15º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Evangelho Lc 10, 25-37
-O bom samaritano- Lc 10, 25-37-José Salviano
E eis que se levantou um
certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a
vida eterna?
E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.
E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.
Jesus
insistiu na importância e na necessidade da caridade para a nossa salvação. A
necessidade da caridade para que haja paz no mundo.
Por que nem todos aqueles que
dizem: Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus. E no Evangelho de
hoje Jesus nos explica através de uma parábola, que a prática da
nossa fé não vale nada sem a prática da caridade. Jesus nos mostra que nem todo
aquele que vive enfiado na Igreja, são na prática, na realidade, cristãos
completos. Isto porque, a fé que demonstram em suas orações, pode não estar
acompanhada da prática que é a caridade.
A
liturgia deste domingo nos adverte para não termos uma fé mutilada. Os dois
principais mandamentos, são: Amar a Deus e ao próximo como a nós mesmo. O
sacerdote e o levita, levavam uma vida de amar da Deus, mas na prática não
demonstraram o seu amor ao próximo necessitado caído no chão precisando de
socorro. A isso podemos chamar de uma fé mutilada. Uma fé em que está
faltando a outra parte. O amor ao próximo. Quantos de nós já não agimos assim.
Vamos à igreja, juramos o nosso amor a Deus, até batemos no peito, e quem sabe
já até choramos, em nossas orações em pleno desespero. No entanto, ao
sair da igreja ignoramos o irmão carente que nos implora uma ajuda.
Há
uma pequena diferença entre a caridade e a misericórdia: caridade é ajudar de
várias formas o nosso irmão, necessitado, ou não. E a misericórdia, é
especialmente socorrer o irmão em uma emergência. O que não deixa de ser também
uma prática de caridade. Em outras palavras, misericórdia é o ato de
socorrer o próximo em suas necessidades vitais, através de ações de
caridade.
Este
socorro a que prestamos ao nosso irmão pode ser:
1-ESPIRITUAL:
Consolar, orientar, ensinar, confortar na hora do desespero, dar apoio moral,
fazer companhia, perguntar se precisa de alguma coisa. Porém, se o nosso
socorro se resultar apenas nisso, ele pode transforma-se em uma CARIDADE
TEÓRICA. E Jesus quer que amemos o nosso irmão na prática.
2-CORPORAL:
Curar as feridas como o fez o bom samaritano, agasalhar, abrigar, dar remédios,
matar a fome e a sede, ajudar o irmão caído a se levantar, ou a se
locomover, dar esmolas, etc.
"Quem tiver duas túnicas reparta-a com aquele que não tem, e quem tiver o
que comer, faça o mesmo"
"Quando você der uma esmola a um mendigo, foi a mim que você deu"
Desse
modo, segundo as suas palavras, Jesus está na pessoa do irmão necessitado. Você
quer agradar a Deus? Então agrade o seu
irmão!
Jesus
quer misericórdia em vez de sacrifício. Vejam que o bom samaritano foi
misericordioso. Nós precisamos nos preparar para merecermos a salvação eterna.
E essa preparação deve ser feita não somente com devoções, penitências e
orações mais também com obras de caridade. Porque A FÉ SEM OBRAS NÃO VALE
NADA. Se fizermos isso, se agirmos assim, estaremos nos despojando do
"velho homem" e nos revestindo do "homem novo" merecedor da
glória eterna.
A
caridade nos faz um grande bem. Ela nos proporciona a alegria e a paz interior,
pois nos faz merecedores do PERDÃO DOS NOSSOS PECADOS LEVES, além de nos
impulsionar a prática da misericórdia desinteressada e sem almejar
retornos. Repare que o samaritano não visou nenhuma recompensa: Votos nas
próximas eleições, devolução do dinheiro, ou mesmo de nenhum favor daquele
pobre homem caído à beira do caminho. Ele simplesmente interrompeu o que ia
fazer e ajudou o irmão com todas as suas forças numa doação de si mesmo, pois
ficou a noite inteira do lado do desconhecido. Isso é amar o próximo como a nós
mesmos.
Assim,
o objetivo final de todas as nossas obras de caridade e de misericórdia é o
amor a Deus e ao próximo. A meta da nossa caminhada terrena é chegar cada vez
mais perto da perfeição. E ao atingirmos este fim, ganharemos o prêmio final e
repousaremos em paz.
Eram
dois homens, dois vizinhos. Um muito devoto, e outro, boa gente, mas
muito desligado. Eis que aconteceu um acidente em frente as casas dos dois. O
devoto disse e repetia várias vezes: Coitada da mulher! Meu Deus tem piedade
dessas pessoas... Enquanto o outro seu vizinho que não praticava nenhuma
religião, sem dizer palavra alguma, liderou a operação resgate daquelas
vítimas, ligou para a ambulância, e para polícia, e acompanhou os envolvidos no
acidente até o pronto socorro!
Na
sua opinião qual dos dois foi o próximo daquelas pessoas acidentadas?
Então vai e faça a mesma coisa!
Um
bom domingo na paz do Senhor.
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