“MEU SENHOR E MEU DEUS!” – Olivia Coutinho

Dia 03 de Julho de 2019

Evangelho de Jo20,24-29

Festa do Apóstolo Tomé!

Sempre que a Igreja faz memória a um Santo, ela quer chamar a nossa atenção para o seu testemunho, e o testemunho de São Tomé, retrata a fragilidade humana, compreendida  por Jesus.

Não somos tão diferentes do apóstolo Tomé, assim como ele, nós também, por algum momento, vacilamos na fé, o que não significa incredulidade. Não podemos afirmar que Tomé era incrédulo, ele teve sim, o seu vacilo na fé, mas quem de nós, não está sujeito a estes momentos de fraquezas?

A figura de São Tomé ficou marcada muito mais pelo o seu vacilo na fé, do que pela a sua profissão de fé.

Tomé tinha muitas duvidas a respeito da ressurreição de Jesus, e mesmo quando seus irmãos de comunidade atestaram terem visto Jesus, ele não acreditou, exigindo uma constatação pessoal para poder acreditar. “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Para acreditar que Jesus havia mesmo ressuscitado, Tomé pretendeu não somente uma constatação visual, como também, tocar nas chagas de Jesus. E esta constatação, ele pode ter, oito dias depois, quando Jesus Ressuscitado, apareceu novamente para a comunidade dos apóstolos, desta vez ele estava  presente.

Não foi somente Tomé que ficou descrente depois da morte de Jesus, houve uma desestruturação geral na comunidade dos apóstolos, pois tudo o que acontecera com o Mestre, fugia à compreensão deles.

Os apóstolos, tiveram muitas dificuldades para acreditar que Jesus iria  ressuscitar,  alguns deles, perderam a esperança tão rápido, que  já estavam  voltado para o seu lugar de origem, como os discípulos de Emaús e o próprio Tomé.

A incredulidade de Tomé nos ajudou a crescer na fé! Podemos interpretar este episódio, como sendo uma providencia Divina, para nos alertar sobre a importância de cultivarmos a  fé. Como disse S. Gregório Magno: “A incredulidade de Tomé foi mais útil à nossa fé do que a fé dos discípulos crentes.”

Como podemos constatar no evangelho, Jesus não repreendeu Tomé, apenas o alertou, convidando-o a crer e a ser fiel a Ele, nos  mostrando, que para Jesus, não importa o nosso passado o nosso vacilo, o que vale para Jesus é o que nos propomos a ser a partir do nosso encontro com Ele! Tomé conviveu com Jesus por um bom tempo, mas foi no encontro com o Ressuscitado, que ele abraçou de vez, a fé.

Como Tomé, nós também, estamos  sujeitos a pequenas crises de fé. Tropeçar, cair, faz parte da vida de quem está numa caminhada, agora, ficar no chão, ou levantar, depende do querer de cada um de nós. Tomé caiu, mas não permaneceu no chão, ele levantou logo, e reconheceu Jesus como o único Deus e Senhor de sua vida.

Como um ser humano imperfeito, Tomé  vacilou na fé, mas depois do seu encontro com o Cristo Ressuscitado,  ele fez uma belíssima profissão de fé: “MEU SENHOR E MEU DEUS”! Profissão de Fé, que hoje, nós também fazemos, durante as celebrações Eucarísticas: MEU SENHOR E MEU DEUS!

As pessoas de todos os tempos e lugares encontram nas Escrituras o testemunho dos discípulos, mas isto não dispensa a necessidade de termos um encontro pessoal com o Cristo Ressuscitado, pois é a partir deste encontro, que abraçamos a fé.

“Felizes os que creem sem terem visto!” Estamos incluídos nesta Bem aventurança, porque nós acreditamos na ressurreição de Jesus, sem ter visto. E a creditamos, graças ao testemunho dos apóstolos...

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olivia Coutinho

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