-De onde lhe vem esta sabedoria e estes milagres?- Evangelho - Mt 13,54-58-José Salviano

02 de Agosto de 2019

Evangelho Evangelho - Mt 13,54-58

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Eles também precisam ser salvos.

E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas?
Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?
E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto?
E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.
E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles.

De onde lhe vem esta sabedoria e estes milagres? Foi o que disseram os conhecidos  da família de Jesus, naquele dia na sinagoga, quando Ele falava palavras luminosas.

Luminosas por que são palavras que iluminam as mentes dos que as ouvem. Porém, aquelas pessoas ali presentes na sinagoga da cidade  de Jesus, não o reconheceram como profeta.

E foi por isso que Jesus disse: “Um profeta só não é valorizado em sua cidade, em sua casa.”

Até nos dias de hoje, um catequista ou mesmo um leigo engajado, pode ser rejeitado, ignorado,  e mal recebido em sua própria família.  Piadinhas,  desatenção às suas palavras luminosas, e mesmo contestação, é o que pode acontecer por vezes, na família dos missionários dos tempos de hoje.

O profeta é aquele  ou aquela que anuncia e denuncia.  Anuncia a palavra de Deus,  e denuncia as maldades dos homens e das mulheres, e de todos os mortais que se recusam a aceitar  o Evangelho, assim como aqueles  que o anunciam. 

Os profetas incomodavam aos injustos.  Hoje também, os catequistas podem também incomodar os que seguem outros caminhos que não os caminhos do Evangelho. Por isso, os missionários podem ser criticados.

Quando vemos um professor, um catequista, um homem público ser elogiado e querido por todos,  podemos entender que ali tem coisa errada. Pois quem agrada a todos, não é uma pessoa autêntica. Se você agrada aos injustos e aos justos,  você não é um indivíduo autêntico, porque você não tem lado.  Você pode estar em cima do muro, ao tentar agradar a todos.

O profeta, o catequista,  não pode maquiar  sua palavras, tentando dizer coisas que agradam a todos.  Pois é preciso botar o dedo na ferida, e dizer a verdade que está acontecendo em sua volta. É preciso imitar Jesus, é preciso denunciar.  E quando denunciamos, estamos cutucando leões com vara curta, e só Deus pode nos librar dos seus contra ataques.

E Jesus disse: “ Ou você é por mim, ou contra mim. E ainda: é impossível agradar a dois senhores.”.

Ali na sua cidade, Jesus não fez muitos milagres, pois para haver milagre, é preciso que exista fé.  E os seus  conterrâneos não acreditavam em sua pessoa, pois não conseguiam vê-lo como o Filho de Deus, mas sim, como um homem filho de José e de Maria.

É por isso que adolescentes não escutam os pais.  Eles valorizam muito mais as palavras e os conselhos dos amigos, dos professores, do que as recomendações e orientações daqueles que os botaram nesse mundo e os querem bem de verdade, sem  falsidade e sem interesses!

Agora, se o catequista é de outra cidade, de outro lugar qualquer, os fiéis prestarão atenção às suas palavras.  A assembleia  dá muito mais valor ao um leigo de outra comunidade, do que a um colega da pastoral que se põe lá na frente para explicar a palavra, ou fazer uma palestra.

Mais não nos revoltemos com esta realidade, pois ela faz parte do psiquismo humano.  Não conseguimos valorizar o cotidiano.  Quando andamos pelas ruas do nosso bairro, nem prestamos atenção nas casas. Pois aquilo tudo já virou rotina. Ao contrário, quando estamos em uma cidade diferente, nós observamos tudo.  E é por isso que de vez em quando nós precisamos viajar, para descansar.  E na viagem nós não ficamos dormindo o tempo todo, pelo contrário, nós caminhamos,  nos movemos o dia todo, e depois voltamos refeitos, descansados. E isso acontece, por que descansar, é mudar de atividades.

Não prestamos atenção ao filho do nosso amigo, aos nossos pais, nossos irmãos, que  vêm nos dar conselhos. Pois  queremos ouvir conselhos de pessoas estranhas, diferentes, e não dos que nos são familiares.

Fica com Deus. José Salviano.