15 de Setembro
Evangelho – Jo 19,25-27
Para aqueles que não reconhecem Maria como a Mãe de Jesus, para
aqueles que não aceitam que Maria é nossa mãe, está aqui neste Evangelho, quem
foi que disse que Maria é nossa mãe. Foi o próprio Jesus.
“Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele
amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. Depois disse ao
discípulo: “Esta é a tua mãe”.
Isso por que o discípulo amado representa todos nós que cremos e
seguimos a Jesus.
Há uma longa discussão em torno do “DISCÍPULO AMADO”. Já houve
até quem usasse de malícia para com o Filho de Deus. Discípulo amado? Como?
Jesus não amava os demais discípulos? O que isso significa?
Que aquele discípulo era o especial? Por que? Não entendi!
Nos tempos de Jesus, tudo era muito cheio de significados. O número três era considerado o número
perfeito. O povo de Deus passou 40 anos
no deserto, isso quer dizer que foi um longo tempo... e assim por diante, o
expressar por palavras era repleto de muitos significados.
Desse modo, a expressão “DISCÍPULO AMADO”, continua num vaco da nossa compreensão.
Ao que tudo indica, só podia ser João, o “DISCÍPULO AMADO”, pois
essa expressão só aparece no seu Evangelho. Seria por modéstia que ele se retratou
como o discípulo amado?
Jesus muito amava seu amigo Lázaro. Porém, esse não foi seu
discípulo. Portanto, o “DISCÍPULO AMADO” com certeza, não foi Lázaro.
Uns dizem que o “DISCÍPULO AMADO” seria Maria Madalena. Isso não pode ser. Apesar de Jesus ser seguido
também por várias mulheres que os ajudavam na caminhada de anunciar a Boa Nova,
essas mulheres não eram consideradas, discípulas. Desse modo, o “DISCÍPULO AMADO” não foi
certamente, uma mulher.
Assim, como tudo naquela cultura era cheio de significado, o
termo “DISCÍPULO AMADO”, pode significar o discípulo ideal, pode significar
todos nós que acreditamos nos mistérios do Plano de Deus.
Neste Evangelho, compreendemos por que também Maria é conhecida
como Mãe das dores. Pois o sofrimento de Maria ao ver seu filho ser condenado a
morte injustamente, se transformou em uma imensa dor.
Da dor de Jesus que contagiou sua Mãe, nasceu a Igreja, e nós
ganhamos uma Mãe. E em nossas dores, é Maria que nos apresenta o seu Filho,
bendito fruto do vosso ventre, Jesus. Assim, Maria é a saúde dos enfermos.
Jesus confia a Maria os cuidados da Igreja, e com ela, nós participamos de sua
paixão.
José Salviano
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