14 de Novembro
- Sexta
- Evangelho - Lc 17,26-37
Está preparado o banquete da Eucaristia e o
banquete eterno. Seria este o título da homilia de hoje. Jesus deixou aos discípulos o sinal do
pão e do vinho na última Ceia e anunciou-lhes que havia de participar com eles
do banquete no reino de seu Pai. Neste texto de hoje se fala do reino, do
banquete e da preparação indispensável para não ser excluído.
Em cada Eucaristia nós dizemos. «Vem, Senhor Jesus». Pedimos a sua
vinda, mas não nos podemos esquecer da preparação para essa chegada e perder o
tempo de se preparar. Eis uma advertência de permanente atualidade. Neste tempo
em que as preocupações do material fazem esquecer o essencial, o espiritual, a
advertência do Evangelho tem permanente atualidade.
Deus nos chama a atenção. A Igreja dá-nos oportunidade e Jesus
Cristo avisa-nos para não cair na tentação do desleixo. Para possuir a
sabedoria e saber estar preparado. Cada Eucaristia antecipa sacramentalmente esta
caminhada para a sala das núpcias. A Eucaristia é a grande preparação para o
banquete do Reino. S. Paulo afirma a fé na ressurreição e anima todos os
crentes na certeza de que na ressurreição «Deus
levará com Jesus aqueles que tiverem morrido em união com Ele».
É a
vitória da vida sobre a morte, é aquilo que todo o ser humano deseja que Paulo
nos anuncia. E com toda a Igreja professamos: creio na vida do mundo que há-de
vir, a vida em Deus só o Espírito Santo a pode dar. Mas tudo isso só será
possível se nós estivermos sempre preparados. Aliás, diz o ditado: O futuro só
a Deus pertence. É dever de todo o homem de fé esperá-lo e prepará-lo com
prudência.
O presente
é o momento ideal para adquirir tudo quanto desejaríamos possuir na hora da
chegada do Esposo. Deus é o ponto de chegada da nossa existência valorizada
aqui e agora pelos nossos propósitos e ações, atitudes e comportamentos.
Quando
Jesus se apresentou a pregar o Reino, anunciou que ele está próximo. Hoje a
pregação de Jesus é idêntica, os destinatários são os homens do nosso tempo,
sou eu, é você, somos cada um de nós. Meditar e viver agora o que
quereríamos ter feito amanhã, eis o projeto e o programa a executar. O futuro
prometido por Deus deve ser preparado por cada um dos cristãos, homens e
mulheres da Igreja que escutam e meditam a palavra divina, quer
individualmente, quer inseridos nas pastorais.
É fundamental que sejamos já aqui e agora homens novos, virgens
prudentes, de lâmpada acesa, de modo a evitar portas fechadas no momento da
entrada para o banquete. Saiba que vivemos em um mundo que oferece
sérios riscos e quedas, que se repetem ao lado da evolução tecnológica ou
simplesmente da hipermodernidade.
Não se
esqueça que você é o agente da história hoje. A advertência que nos faz o
Evangelho é incentivo para todos, porque o Senhor é o «fim da história humana».
Ele é a garantia de que nossa história pode ser construída de forma positiva
com a sua ajuda. A presença de Cristo na história é constante, exigente e
eficaz. É estímulo e motivo de esperança, única garantia da edificação do
Reino, do homem novo e do mundo novo.
Pai, dá-me
suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo,
pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.
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