02-05-2017-
Jo 6,30-35
Bom dia!
Os milagres não eram a principal ação de Jesus.
Ele fazia questão de deixar claro isso, mas o apego ao visível obscurecia a
graça invisível. O povo de Cafarnaum, bem como da Judéia não havia entendido
que a mensagem sobrepõe-se ao tocável, e de fato não entenderiam visto que
culminou com a ida de Jesus para a cruz.
Esse apego ainda perdura até nossos dias e
parece ser nosso. Parece ser algo que precisamos constantemente para reafirmar
nossas convicções de fé. Poderíamos chamar isso de carência da nossa natureza
humana?
“(…) Portanto, meus irmãos, nós temos uma
obrigação, que é a de não vivermos de acordo com a nossa natureza humana.
Porque, se vocês viverem de acordo com a natureza humana, vocês morrerão
espiritualmente; mas, se pelo Espírito de Deus vocês matarem as suas ações
pecaminosas, vocês viverão espiritualmente Pois aqueles que são guiados pelo
Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Romanos 8, 12-14)
Por vezes vi e teci comentários bem delineados
sobre a falta de fé de São Tomé quando condicionou sua crença a tocar nas
cicatrizes de Jesus, mas por vezes também somos assim. Partindo dessa afirmação
notamos a dimensão que tem o nosso testemunho de vida e oração. Somos reflexos
do criador, mas nós BUSCAMOS OS MILAGRES OU A PRESENÇA DE JESUS?
Todos conhecem ou já ouviram falar o contexto
cristão da expressão “O EXEMPLO ARRASTA”. Ela se aplica bem ao evangelho de
hoje. Se nos apegamos aos milagres extraordinários não conseguiremos convencer
ninguém dos ordinários. Se como liderança, coordenador, ministro, catequista,
(…) me apego ao visível, como convencerei as pessoas que caminhem sobre as
águas?
Temos por acaso conhecimento ou conhecemos o
trabalho feito pelas intercessoras da RCC? Conhecemos algo da dinâmica desse
ministério de serviço? A grosso modo, elas (porque geralmente são mulheres)
ficam de fora do que acontece nos grandes encontros; revezam-se na presença do
Senhor, seja Ele eucarístico ou contemplativo na oração, durante horas e horas.
Pouco as vemos, pouco assistem dos encontros, mas não deixam de acreditar.
Uma irmã intercessora diz com muita simplicidade
(ou seria sabedoria?) que a presença de Jesus sentida já vale o encontro.
Talvez seja essa a fonte da fortaleza dessas senhoras. São difíceis de serem
vistas tristes. A idade talvez já se faça injusta, mas os joelhos ainda estão
dispostos a tocar o chão por quem precisa (…) será que era isso que Jesus quis
dizer no evangelho de hoje? “(…) Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca
mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
Alguém poderia perguntar: Mas eu conheço um
monte de intercessoras que vivem reclamando disso e daquilo! Mas é claro que
reclamam, elas são humanas! Sofrem com a idade, tem saudade, ficam doentes, (…)
por que seriam diferentes? O que enalteço é a forma devocional e respeitosa que
se apresentam ao Senhor. “A sua presença basta” ou como diriam os discípulos de
Emaús: Fica conosco Senhor!
Buscar o senhor apenas por interesse é voltar a
viver do maná que caía do céu. Amar o Senhor sobre todas as coisas não é por
acaso que é o primeiro mandamento. Nosso Deus é um ser amoroso e compassivo e
como diria Isaias “busquemos enquanto Ele se deixa encontrar”.
Santas intercessoras! Hoje uma ave Maria por
vocês!
Um imenso abraço fraterno
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