sempre e sem cessar.
A fim de lhes mostrar como a perseverança na oração é eficaz para obter o que se pede, propunha-lhes a parábola do juiz e da viúva.
A pobre viúva viera várias vezes pedir justiça, mas em vão. No fim, o juiz diz para consigo mesmo: «Se bem que eu não queira saber nem de Deus nem dos homens, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, com receio que no fim ela não venha fazer-me alguma afronta».
Pensais, acrescentava o Salvador, que Deus não fará justiça aos seus eleitos que clamam para Ele de dia e de noite?
Propunha-lhes também este outro exemplo do amigo o qual pela sua importunidade pede ao seu amigo que lhe empreste os pães de que tem necessidade (Lc 11).
Encorajava a sua confiança dizendo-lhe: «Pedi e recebereis» (Leão Dehon, OSP 3, p. 69).
Nosso Senhor rezava muito. Juntava o exemplo às suas exortações. Retirava-se para a solidão para rezar. Passava lá muitas vezes a noite. Passou quarenta dias no deserto a rezar.
Rezava por nós; rezava também para nos dar o exemplo da oração. Muitas vezes recomendava-a aos seus discípulos. Dizia-lhes como é preciso rezar sempre e sem cessar.
A fim de lhes mostrar como a perseverança na oração é eficaz para obter o que se pede, propunha-lhes a parábola do juiz e da viúva.
A pobre viúva viera várias vezes pedir justiça, mas em vão. No fim, o juiz diz para consigo mesmo: «Se bem que eu não queira saber nem de Deus nem dos homens, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, com receio que no fim ela não venha fazer-me alguma afronta».
Pensais, acrescentava o Salvador, que Deus não fará justiça aos seus eleitos que clamam para Ele de dia e de noite?
Propunha-lhes também este outro exemplo do amigo o qual pela sua importunidade pede ao seu amigo que lhe empreste os pães de que tem necessidade (Lc 11).
Encorajava a sua confiança dizendo-lhe: «Pedi e recebereis» (Leão Dehon, OSP 3, p. 69).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Pedi e recebereis... a vossa alegria será completa». (Jo 16, 24).
«Pedi e recebereis... a vossa alegria será completa». (Jo 16, 24).
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