10 de Abril- Segunda - Evangelho - Jo 12,1-11
Bom dia!
Antes de tudo reflita essa frase. Pode até parecer um grande
jargão, mas O MUNDO AO NOSSO REDOR MUDA QUANDO RESOLVEMOS, DE FATO, MUDAR
TAMBÉM.
Voltando… Esse evangelho nos apresenta diversas possibilidades de
reflexão entre elas: ATITUDE, DEDICAÇÃO E O VALOR REAL E APARENTE DAS COISAS.
(…) Atitude: “Então Maria pegou um frasco cheio de um perfume muito
caro, feito de nardo puro. Ela derramou o perfume nos pés de Jesus e os enxugou
com os seus cabelos”
Quando realizamos ou desempenhamos uma função seja ela no trabalho,
em casa, na igreja, (…) temos que ter a idéia se isso vale a pena, pois se
tivermos a convicção que isso tem um grande valor teremos mais motivação para
dar o máximo para que este se concretize. Ninguém joga um jogo (nem palitinho)
pensando e perder. Quem entra num jogo sem vontade de dar o seu máximo, não
conseguirá motivar ninguém a jogar com você novamente. Nossas pastorais carecem
de gente de atitude e motivada.
Note que a vontade de Maria era agradar seu ilustre hóspede, por
isso não mediu esforços para que isso acontecesse. Não estou falando do valor
do frasco de perfume, mas na atitude de ter oferecido o seu melhor para
agradar. E nós? Ofertamos o nosso melhor no que fazemos?
(…) Dedicação: “E toda a casa ficou perfumada”.
Quando de fato nos entregamos a algo de todo coração, não há como,
o que esta a nosso redor também não se “contaminar”. Fazer algo com prazer e
focado nas pessoas nos gratifica ao ponto de vermos a graça de Deus pairando
sobre o que estamos fazendo. Isso não se estende somente a igreja, a um grupo,
a uma comunidade. Esse gesto intenso de amor tem grandes frutos nos ambientes
de trabalho e de convívio social.
(…) valor real e valor aparente: “Este perfume vale mais de trezentas
moedas de prata. Por que não foi vendido, e o dinheiro, dado aos pobres”?
Boa parte das grandes idéias e ações não sai do papel ou no
primeiro ano de aplicação por falta de convencimento pessoal ou de fé em si
mesmo. Pergunte-se: O que faz ou esta fazendo atualmente lhe agrada? Consegue
ver os frutos do seu trabalho nascer? Esta convencido que não esta sozinho ou
que o pensamento ou idéia não é só seu? Consegue manter um projeto, ideal ou
sonho sozinho? Todo esforço já empenhado valeu a pena?
Conheço pessoas que tem a sensação que carregam suas comunidades
nas costas. E assim também são no trabalho, em casa, na rua, (…). O que
procuram? Refletem sobre isso?
O zelo pode também esconder a necessidade que temos de valorização.
Ninguém conseguirá, sem conhecer bem sobre o assunto, apresentar o devido valor
a algo ou a alguém. Para um simples leigo um quadro de Van Gogh não deixará de
ser uma tela qualquer ou um emaranhado de tintas, mas aos olhos de que de fato
nos conhece, sabe o que fazemos e como estamos fazendo.
Maria, do evangelho de hoje, soube através da simplicidade, a quem
deveria agradar. Não podemos esperar de quem não conhece ou ama, o devido valor
pelas coisas que fazemos. Não fazemos e nem podemos fazer algo apenas por A ou
B, pois a essência do nosso trabalho deve perfumar a casa toda onde todos
habitam.
Um canto não pode agradar apenas minha pastoral; minhas decisões
não podem ser tão individualistas que neguem a entrada dos irmãos. A idéia pode
ser minha, mas a obra é de Deus e por Ele que nos empenhamos.
“(…) Pois toda casa tem seu construtor, mas o construtor de todas
as coisas é Deus. Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo e testemunha
das palavras de Deus. Cristo, porém, o foi como Filho à frente de sua própria
casa. E sua casa somos nós, contanto que permaneçamos firmes, até o fim,
professando intrepidamente a nossa fé e ufanos da esperança que nos pertence”.
(Hebreus 3, 3-6)
O que faço vale muito! Derrame-se por completo!
Um imenso abraço fraterno.
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