Terça-feira, 09 de
janeiro de 2018.
Evangelho: Mc 1,21b-28
“Eu sei quem tu
és: tu és o Santo de Deus” (Mc 1,24)
Era sábado, dia
sagrado para os judeus. Este dia era reservado para ir ao Templo e louvar o
Senhor com ternura. Entretanto, não era permitido pela Lei judaica de
trabalhar, fazer cura ou qualquer movimento que demonstrasse serviço. Jesus quebra a tradição no templo e com autoridade expulsa demônios
que atormenta um homem.
Na verdade o evangelista Marcos
está refletindo para sua comunidade a força contra o mal envolto da fé. Nas
reflexões de Marcos a luta contra os demônios, diabos, satanás e coisa do mal
está em evidência. São personagens que representam o aniquilamento social e o
atraso do bem viver do povo.
O homem possuído pelo demônio estava no templo. Não
era para o mal fazer parte daquela estrutura. No templo esperam-se pessoas
contritas com Deus. Já o demônio não pode estar lá no meio do povo. Mas além de
estar no templo, possuía uma pessoa para enfrentar Jesus.
As pregações de
Jesus carregavam desejo de libertação. Não poderia o homem viver na desolação e
na morte. Os doutores da Lei falavam bonito, mas não convergia em palavras de
ação concreta para desalienar o povo.
Suas palavras ecoavam o nome do Senhor, mas suas práticas não valiam para
abençoar e renovar os caminhos do servo de Deus.
Contudo, Jesus falava como os
doutores, mas com um diferencial: Jesus pregava com a persuasão de que os olhos
dos cegos enxergassem, os ouvidos dos
surdos ouvissem e os coxos andassem retamente. Jesus não enganava ninguém, ele
queria o bem e liberdade para todos.
Quantos são os
doutores que hoje falam bonito, têm boa retórica e falam em nome de Deus. São
os lobos cobertos com peles de cordeiros que aproveitam da simplicidade do povo
para extorqui-lo. Aliena-se para ter o controle maciço nas mãos com intuito
próprio. São os aproveitadores da singeleza de uma legião que acredita por
saber falar bem. Estes doutores da Lei não estão distante do homem, estão dentro das igrejas, nas associações,
nas escolas, nos clubes e na política partidária. São demônios apossando-se dos bens do povo para
manter os privilégios a custa do trabalho árduo dos pobres.
Foram estes
demônios que Jesus expulsou do homem possuído.
Jesus exigiu que saísse do homem e o deixasse em paz. Encontrou
resistência, mas com a severidade e com a missão do livramento, o demônio
foi-se embora.
Todos admiraram. Como pode um homem
ter tanto poder que até o demônio obedeceu? Olha que o demônio sabia bem quem
era Jesus e chegou a afirmar que era Filho de Deus, vindo de Nazaré. Sem
sombra de dúvidas, Jesus veio de Nazaré para dar oportunidade para
aqueles que encontravam-se rejeitado!
Portanto, o
espírito mal tenta manter o controle do
poder a qualquer custo. Para conservar a hegemonia popular afirma até conhecer
e ser amigo de Deus. Todo cuidado é pouco para não cair na armadilha. Mas com a
força no poder de que somente em Deus pode-se encontrar o alimento para
fortificar contra o mal, nada apossará do filho destemido de Deus. A coragem de
enfrentar o mal deve perfazer com destreza
o ser espiritual do homem que agarrou o Cristo com determinação e levou
a libertação do mal. Amém!
Abraços
Claudinei
M. Oliveira
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