REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/09/2018
-Lucas 9,1-6
"MISSÃO DOS DOZE APÓSTOLOS "
Meus irmão e irmãs, somos impulsionados,
por Cristo, a anunciar o Evangelho aos irmãos sedentos da palavra do
Senhor. Pelo batismo nos tornamos verdadeiros profetas e bons mensageiros da
palavra de Salvação para o mundo.
O Evangelho que a liturgia nos convida a
refletir neste dia de hoje, nos é apresentado a missão dos doze apóstolos, eles
são enviados para anunciar o Reino de Deus .
Jesus enviou seus apóstolos, dando-lhes pleno poder e
autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades. Recomendou que
não levassem nada consigo, nem mochila,
nem pão, nem dinheiro. É a pobreza que caracteriza o
verdadeiro, missionário, que continua até hoje, dois mil anos depois,
a missão de Jesus, com o mesmo fervor e zelo apostólico. Porque o
verdadeiro apóstolo não deve preocupar-se em ser ou não ser aceito e aplaudido.
Nem preocupar-se com o que acontecerá com ele. Mas preocupar-se somente com a
fidelidade á sua missão de pregar a grande novidade do Evangelho: o Filho de
Deus feito homem para dar início á nova aliança entre o céu e a terra.
Jesus está treinando seus colaboradores e sucessores.
Logo mais eles deverão enfrentar sozinhos a missão de pregar, sofrerão a
indiferença, a perseguição e a morte violenta. A evangelização é diferente de
outras empresas humanas. Essas podem ser abandonadas quando não satisfazem. Mas
a evangelização deve ser levada adiante mesmo entre lágrimas e mesmo quando,
aparentemente, não surta efeitos. As empresas humanas costumam procurar os
melhores meios e as mais eficientes técnicas. A evangelização tem sua força em
si mesma, porque ela, se é verdadeira, se identifica com o senhor Jesus.
Jesus é claro hoje em pedir dos
evangelizadores o desapego dos bens terrenos. Quanto mais vazio de si e de
coisas for o apóstolo, tanto mais disponível estará para as coisas de Deus. Por
bens terrenos não se entendem só o dinheiro e as posses, mas também os projetos
e interesses pessoais. O ser humano costuma ser sensibilíssimo á liberdade,
considerando-a, depois da vida, o maior tesouro que se possa ter ou oferecer.
Ora, o apego aos bens terrenos tolhe a liberdade. Em empresas humanas, talvez
se possa raciocinar assim: "se tenho dinheiro, faço o que quero". E a
preocupação será administrar o dinheiro. Na empresa da evangelização esse
raciocínio não funciona. Porque Deus se dá aos pobres de espirito, isto é, aos
vazios de interesses e preocupações terrenas.
Meus irmãos e irmãs: vemos que neste
texto Jesus envia os seus discípulos para anunciar o Evangelho
e aconselha-os sobre como desincumbir-se da tarefa da
evangelização. A primeira sugestão é o trabalho em conjunto. A evangelização é
tarefa de toda a comunidade cristã, não é trabalho para uma só pessoa.
A segunda sugestão é o desprendimento ("...nada levem na viagem").
Os evangelizadores devem ficar isentos de objetivos pessoais e materiais,
sempre disponíveis para servir os outros e desligados de ganhos subjetivos,
como honra e prestigio.
Depois Jesus exorta os discípulos a serem pacientes. Fé e conversão
não podem ser impostas. Ele também diz a eles para serem simples e aceitarem o
que o povo lhes oferecer.
Finalmente, os discípulos são
aconselhados a praticar a misericórdia assim como a ajudar o povo a libertar-se
das suas servidões e opressões humanas. A evangelização é um processo continuo
que deve conduzir as pessoas á conversão, afastando-as dos seus caminhos de
pecado.
PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS-- Adélio Francisco
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